‘Goiano do pé rachado’ e o significado da expressão mais curiosa de Goiás

Quem já ouviu ou falou a frase: “sou goiano do pé rachado”, sabe bem que até a entonação muda para se referir à um nativo nascido no estado de Goiás. Uma frase que, de certa forma, representa o orgulho goiano, em ser natural de um estado que reúne tantas belezas, culturas e atrativos naturais e imateriais como o sotaque arrastado e a inigualável comida típica da terra. Mas, afinal, de onde vem a expressão tão usada por aqui?

Curta Mais pesquisou o assunto, conversou com gente das antigas e descobriu que a origem vem exatamente de uma marca registrada dos goianos: o clima que, na época de estiagem, bate recordes de calor e baixa umidade do ar.

Sim, o tempo seco, que atinge seu ápice nos meses de agosto e setembro, é o principal responsável pela pele ressecada e as “rachaduras” no corpo especialmente nos cotovelos, mão e… pé! Daí a expressão “goiano do pé rachado”.

Não se sabe quem inventou o bordão que acompanha gerações e nem quando ele surgiu, mas o fato é que quando você ouvir essa frase, estará cara a cara com um legítimo (e orgulhoso) goiano raiz.

Leia também: Dicionário goianês: gírias e expressões típicas dos goianos

Termos e expressões em Inglês traduzidas para o bom e velho ‘goianês’

Não é de hoje que o Curta Mais ousa entrar no campo da linguística e trazer para você informações valiosas sobre a nossa língua e cultura. Já fizemos até um mini vocabulário de gírias e expressões goianas que você provavelmente se identificará, veja aqui: Dicionário Goianês. Expressões são recursos linguísticos muito importantes e seguem a peculiaridade de cada idioma. Dessa vez escolhemos alguns termos da língua Inglesa e adaptamos para linguagem cotidiana e típica “do Goiás”, para facilitar a compreensão. Confira a seleção:

 

It’s a whole mess: Tá um pizero

Ex.: This bathroom is a whole mess. / Esse banheiro tá um pizero.

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Annoying: Purgante

Ex.: Jonas is an annoying person! / Jonas é um purgante!

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Awesome/Amazing: Bão demais da conta

Ex.: This movie is awesome/amazing! / Esse filme é bão demais da conta!

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Broke: Pindaíba

Ex.: I’m broke. / Eu tô na pindaíba.

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Bullshit: Conversa fiada

Ex.: This story is a bullshit. / Isso é conversa fiada. Isso é conversa pra boi dormir.

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Suddenly: Quand’é fé

Ex.: I was walking and suddenly… / Eu tava andando e quand’é fé…

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Never heard of: Nunca nem vi

I’ve never heard of this store. / Nunca nem vi falar dessa loja.

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Take it easy: Fica sussa

Ex.: Take it easy bro. / Fica sussa mano.

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To get out: Vazar

Ex.: Get out of here! / Vaza daqui.

I’ll get out of here. / Eu vou vazar na braquiara.

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It’s raining Cats and dogs: Tá caindo um toró

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Oh my god/Oh my goodness: Armaria / Divino pai eterno

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Dude: fii/fio/fia

Ex.: Hey dude, are you going to the party tonight? / E aí fii, você vai na festa hoje à noite?

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Pissed off: Pistola

Ex.: Jonas is pissed off. / Jonas está muito pistola.

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Just like: Q’nem

Ex.: I have a cellphone just like yours. / Eu tenho um celular que nem o seu.

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Wow!: Rensga!

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It’s not my cup of tea: Não faz meu tipo

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By the way: Falanisso

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Whatever: Tanto faz

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Brainstorming: Toró de ideias

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Never mind: Deixa pra lá

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What’s up (não é o zap zap): E aí, bão ou não!?

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Chilly: Friozin bão

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I can’t do this: Dou conta não

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I have no clue: Não faço ideia

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To make a mistake: Dar rata

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Try hard: Pelejar

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For god/godness’ sake: Pelamor de Deus

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It’s a piece of cake: Isso é molezinha

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Storytelling: Contação de causo

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It’s up to you, dude: Cê que sabe, fii

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Once in a blue moon: Uma vez na vida

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To get mad: Grilar/Pistolar

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Imagens: Giphy/Reprodução

UFG lança dicionário goianês com mais de 300 expressões

Mais de 4 mil palavras e 300 expressões pronunciadas pelos goianos foram reunidas em um livro de acesso gratuito pela internet. É o Dicionário Goianês, criado pelos servidores técnico-administrativos aposentados da Universidade Federal de Goiás (UFG): Armando Honório da Silva e Ismael David Nogueira. Termos e expressões coloquiais da zona rural no Brasil Central no século XX é o título do trabalho que tem o objetivo de registrar e preservar a memória popular. Expressões como “Cair que só um patinho“, “Como coisa que…” e “Corja ruim” recebem devidos significados.

