A máxima já se estabeleceu como verdade absoluta: fritura faz mal à saúde e ponto final. Mas, uma pesquisa realizada na Espanha e publicada na revista científica Food Chemistry em dezembro de 2015 parece mostrar o contrário.

O estudo é intitulado “Fenois e a capacidade antioxidante de vegetais mediterrâneos preparados com azeite de oliva extra virgem usando diferentes técnicas de preparo” (em tradução livre), e foi realizado pelas pesquisadoras Jessica del Pilar Ramírez-Anaya, Cristina Samaniego-Sánchez, Claudia Castañeda-Saucedo, Marina Villalón-Mir e Herminia López-García de la Serrana.

De acordo com o estudo, realizado na Universidade de Granada, na Espanha, fritar os alimentos faz bem à saúde e até ajuda a prevenir doenças – exatamente o oposto do que tem sido afirmado até então. No entanto, a descoberta não se aplica a todos os tipos de frituras: a pesquisa aponta que frituras realizadas no azeite de oliva extra virgem mantém mais propriedades benéficas que os vegetais cozidos em água, por exemplo. Segundo o estudo, a fritura em azeite de oliva produz uma grande quantidade de fenóis, um oxidante que ajuda a prevenir o câncer, o diabetes, a perda de visão e outras doenças degenerativas.

Frituras no azeite de oliva fazem bem à saúde, indica pesquisa

Para chegar às conclusões, as pesquisadoras cozinharam porções de 120 gramas de cubos de batata, abóbora, tomate e berinjela, sem sementes e pele. Os alimentos foram fritos em azeite extra virgem, fervidos em água ou em água e azeite. Os resultados demonstraram que o uso do azeite na fritura aumentou o nível de gordura, mas também aumentou o nível de fenóis totais, o que significa um aumento de calorias, mas também de saúde.

Ou seja, frituras, no fim das contas, podem não ser o grande vilão que imaginamos. Mas, vale lembrar: para garantir os resultados benéficos das frituras, é necessário fritar em azeite de oliva extra virgem e não deixar o azeite superar os 180°C.

Com informações da Revista Visão, Green Me e El Ciudadano.

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