Estudo revela que Escrever à Mão traz diversos benefícios para a saúde

Escrever à mão se conecta diretamente com certas partes do cérebro que ativam áreas relacionadas à criatividade, lógica e coordenação motora. Isso torna a escrita um excelente treinamento para desenvolver habilidades de forma mais eficiente do que digitar em um teclado.

Muito provavelmente, nos últimos dias você escreveu algumas coisas à mão – talvez uma lista de compras, uma nota em seu calendário ou um lembrete em um post-it. Mas quando foi a última vez que você escreveu um texto longo à mão? Muitos com certeza nem lembram.

Pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU) publicaram um estudo na revista científica Frontiers in Psychology mostrando a importância da escrita manual nos processos cognitivos relacionados à aprendizagem.

Para o estudo, foram coletados dados de eletroencefalograma (EEG) com um conjunto de 256 sensores de um grupo de 36 estudantes universitários para detectar sua atividade cerebral enquanto eles escreviam à mão com uma caneta digital ou teclado uma determinada palavra que aparecia em uma tela.

As diferenças nos padrões de conectividade nestas áreas do cérebro, juntamente com as frequências, demonstraram ser cruciais para a formação da memória e a codificação de novas informações e, portanto, “benéficas para a aprendizagem”, de acordo com as conclusões do estudo.

Melhoria da memória

“Focando na conectividade cerebral que comprovadamente facilita o aprendizado e a memória, investigamos áreas parietais e centrais em bandas de frequência específicas. Essas áreas cerebrais têm sido associadas a mecanismos de atenção e processos cognitivos na percepção visual”, disse o estudo da NTNU.

Ou seja, a retenção visual das formas da letra e da composição da palavra faz com que a região cerebral relacionada à memória trabalhe para poder reproduzi-la ao escrevê-la à mão, para que a capacidade seja estimulada e exercitada.

Aprendizagem mais eficiente

Escrever ainda é uma atividade psicomotora que requer sincronização entre o cérebro e a mão para segurar a caneta e desenhar as palavras no papel, interligando os diferentes símbolos. Os pesquisadores descobriram que a ativação do córtex visual, sensorial e motor ajudou a melhorar os processos de assimilação e codificação de novos conhecimentos. Portanto, se você quiser aprender algo, o melhor é escrevê-lo à mão.

Exercite a criatividade

Durante mil anos, a caligrafia foi admirada como forma de arte. Afinal, a escrita baseia-se no traçado preciso de linhas, o que acarreta um desenvolvimento cognitivo espacial que permite gerenciar a distribuição do conteúdo em um determinado espaço. Isso já representa um desenvolvimento criativo por si só.

Desenvolvimento da lógica

Um estudo realizado por Virginia Berninger, professora da Universidade de Washington (nos EUA), sugere que a caligrafia ajuda a desenvolver habilidades lógicas e analíticas. Em seu estudo com alunos da segunda, quarta e sexta séries, ela descobriu que aqueles que escreviam à mão eram capazes de desenvolver ideias de forma mais clara e extensa, com maior velocidade e usando maior variedade de palavras do que aqueles que o faziam com o teclado.

Concentração, terapia e relaxamento

Uma folha de papel em branco não recebe notificações por enquanto e nem recebe estímulos externos como as telas, sendo um excelente canal para treinar a concentração e o foco mais profundo, evitando as distrações habituais nas telas. Um estudo conjunto das universidades de Chicago (EUA) e Zhejiang (China) mostrou que a caligrafia esta relacionada com a melhoria da tomada de decisões.

Além dos benefícios cognitivos que demonstrou ter para o desenvolvimento do cérebro, a caligrafia também traz benefícios a nível psicológico, pois permite estabelecer um canal para colocar pensamentos e ideias em ordem. Muitas pessoas encontram na escrita um espaço íntimo para expressar pensamentos e sentimentos que não conseguem representar verbalmente.