Acesse aqui o Dicionário Goianês

O dicionário pode ser bastante útil, sobretudo, quando dois ou mais goianos estiverem “engatados” naquela prosa afiada que ora atravessa gerações, ora fica para trás. “O que está na boca do povo vai se perdendo e nos preocupamos com isso. Muito do que ouvíamos quando jovens, não se usa mais. Por isso, o que fizemos foi uma tentativa de preservação”, comenta Armando Honório.

Armando e Ismael ficaram de 2009 a 2016 “assuntando” e anotando termos que dizem do modo como as pessoas se relacionam umas com as outras no trabalho, no lazer, com a natureza, entre outras manifestações culturais. Eles recorreram aos ouvidos, à atenção imediata e também às próprias recordações. “Não há registro sistemático dessa linguagem em lugar algum, sua fonte de pesquisa é a memória das pessoas mais antigas e as conversas casuais do cotidiano presente”, escreve Ismael, no livro.

Os autores

O eBook tem um quê de biográfico. Ismael é natural de Mato Grosso. Quando menino, ele viveu com a família perto de um garimpo, de onde retirou boa parte de seu repertório. Já Armando, neto de mineiros, nasceu em Goiás, morou em Pontalina, trabalhou em lavoura por cinco anos e em 1967 entrou para o quadro de servidores da UFG. Atualmente, mesmo aposentado desde 1994, continua colaborando com a Universidade, atuando nos arquivos do Departamento de Contabilidade e Finanças. Já Ismael, que se aposentou em 2017, retornou à terra natal. “O livro, na verdade, é a vida da gente”, resumiu Armando, com emoção.

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Gírias que só o goiano sabe o real significado

Em um país com o tamanho do Brasil é comum cada cantinho ter sua característica específica. E apesar de Goiânia ter muita gente de fora, a cidade conta com gírias que podem confundir quem não mora aqui.

Por isso preparamos um ‘Dicionário Goianês – Português’ pra não deixar mais dúvidas. Vem ver:

 

Alugar (conversa fiada)

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Arredar (arrastar/tirar)

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Azucrinar (perturbar)

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Baculejo (revista policial)

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Catilanga (mulher feia)

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Custoso (sapeca)

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Dar rata (pagar mico)

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Encabulado (impressionado)

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Estrovar (atrapalhar)

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Ferrado (encrencado)

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Frito (louco/ligadão)

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Grilar (ficar bravo)

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Latada (enrascada)

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Mala (mau elemento)

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Mocorongo (bobo)

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Mocozar (esconder)

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Peia (surra)

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Pindaíba (falta de dinheiro)

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Purgante (chato)

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Rancar (tirar/eliminar)

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Ridico (egoísta)

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Tem base? (pode isso?)

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E aí, ficou faltando alguma palavra? Escreva nos comentários e não esqueça de compartilhar com seus amigos. 🙂

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14 expressões que denunciam que você é goiano

Uma das maiores características do goiano é seu modo de falar. Quem mora por aqui sabe que algumas expressões são únicas na hora de dar ênfase na conversa, e até mesmo de mostrar a identidade através da fala.

Então se você nasceu por aqui, com certeza vai se identificar (e nem vai precisar de explicação) com essa listinha.

 

Acho paia

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Coisa / Trem

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Pega aquela coisa embaixo do trem 

 

Véi

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Tocar o ombro é opcional…

 

Encabulado

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Chega dói

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Pior

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Com variação de ‘pior, né?’

 

Nó / Vixe

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Ou o mais dramático ‘NUUUUU’

 

Tem base?

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Rensga

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Dar rata

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De com força

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Ou quá?

