Projeto goiano inspirou guias sobre direitos de pessoas com nanismo lançado pelo Governo Federal

25 de outubro é uma data marcada pelo Dia Nacional do Combate ao Preconceito contra a Pessoa com Nanismo, e apesar da sua importância, só foi em 2004 que o nanismo passou a ser reconhecido como deficiência no Brasil. Existem mais de 400 tipos de nanismo que atingem aproximadamente 1 a cada 25 mil crianças nascidas, e ainda não existe nenhum levantamento de quantas pessoas com essa deficiência nascem aqui no país. Mas, agora, o devido reconhecimento para essa deficiência parece, enfim, estar mudando para melhor.

Isso porque o Governo Federal, por meio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, lançou, na segunda-feira (25), cinco guias inéditos para apoiar estados e municípios na compreensão sobre o tema e na inclusão de pessoas com nanismo. É o primeiro material oficial lançado no âmbito federal do Brasil, e foi entregue ao Instituto Nacional de Nanismo (INN) em Brasília.

A inspiração de todo o projeto veio através da organização goiana ‘’Somos Todos Gigantes’’, o maior e único site a falar com exclusivamente sobre o nanismo, criado pelo casal Juliana Yamin e Marlos Nogueira pais de Gabriel, que nasceu com a deficiência. Em 2020, o projeto impulsionou a criação do INN que agora tem atuado fortemente na divulgação de informações sobre a deficiência, no combate ao preconceito e na busca por políticas públicas voltadas para esta parcela da população.

gigantes

A conquista é uma grande vitória, mas ainda mostra que é preciso muito trabalho pela frente, já que, existem poucos estudos sobre o tema e, mesmo em faculdades médicas, estudos e pesquisas sobre a deficiência são pouco exploradas. Caracterizado pela baixa estatura proporcional, o tipo mais comum do nanismo é a acondroplasia que acomete aproximadamente 250 mil pessoas no mundo.

Na cerimônia em Brasília, os guias foram entregues pela ministra Damares, com a presença da Secretária Nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto, e da Secretária Nacional de Proteção Global, Mariana Neris, abordam temas importantes como os ambientes acessíveis para pessoas com nanismo, diagnósticos pelo SUS, tecnologia assistiva, e os direitos do nanismo, os guias estão disponíveis via E-book com acesso totalmente gratuito. 

 

Saiba mais sobre o projeto no site oficial do Somos Todos Gigantes.

 

Imagens: Divulgação

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Prefeitura de Goiânia realiza ação que altera nome de Pessoas Trans nessa semana

Acontece em Goiânia, nos dias 18/02 e 19/02, o 2º Mutirão de Retificação de registro de prenome e gênero das Pessoas Trans. Promovida pela prefeitura municipal a ação ocorre na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SMDHPA), localizada na Rua 99, 66, Setor Sul, entre 08h e 17h.

Para participar, os interessados precisarão apresentar RG, CPF, comprovante de endereço, certidões de nascimento e casamento(caso houver) da seguinte forma: documentos originais e cópias (xerox). Além disso, recomenda-se que ambos estejam em versões atualizadas (últimas edições impressas).

Todo procedimento é feito de forma gratuita. Ação é realizada pela SMDHPA, por meio da superintendência LGBT com o apoio da Defensoria Pública do Estado de Goiás e da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). “A retificação do nome de registro para pessoas trans é o primeiro passo para uma vida plena de uma comunidade historicamente marginalizada, garante visibilidade e oportunidade” aponta o superintendente Victor Hipólito.

A ação da prefeitura vai ao encontro à decisão histórica do STF que, no dia 01 de Março de 2018, autorizou transexuais e transgêneros a alterarem o nome do registro civil, mesmo que ainda não tenham feito cirurgia de mudança de sexo. 

Ações desenvolvidas:

– Retificação do Prenome (População Trans)

– Orientação Jurídica

– Orientação Odontológica (Higiene Bucal, Distribuição de Kits Bucal e marcação de consulta odontológica para população trans).