 

*IGN Brasil

Veja também:

 

Rafael Magalhães e Ana Clara Paim apresentam peça ‘Minha Vida Amorosa é Uma Comédia’ em Goiânia

A vida amorosa da Aninha é mesmo uma comédia. Entre idas e vindas na sua vida amorosa, a garota não é muito diferente de qualquer outra mulher da sua idade, exceto pelo fato de ser amiga de Rafael Magalhães, o jovem escritor que está bombando na Internet com o “Precisava Escrever” e parece saber tudo sobre os temas que envolvem o coração.

A peça “Minha Vida Amorosa é uma Comédia” é um espetáculo que fala sobre o cotidiano dos casais modernos e os percalços da vida de solteiro. Para quem conhece a Youtuber Ana Clara Paim e o escritor Rafael Magalhães, sabe da autenticidade dos garotos e com certeza não vai perder essa cômica peça.

A produção está por conta do Grupo TopBrasil e da Cultura do Riso. Confira o convite dos goianos:

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Ana Clara Paim (@clarinhapaim) em 27 de Nov, 2018 às 4:22 PST

 

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Minha Vida Amorosa é uma Comédia

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Quando: 11 de dezembro (terça-feira)
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Observação: O seu lugar marcado só garantido até o inicio do espetáculo
Classificação Indicativa : 12 anos

71 erros de português que você precisa deletar dos seus e-mails

Um e-mail bem redigido é meio caminho andado e um belo cartão de visita para qualquer tipo de contato. O blog do gerenciador de projetos RunRun elaborou uma lista indispensável para quem quer impressionar com uma mensagem bem escrita.

Os 71 erros de português e dúvidas ortográficas mais comuns em e-mails fazem parte da lista abaixo. Mais do que esclarecer suas dúvidas, você vai se espantar com algumas expressões que usa, mas que estão fora da norma gramatical. Guarde esta lista, caso se esqueça de algo, e aproveite para a compartilhar com seus colegas! 

 

a) Depende do contexto

1. Ao invés de / Em vez de

“Em vez de” é usado como substituição. Ex: São Paulo em vez de BH.

“Ao invés de” é usado como oposição. Ex: Grande ao invés de pequeno.

2. De encontro a / Ao encontro de

“Ao encontro de” expressa harmonia. Ex: Obrigada! Sua ajuda veio ao encontro do que eu precisava.

“De encontro a” expressa embate. Ex: Brigaram porque a opinião dele ia de encontro ao que ela acreditava.

3. Através de / Por meio de

“Por meio de” é o mesmo que “por intermédio”. Ex: Conseguimos por meio de muito trabalho.

“Através de” expressa a ideia de atravessar. Ex: Olhava através da janela.

4. Em princípio / A princípio

“A princípio” equivale a “no início”. Ex: A princípio, achei que não seria capaz.

“Em princípio” equivale a “em tese”. Ex: Em princípio, todo homem é igual perante a lei.

5. Se não / Senão

“Senão” significa “caso contrário” ou “a não ser”. Ex: Me avise, senão vou esquecer. Não fez senão o prometido.

“Se não” é usado para expressar uma condição. Ex: Se não puder, nos avise antes.

6. Retificar / Ratificar

“Ratificar” é o mesmo que confirmar. Ex: Os dados ratificaram a previsão.

“Retificar” é o mesmo que corrigir, emendar. Ex: Vou retificar os dados da empresa.

7. À medida que / Na medida em que

“Na medida em que” equivale a “porque”. Ex: Cancelamos a reunião na medida em que a negociação havia sido adiada.

“À medida que” mostra relação de proporção. Ex: A produtividade aumenta à medida que a equipe usa a ferramenta.

8. Eminente / Iminente

“Eminente” significa “excelente”. Ex: É uma professora eminente.

“Iminente” significa deverá acontecer em breve. Ex: O sucesso do projeto é iminente.

9. Bastante / Bastantes

“Bastante” concorda com o substantivo. Só não concorda com adjetivos e advérbios. Por isso se diz “Há bastantes e-mails” e “Andei bastante rápido”.

10. Sessão / Seção

“Sessão” com “ss” quer dizer o tempo de um evento. Ex: Sessão de cinema, ou sessão de acupuntura.