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Judiação

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Uai

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20 motivos para amar Goiânia

Vinte motivos para amar Goiânia? Parece pouco, né? A gente poderia ficar falando a vida toda das belezuras da capital que é a queridinha do Centro-Oeste e fica bem no coração do Brasil, onde todo xodó deve ficar. Goiânia é uma cidade que, apesar de grande, ainda não tem ares de metrópole, mas também não é uma cidadezinha pacata do interior. Goiânia é única, com suas belas praças e muitos bosques, características que deixaram nossa cidade entre as cinco capitais mais arborizadas do país. E tem também nossa culinária, nossa cultura e patrimônio histórico, que são orgulho dos goianienses e também de quem escolheu esta terra para morar. O Curta Mais vai mostrar para todo mundo porque amamos Goiânia e porque ela é a melhor capital do mundo. Invejosos dirão que é bairrismo, mas pra nós, ela é a melhor sim! Confira a lista:

 

1. Parque Vaca Brava

Sim, nós amamos o Parque Vaca Brava e nos orgulhamos muito dele! É simplesmente incrível ter um lugar tão lindo no meio da cidade, privilégio de poucos! Um verdadeiro oásis que descansa os olhos e alegra o coração. Impossível não amar.

 

2. Jardim Botânico

Criado em 2005, o Jardim Botânico tem uma área de 109.655m². (Foto: Divulgação/Amma)

A gente ama o Jardim Botânico! É um dos motivos que fazem nosso coração bater mais forte por Goiânia. Ele é a nossa maior área verde da cidade, e fica no Setor Pedro Ludovico Teixeira. Lá, o visitante pode encontrar uma área fechada de mata com espécies nativas do cerrado e animais silvestres, além de uma pista de caminhada para quem adora se exercitar. Em breve o Jardim vai contar tambémcom um borboletário, e a gente vai amar ainda mais esse lugar. <3

 

3. Parque Areião

O Parque Areião é lindo! Uma enorme área verde que fica entre os setores Pedro Ludovico, Marista e Sul, o parque faz o coração do goianiense acelerar. Lá tem estação de ginástica, lago (lindo!), pista de cooper e parque infantil. Basta dar uma voltinha para topar com vários macaquinhos prego, moradores ilustres do Areião. Amamos. Amamos muito.

 

4. Parque Flamboyant

Que tal essa vista aérea do Parque Flamboyant? É ou não é simplesmente espetacular? O parque, que fica no Jardim Goiás, é um dos mais novos da cidade, e possui dois lagos, pista para caminhada, pista para ciclismo e parque infantil, entre outras atrações. E o melhor: fica pertinho de um dos shoppings mais amados do goianiense: o Shopping Flamboyant.

 

5. Lago das Rosas

Esse é o parque mais antigo de Goiânia. O charmoso Lago das Rosas fica entre o Centro e o Setor Oeste, e abriga também o zoológico de Goiânia. Construído na década de 1940, é um dos símbolos do estilo Art Déco, que pode ser conferido no seu trampolim e nas suas muretas. Muitas gerações já passearam de mãos dadas ali, e muitas ainda vão aproveitar esse lugar que tanto amamos.

 

Achou que a gente ia falar só dos parques, né? Nada disso, a gente ama Goiânia também por causa disto:

 

6. Martim Cererê

Quem nunca foi no Martim Cererê? Se você morava em Goiânia quando era criança, certamente foi com a turma da escola para assistir alguma peça de teatro no espaço que é um dos mais amados pelos goianienses. Localizado no Setor Sul, o Centro Cultural Martim Cererê possui dois pequenos teatros, o Yguá e o Pyguá, que antigamente eram antigas caixas de água da Saneago. Atualmente, o espaço do Centro Cultural é utilizado para os diversos festivais de música alternativa, entre eles o Vaca Amarela,o Grito Rock, o Goiânia Noise, além de já ter sido palco do Festival Bananada, um dos maiores da música alternativa do país. Sim, amamos o Martim Cererê!

Curiosidade: Martim Cererê é o nome de uma obra do autor modernista brasileiro Cassiano Ricardo. Foi publicada em 1928, e trata-se de um longo poema indianista e nacionalista, em que o índio, o negro e o branco tomam posse do Brasil e inventam um novo país.

 

7. Pit Dogs

Experimente sair de Goiânia e usar a expressão Pit Dog para se referir aos trailers que vendem comida nas ruas da cidade. Sério, ninguém vai te entender. Só aqui em Goiânia tem Pit Dog, marca registrada do vocabulário goianês. A grana tá curta? Tem sempre um X-salada (mais um verbete do dicionário goianês) do tamanho do seu bolso, o sanduba poderoso mata a fome e dá sustância! Da periferia à área nobre, tem Pit Dog para todo mundo, e o X entra para a lista de lanches mais democráticos da cidade. Amamos.