– Confecção de Carteira de Identidade para população Trans.

– Testagem rápida de HIV

– Aferição de Pressão

– EMC (Índice de massa corpórea)

– Tipagem Sanguínea

Serviço

2º Mutirão de Retificação de registro de prenome e gênero das Pessoas Trans

Onde: Secretaria Municipal de Direitos – Rua 99, 66, Setor Sul, Goiânia – GO

Quando: 18/02 e 19/02

Horário: 08h às 17h

Valores: Ação completamente gratuita

Mais infornmações: (62) 3524-1000

5 livros para ensinar direitos humanos para as crianças

Como explicar para as crianças o que são os direitos humanos? Assunto muito discutido nos dias de hoje, tornou-se indispensável incluir as crianças nas rodas de discussões e mostrar para os pequenos desde cedo que o respeito às diversidades faz toda a diferença para uma convivência pacífica e harmoniosa (a gente bem que precisa, né?).

Pensando nisso, o mercado literário já conta com diversos títulos que tratam o tema “direitos humanos” de maneira lúdica e descomplicada. O Curta Mais preparou uma lista com 5 cinco livros fundamentais para quem quer transmitir uma vibe positiva para filhos, sobrinhos, alunos e afins. Vamos lá?

 

Flicts

 

 

Nossa lista começa com um dos escritores mais queridos do Brasil: estamos falando do pai do Menino Maluquinho, o também cartunista Ziraldo. Em Flicts, livro editado pela primeira vez em 1969 (Ziraldo sempre inovando para ensinar a criançada), o escritor conta a história de uma cor diferente, mas tão diferente que não consegue se reconhecer em lugar nenhum! Sem espaços em bandeiras ou no arco-íris, Flicts, depois de uma longa jornada, descobre enfim seu lugar no mundo: a lua. Ela, segundo Neil Armstrong – primeiro homem a pisar em solo lunar – é sim Flicts.

A metáfora criada por Ziraldo passa para os pequenos leitores uma mensagem de caráter e respeito ao mostrar a importância de se reconhecer e respeitar as diversidades. Bora ler para a criançada? Diversão garantida!

 

A menina que queria ir para a escola

 

No livro da jornalista Adriana Carranca você vai encontrar uma narrativa emocionante: trata-se da história da menina paquistanesa mais famosa do mundo, Malala Yousafzai, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2014. Malala sofreu um grave atentado provocado pelo grupo extremista Talibã quando tinha catorze anos, tudo isso porque defendia a educação feminina em seu país.

O livro A menina que queria ir para a escola apresenta às crianças a história de Malala e mostra também os males que a intolerância pode provocar. Adriana Carranca traz para os pequenos um grande exemplo de como os sonhos podem mudar o mundo.

 

O que é a liberdade?

No livro O que é a liberdade, a escritora Renata Bueno investiga esse conceito tão difícil de entender (e de explicar para os pequenos). Para tornar concreta uma ideia abstrata, Renata recorre a diálogos no mínimo curiosos entre um passarinho, um lápis, um camaleão, um espelho, um mágico e muitas outras personagens. As respostas para a pergunta que dá título ao livro mostram que a liberdade pode ser uma sensação diferente para cada um de nós, mas nem por isso pior ou melhor.

 

É tudo família

No livro da alemã Alexandra Maxeiner uma família diferente entra em cena para ensinar que não existe um protótipo perfeito quando o assunto é núcleo familiar. As personagens da história de Alexandra mostram para os pequenos a importância de saber conviver com as diferenças – lição que se aprende em casa e que se leva para o mundo.  

 

O mundo no black power de Tayó

Uma menina negra que enfeita seu black power das mais diferentes formas. Tayó é uma personagem cheia de autoestima que não deixa ninguém falar mal de seu cabelo. A escritora e artista multimídia Kiusam de Oliveira cria uma metáfora para falar sobre a riqueza cultural de nosso país, mostrando de maneira lúdica que é possível conviver bem longe do preconceito e da discriminação racial.