“Seção” com “ç” quer dizer “departamento” ou “divisão”. Ex: A seção de arte moderna do museu, ou a seção de carnes do supermercado.

11. Tachar / Taxar

“Tachar” com “ch” é “censurar”, “rotular”. Ex: Foi tachado de louco.

“Taxar” com “x” é receber taxa, imposto. Ex: Grandes fortunas serão taxadas.

12. Trás / Traz

“Trás” só existe na expressão “Para trás”.

Se você está se referindo ao verbo “trazer”, lembre-se da letra z nele e use sempre “traz”.

13. Descrição / Discrição

“Descrição” é o detalhamento de algo. Ex: Não havia uma descrição clara do trabalho.

“Discrição” é a qualidade do que é discreto, não chamativo. Ex: É bom ter discrição durante a negociação.

14. Afim / A fim de 

“A fim de” indica ideia de finalidade. Ex: Irei ao evento a fim de praticar o networking.

“Afim” é um adjetivo, o mesmo que “semelhante”. Ex: Temos ideias afins.

15. Desapercebido / Despercebido

“Despercebido” significa “sem atenção”. Ex: A mudança passou despercebida.

“Desapercebido” significa desprovido, desprevenido. Ex: Estava desapercebido de dinheiro.

16. De mais / Demais

“Demais” significa “excessivamente”. Também pode significar “os outros”, na expressão “os demais”.

“De mais” se opõe a “de menos”. Ex: Uns têm privilégios de mais; outros de menos.

17. Tão pouco / Tampouco

Tampouco corresponde a “também não”, “nem sequer”. Ex: Ele não fez o que pedi, tampouco o que você pediu.

Tão pouco corresponde a “muito pouco”. Ex: O fim de semana foi delicioso, mas durou tão pouco.

18. Mau / Mal

Mal opõe-se a bem. Ex: Acordo mal-humorada. Estava malfeito.

Mau opõe-se a bom. Ex: Hoje é um mau dia para conversarmos.

19. Obrigado / Obrigada

Homens dizem “obrigado”. Mulheres dizem “obrigada”.

20. Descriminar / Discriminar

“Discriminar” significa “separar” e também “discernir”. Ex: Discriminar por orientação sexual é desprezível. As notas fiscais já foram discriminadas.

“Descriminar” significa “inocentar” e também “descriminalizar”. Ex: A juíza descriminou o réu.

21. A cerca de / Acerca de

“Acerca de” é o mesmo que “a respeito de”. Ex: Deveríamos discutir mais acerca de política. Já “a cerca de” indica aproximação. Ex: Moro a cerca de 3Km daqui.

b) A forma correta é a segunda

22. Responder o e-mail / Responder ao e-mail

Lembre-se que o sentido é “dar resposta a alguém”, portanto, sempre acompanha a preposição “a”.

23. Seguem as imagens em anexo / Seguem anexas as imagens

Para a maior parte dos linguistas, é preferível adotar a expressão “no anexo”, ou ainda, usar a palavra “anexo” como adjetivo, concordando com número e gênero do substantivo a que se refere. No exemplo, o substantivo “imagens” está no feminino e no plural, gerando, portanto, “anexas”.

24. Visar o objetivo / Visar ao objetivo

O verbo visar, no sentido de almejar, pede a preposição “a”. No entanto, quando ele está junto de outro verbo, dispensa-se a preposição. Ex: Visamos viajar para o exterior este ano.

25. Precisar de fazer / Precisar fazer

Assim como o verbo anterior, “precisar” só vem junto da preposição “de” quando há um substantivo. Ex: Precisamos de mais foco. Precisavam tirar umas férias.

26. Media a reunião / Medeia a reunião

Lembre-se dos outros verbos irregulares com final “-iar”: ansiar, incendiar e odiar. Por maior que seja seu ódio, você não diz: “Eu odio”.

27. Interviu, interviram / Interveio, intervieram

O verbo “intervir”, assim como “convir”, se conjuga como o verbo “vir”.

28. Quando dispor / Quando dispuser

O verbo “dispor”, assim como “repor”, “propor” se conjuga como o verbo “pôr”.