 

8. Festivais de música alternativa

Que Goiânia é celeiro da música sertaneja todo mundo sabe. Mas, a música daqui não se resume às duplas que fazem sucesso no país, e nunca, nunca diga para um goiano roqueiro que na cidade só rola modão. A capital está no circuito dos grandes festivais de música alternativa do Brasil, e tornou-se referência no quesito música boa. Por aqui, rolam o Festival Bananada, o Goiânia Noise Festival, o Grito Rock e o Vaca Amarela, que trazem grandes nomes da música brasileira para o público goiano, além de revelar bandas de Goiânia para o mundo. Mais um bom motivo para ficar in love com a cidade.

 

9. Música sertaneja

Não foi a gente quem inventou, mas ninguém inventou mais duplas sertanejas do que Goiânia. A lista de duplas não caberia aqui, são tantas que representam a cidade no gênero musical que Goiânia ficou nacionalmente conhecida como a capital do sertanejo. Você pode amar ou odiar, com o sertanejo não tem meio termo, só não pode dizer que a música não é a mais popular por aqui. E tem duplas e cantores para todos os gostos: dos tradicionalistas aos mais moderninhos. Mais um dos motivos para amar a terrinha.

 

10. Feiras

Sabia que Goiânia é a capital brasileira das feiras? O título não foi conquistado por acaso, por aqui tem feirinha que para todos os públicos. Além de serem uma ótima opção para comprar, elas também são boas alternativas de lazer, principalmente para quem quer fugir do comércio de rua e dos shoppings. Das feiras especiais – aquelas que vendem artesanato, roupas, calçados, comida, etc -, a Feira da Lua está entre uma das mais procuradas, e é point dos goianienses nas tardes de sábado. Não tem como não amar!

 

11. Mercado da 74

Em funcionamento desde 1953, o Mercado da 74 é um xodó dos goianienses. Além dos vários bares, oferece também uma programação cultural pra lá de variada durante a semana. Tem noite de samba, de sertanejo, de pop rock e forró, um dos espaços mais democráticos da cidade. Tem um lugarzinho no nosso coração, sim!

 

12. Barzinhos

Um dos programas favoritos dos goianienses é aproveitar um barzinho. São muitas as opções na cidade, incontáveis, para todos os públicos e todos os bolsos. Além deles, temos boates, pubs e outras casas que tiram a galera do marasmo e animam qualquer dia da semana. Tá na lista!

 

13. Centro Cultural Oscar Niemeyer

O Centro Cultural Oscar Niemeyer, também conhecido como CCON e NIE, é um complexo de espaços culturais que oferece uma programação variada para o visitante. Construído em 2006, o espaço abriga a esplanada Juscelino Kubitschek; o Palácio da Música Belkiss Spenzieri; o Museu de Arte Contemporânea; o prédio da biblioteca e o monumento aos Direitos Humanos, que, segundo o próprio Oscar Niemeyer, é “um grande triângulo vermelho que confere ao projeto a importância desejada”. Um dos mais novos cartões postais  da cidade já conquistou o coração do goianiense. Outro bom motivo para amar Goiânia.

 

14. Flamboyants

Eles fazem parte da paisagem e conquistaram o coração dos goianienses. Os Flamboyants são uma marca registrada da cidade, e quando florescem pintam o cenário da capital de vermelho. Os flamboyants da foto acima ficavam no canteiro da Avenida Goiás Norte, e foram removidos do local no ano passado por conta da construção do corredor exclusivo de ônibus do Bus Rapid Transit (BRT). Uma pena, né? Mas existem muitos outros que enfeitam a cidade e são um verdadeiro colírio para os olhos.

 

15. Campinas

E na nossa lista não poderia faltar o bairro de Campinas. Antigamente, Campinas era um município, mas com a construção de Goiânia perdeu a condição de cidade e se agregou à nova capital de Goiás. É um dos bairros mais importantes de Goiânia, considerada como um ponto fundamental na formação da capital. Quem vai a Campinas encontra um grande número de comércio e residências, além da Praça Joaquim Lúcio, marco do setor.

 

16. Mutirama

Só de pensar no Mutirama já dá vontade suspirar. Não há quem não ame esse que é um dos lugares mais queridos dos goianienses, e que fizeram várias gerações de crianças felizes. Inaugurado em 1969, o parque é um dos mais representativos parques públicos temáticos do país, e conta com 29 atrações para fazer a alegria da criançada (e dos crescidinhos também, por que não?). O Mutirama mora do lado esquerdo do peito do goiano.

 

17. Zoológico

Localizado no Setor Oeste, o Jardim Zoológico de Goiânia foi inaugurado em 1946, e é um dos lugares favoritos do goianiense. Além de poder dar uma olhadinha nas várias espécies de animais que vivem por lá, o visitante pode aproveitar o espaço que oferece restaurante, parque para as crianças e uma grande área verde que é um verdadeiro convite para um piquenique entre amigos e família. Tem o nosso amor.