29. Preveu, preveram / Previu, previram

O verbo “prever”, assim como “rever”, se conjuga como o verbo “ver”.

30. Tinha chego, Tinha trago / Tinha chegado, Tinha trazido

“Chego” e “trago” só existem na expressões “Eu chego” e “Eu trago”.

31. Foi imprimido, Tinha impresso / Foi impresso, Tinha imprimido

O verbo ser pede o particípio irregular, que não termina em -do. Por isso se diz “foi impresso” e não “foi imprimido”. O verbo ter pede o particípio regular. Por isso se diz “tinha acendido” e não “tinha aceso”.

32. A curto, médio, longo prazo / Em curto, médio, longo prazo

A expressão exige a preposição “em”.

33. Por hora / Por ora

A palavra “ora” não só existe como significa “agora”.

34. Quando ver / Quando vir

“Quando vir” se refere ao verbo ver no futuro e na condicional. Ex: Quando eu te vir, vou te dar um abraço apertado! Além disso, “quando ver” não existe.

35. Eu quiz / Eu quis

A menos que você se refira a um quiz (aqui estão vários!), escreva “quis”.

36. A nível de / Com relação a

“A nível de” é uma expressão coringa, que não tem sentido próprio. Procure substituir, por ex., “a nível de Brasil” por “a nível nacional”, ou ainda melhor, por “com relação ao Brasil”. Em outros casos, a expressão é inútil. Em vez de dizer “problemas a nível de foco”, diga apenas “problemas de foco”.

37. Benvindo / Bem-vindo

Mesmo após a última reforma ortográfica, a palavra continua sendo grafada com hífen.

38. Esquecer da reunião / Esquecer-se da reunião

O verbo “esquecer” só é usado com a preposição “de” quando vem acompanhado de um pronome oblíquo (me, te, se, nos…). O mesmo vale para o verbo “lembrar”.

39. Fazem dez anos / Faz dez anos

No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” só é usado no singular.

40. A dois anos / Há dois anos ou Dois anos atrás

Para indicar tempo passado, usa-se o verbo haver. O “a”, como expressão de tempo, é usado para indicar apenas tempo futuro ou distância. Ex: Falarei com o diretor daqui a cinco dias. Ele mora a duas horas do escritório.

41. Haviam muitos, Vão haver muitos / Havia muitos, Vai haver muitos

No sentido de existir, o verbo “haver” fica sempre no singular. Já nas locuções verbais, ele concorda com o sujeito. Ex: Elas haviam feito um ótimo trabalho.

42. Estamos quite / Estamos quites

“Quite” deve concordar com o sujeito a que se refere. Ex: Estou quite com você.

43. Aonde está / Onde está

“Onde” se refere a um lugar em que alguém ou alguma coisa está. “Aonde” é formado pela preposição “a”, porque indica movimento. Quem vai vai a algum lugar. Nessa mesma lógica, não existe a expressão “daonde”, pois quem vem vem de algum lugar. Existe apenas “de onde”.

44. Assistir a palestra / Assistir à palestra

O verbo assistir, no sentido de ver, exige a preposição “a”. Caso contrário, significa “ajudar”. Ex: A enfermeira assistiu o paciente por horas.

45. Admite-se vendedores / Admitem-se vendedores

Quem admite admite “algo”. Quando isso ocorre, o verbo é chamado de transitivo direto. Direto porque não há preposição entre ele e o objeto da frase, como acontece por exemplo na frase “Precisa-se de vendedores”, em que há a preposição “de”. Assim sendo, quando o verbo é transitivo direto, ele concorda com o sujeito da oração, que no nosso exemplo é “vendedores”, no plural. Portanto, “Admitem-se vendedores”.

46. Precisam-se de vendedores/ Precisa-se de vendedores

Quem precisa precisa “de algo”. Isso classifica o verbo “precisar” como transitivo indireto. Quando isso ocorre, o verbo fica no singular.

47. Implicar em retrabalho / Implicar retrabalho

O verbo “implicar” tem sentido de “requerer” e também de “acarretar” e, em ambos casos, não admite preposição.

48. Somos em cinco / Somos cinco

Não se usa a preposição “em” nessa expressão.

49. Entre eu e você / Entre mim e você

“Entre eu” só pode ser usado antes de um verbo no infinitivo. Ex.: “Passou-se um bom tempo entre eu começar o trabalho e você me ajudar.”

50. Eles tem / Eles têm

Tem refere-se à 3ª pessoa do singular do verbo “ter” no Presente do Indicativo. Têm refere-se ao mesmo tempo verbal, porém na 3ª pessoa do plural. Vêm, Convêm e Retêm

51. Chegar em São Paulo / Chegar a São Paulo

Verbos de movimento exigem a preposição “a”.

52. Preferir… do que / Preferir… a

A regência do verbo preferir é com a preposição “a” e não “do que”.

53. Meio-dia e meio / Meio-dia e meia

O correto é meio-dia e meia, pois o numeral fracionário concorda em gênero com a palavra hora.

54. Meia ansiosa / Meio ansiosa

A menos que você esteja dizendo que a meia do seu pé está ansiosa, o correto é no masculino, sempre que quiser dizer “um pouco”. No sentido de “metade”, concorde com o substantivo. Ex: Meia hora, meia xícara de chá.

55. Menas / Menos

“Menas” não existe.

56. Perca de tempo / Perda de tempo

“Perca” é verbo. Ex: Não quero que você perca sua fé em mim. “Perda” é substantivo. Foi uma perda incalculável.

c) Abandonando pleonasmos

57. Na minha opinião pessoal = Na minha opinião

58. Repetir de novo = Repetir

59. Multidão de gente = Multidão

60. Encarar de frente = Encarar

61. Duas metades iguais = Metades

62. Preferir mais = Preferir

63. Há anos atrás = Há anos ou Anos atrás

d) Descomplicando o uso da crase

Motivo de erros de português há gerações, a crase é simplesmente quando duas letras se fundem numa só: a preposição “a” e o artigo feminino “a”.

Algumas pessoas inclusive preferem ler “à” como “a a”. Tendo isso em mente, fica bem mais fácil entender quando a crase é necessária.

Veja alguns erros:

64. De segunda à sexta / De segunda a sexta

Você está dizendo “De segunda até sexta” e não “De segunda até a sexta”. Portanto, não há duas vezes o “a”. Logo, não faz sentido haver crase.

65. Das 17 até às 18h / Das 17 às 18h

É o mesmo caso que acabamos de explicar.

66. À partir de / A partir de

Nenhum verbo exige crase antes.

67. À prazo / A prazo

Prazo é uma palavra masculina e, portanto, não acompanha o artigo feminino “a”, necessário para haver crase.

68. Refiro-me aquilo / Refiro-me àquilo

As palavras “aquilo” e “aquele”, masculinas, levam acento quando provêm da fusão do “a” preposição com a letra “a” de “aquilo”. Ex: Refiro-me àquilo que você disse na reunião ontem.

69. Disse à você / Disse a você

Não ocorre crase antes de pronome pessoais (eu, você, ele, ela, nós, vocês, eles, elas), uma vez que nenhum deles vem acompanhado do artigo feminino “a”.

70. A vista, a disposição, a beira, a espera, a base / À, à, à, à, à

Sem o acento grave, todas essas expressões são apenas substantivos.

71. Vou à Curitiba, Vou a Bahia / Vou a Curitiba, Vou à Bahia

Quando estiver se referindo a cidades e países, lembre-se: Vou a, volte de… Crase pra quê? Vou a, volta da… Crase há! No exemplo: Vou a Curitiba (porque volto dE Curitiba) vs. Vou à Bahia (porque volto dA Bahia)

Novo Acordo Ortográfico do português é válido a partir de 2016. Confira o que mudou:

Minissaia ou mini-saia? Jibóia ou jiboia? Linguiça ou linguïça? Muitas palavras que estávamos habituados a escrever agora vão mudar. É que o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mais conhecido por bagunçar os hifens e assassinar os acentos diferenciais agora está oficialmente em vigência. A língua portuguesa assumiu aqui no Brasil as novas regras propostas pelo Acordo desde o dia 01 de janeiro de 2016.

Inicialmente previsto para implementação em 2013, o governo adiou a medida para alinhar o cronograma com outros países lusófonos e dar mais um tempinho para que a população se adaptasse às mudanças. Segundo informações do Portal Brasil, com a medida, haverá alterações em 0,8% dos vocábulos no Brasil e 1,3% em Portugal.

Criado para padronizar a ortografia da língua portuguesa, facilitar o intercâmbio cultural e científico entre os países que compartilham a língua e ampliar a divulgação do idioma e da literatura pelo mundo, o Acordo foi assinado em 1990 entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que atualmente incluem Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Para os que ainda não se adaptaram às mudanças, a Academia Brasileira de Letras (ABL) lançou um aplicativo gratuito que promete ajudar no processo. Chamado de “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp)”, o aplicativo permite consultar mais de 400 mil verbetes que seguem as novas regras de ortografia. O aplicativo está disponível para dispositivos Androis e iOS.

Confira abaixo um guia com as principais alterações sofridas pela língua portuguesa no Brasil. O manual foi elaborado pelo Portal Brasil, disponível aqui.

 

Alfabeto

Hoje tem 23 letras, agora passa a ter 26. O k, w e y voltam ao alfabeto oficial, porque o acordo entende que é um contra-senso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de kg e km).

Além disso, são letras usadas pelo português para nomes indígenas (as línguas indígenas são ágrafas, mas os linguistas estudiosos desses idiomas assim convencionaram). Na prática: nenhuma palavra passa a ser escrita com essas letras – “quilo” não passa a ser “kilo” – por serem “pouco produtivas” ao português.

Somem da ortografia

Trema

Somem de toda a escrita os dois pontos usados sobre a vogal “u” em algumas palavras, mas apenas da escrita. Assim, em “linguiça”, o “ui” continua a ser pronunciado. Exceção: nomes próprios, como Hübner.

Acento diferencial

Também desaparecem da escrita. Portanto, pelo (por meio de, ou preposição + artigo), pêlo (de cachorro, ou substantivo) e pélo (flexão do verbo pelar) passam a ser escritos da mesma maneira. Exceções: para os verbos pôr e pode – do contrário, seria difícil identificar, pelo contexto, se a frase “o país pode alcançar um grande grau de progresso” está no presente ou no passado.

Acento circunflexo 

Desaparece nas palavras terminadas em êem (terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo de crer, ver, dar…) e em oo (hiato). Caso de crêem, vêem, dêem e de enjôo e vôo.

Acento agudo

1 – Nos ditongos abertos éi e ói, ele desaparece da ortografia. Desta forma, “assembléia” e “paranóia” passam a ser assembleia e paranoia. No caso de “apóio”, o leitor deverá compreender o contexto em que se insere – em “Eu apoio o canditato Fulano”, leia-se “eu apóio”, enquanto “Tenho uma mesa de apoio em meu escritório” continua a ser escrito e lido da mesma forma.

2 – Desaparecem no i e no u, após ditongos (união de duas vogais) em palavras com a penúltima sílaba tônica (que é pronunciada com mais força, a paroxítona). Caso de feiúra.

Uso do Hífen

Deixa de existir na língua em apenas dois casos:

1 – Quando o segundo elemento começar com s ou r. Estas devem ser duplicadas. Assim, contra-regra passa a ser contrarregra, contra-senso passa a ser contrassenso. Mas há uma exceção: se o prefixo termina em r, tudo fica como está, ou seja, aquela cola super-resistente continua a resistir da mesma forma.

2 – Quando o primeiro elemento termina e o segundo começa com vogal. Ou seja, as rodovias deixam de ser auto-estradas para se tornarem autoestradas e aquela aula fora do ambiente da escola passa a ser uma atividade extraescolar e não mais extra-escolar.

 

Reproduzido de Portal Brasil. Original disponível aqui.

Conheça a história de Rafael Magalhães, autor do fenômeno literário Precisava Escrever

Rafael Magalhães, de 29 anos, é o nome por trás do fenômeno literário Precisava Escrever. Nascido em Goiânia, Rafael é tímido à primeira vista, e é na escrita onde ele expressa tudo o que sente. Formado em Educação Física, ele até chegou a trabalhar como personal trainer e professor, mas a paixão pela leitura e pela escrita era como uma força que o empurrava para a literatura. “Sempre tive a necessidade de registrar minha visão do mundo através da escrita, daí o nome Precisava Escrever”, revela Rafael. Em 2011, ele criou o blog, onde guardava tudo o que escrevia.

Rafael

Rafael Magalhães, do Precisava Escrever, em visita ao Curta Mais.

Em 2013, Rafael escreveu um texto em homenagem ao casamento do irmão mais velho, Leonardo. Durante a cerimônia, quando o padre fez a tradicional pergunta do “quem tem algo a dizer, fale agora ou cale-se para sempre”, Rafael levantou e foi até o altar, para espanto dos convidados e do próprio irmão. Lá, ele leu um discurso intitulado “Tudo aquilo que nunca foi dito”, que hoje é um dos capítulos de seu livro. O estímulo que faltava para se dedicar à literatura nasceu exatamente aí: o padre Edson Costa, emocionado com o texto, disse que ele não poderia ser egoísta em não compartilhar o dom de escrever com as pessoas, e segundo ele, “Deus falou através da vida daquele homem”.

A partir de então, Rafael passou a compartilhar os textos autorais nas próprias redes sociais, e no dia 20 de outubro de 2013 nascia o instablog Precisava Escrever, que hoje tem mais de 640 mil seguidores e outras 85 mil curtidas na página do Facebook. O perfil é seguido (e amado) por celebridades como Grazi Massafera, Carol Nakamura, Fiorella Mattheis, Wesley Safadão, Tati Wernek, David Luiz e várias outras personalidades.

O sucesso instantâneo rendeu reconhecimento nacional e um livro independente com 10 mil exemplares vendidos, um grande feito para o mercado editorial. Por onde vai nas tardes e noites de autógrafos, é recebido com filas e mais filas. O autor já passou por mais de 10 capitais e ao encontra-lo, o público cai aos prantos – experiência nova para o jovem autor. “É até assustador. Sou recebido como se fosse uma celebridade! Ao mesmo tempo em que é prazeroso ver o carinho e reconhecimento, não estou acostumado com esse tipo de manifestação”, Rafael revela.

Rafael

Rafael Magalhães e Bruna Paiva no Rio de Janeiro.

Foto: Adolescente Demais.

Segundo Rafael, um dos textos mais difíceis que escreveu foi o post em homenagem ao cantor Cristiano Araújo. O autor se emocionou muito enquanto escrevia o texto, e ficou preocupado com que as pessoas achassem que ele estivesse se aproveitando de um momento de luto para se autopromover. No velório do cantor, Rafael foi abraçado por mais de 100 pessoas. “Muitos artistas que eu já era fã vieram me agradecer pela homenagem ao Cristiano”, conta Rafael. A própria família do artista usou o texto na lembrança póstuma da missa de sétimo dia. O post bateu recorde de curtidas (50 mil) e comentários (mais de 20 mil).

Precisava

Homenagem de Rafael Magalhães a Cristiano Araújo.

O livro Precisava Escrever é uma coletânea de 120 crônicas, entre as publicadas nas redes sociais e conteúdo exclusivo. Seus livros são vendidos diretamente no blog Precisava Escrever por R$ 49,90 mais taxa de envio, de R$ 15. Além do livro, os fãs podem escolher canecas e quadros com as frases mais famosas do blog. “Aproveito para lançar o desafio ao público do Curta Mais para que leiam meu livro. Pelo menos uma das crônicas contará a história da vida de cada um de vocês” – desafia Rafael.

O novo livro já está escrito e prestes a entrar na gráfica. O lançamento será em Goiânia, na primeira quinzena de dezembro. O público pode esperar mais 100 novas crônicas e muito conteúdo inédito.

Precisava

Canecas, almofadas, marcadores de livros e quadro também estão à venda na loja do Precisava Escrever.

 

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