 

18. Goianês

E que ninguém venha tirar onda com nosso sotaque! Falamos goianês com muito orgulho e não temos nenhum problema em puxar o “r”, abreviar as palavras e usar expressões que só quem é de Goiânia consegue entender. Nem melhor, nem pior: nosso jeito de falar é único, e faz parte de nossa identidade cultural. Nó, bão demais da conta!

 

19. Praças

Dizem que Goiânia é a cidade das praças. E são muitas mesmo, quase todos os bairros têm a sua (muitas, infelizmente, mal cuidadas). Entre tantas, a mais famosa é a Praça Cívica, marco da construção da capital goiana. Recentemente, passou por um grande projeto de revitalização, e pode ser melhor aproveitada pelos goianienses. Amamos!

 

20. Bosque dos Buritis

E por último, mas não menos importante… nosso querido Bosque dos Buritis. Situado no Setor Oeste, o bosque é o mais antigo patrimônio paisagístico de Goiânia. Possui 141.500 metros quadrados, cercado por árvores, lagos, e plantas rasteiras. Conta com três lagoas artificiais abastecidas pelo córrego Buriti e por vários canais subterrâneos. Em uma delas está o maior jato d’água da América do Sul. Muita gerações já passearam de mãos dadas por ali, point dos românticos de Goiânia. Fecha a nossa lista, mora no nosso coração.  

20 palavras e expressões que são a cara de Goiânia

Postado em 16/08/2015 17h40

 

Feche os olhos e pense em Goiânia. O que aparece na sua frente? Um ‘trem’ qualquer? Um ‘Pit Dog’ com um sanduba caloricamente delicioso? Um ‘churrasquim’ com os amigos ou um ‘friozim’ de 20 graus? Quais são as gírias e expressões que mais caracterizam os moradores e a cultura da cidade?

Curta Mais foi em busca de inspiração no bate papo informal com os próprios colegas da redação, no burburinho dos botecos e nas conversas corriqueiras do dia a dia na cidade. Tentamos aqui traduzir um pouco do jeitinho goiano de ser. Expressões e seus significados que são verdadeiras novidades pra quem chega na capital goiana pela primeira vez. Para os novatos na terra, um aviso: depois que acostuma a falar assim, nunca mais esquece. Mas, de boa? O trem é bão demais da conta e tem sim seu charme.

 

1. Custoso: pessoa ou situação difícil, complicada. Ex: “ô trem custoso esse menino”.

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“Isso vai ser custoso demais, moço!”

 

2. Trem: pra você que não entendeu bem a frase acima, “trem” em goianês pode ser aplicado a tudo. Ex: “trem bonito”, “trem custoso”, “trem bão” etc.

Ps: os mineiros vão reivindicar a autoria, mas Goiás é quase Minas e Minas é quase Goiás.

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O trem original.

 

3. Queijim (queijinho): não, não estamos falando de gastronomia. Queijim é rotatória de trânsito (e temos muitas por aqui). Se alguém lhe der uma informação assim “vai reto toda vida, quando chegar no queijim você vira no sinal”, fique tranquilo; “toda vida” dura cinco minutos, “queijim” é a rotatória e “sinal” é semáforo. A propósito, se acostume a ouvir tudo no diminutivo por aqui, “bunitim”, “arrozim”, “baratim”, “carrim”, “cafezim”…

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Um dos 8273183842734 exemplares de queijim de Goiânia.

 

4. “Uai, sô”: acredite, você vai ouvir muito isso em Goiânia e achar que está em Minas Gerais, mas já explicamos isso antes. A expressão mineira-goiana serve pra começar ou terminar qualquer frase (às vezes cabe até no meio dela ou sozinha). Um “uai, sô” seguido de um olhar, pode dizer mais que muitas palavras.

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“Uai, sô, cadê o trem que eu deixei aqui?”

 

5. “Bão demais da conta“: neste caso, a frase virou uma coisa só e por isso incluímos na lista, se é “bão demais da conta”, é excelente!  Se alguém te afirmar isso, fecha os olhos e se joga porque a coisa é boa mesmo. Se aplica a lugares, pessoas, comida, produtos etc. Ex: “esse restaurante é bão demais da conta”, “pensa num trem bão demais da conta”.

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“Chope bão demais da conta, moço!”

 

6. Friozim: temperatura entre 18 e 28 graus (acima disso, é o tempo normal por aqui). Se você é do Sul ou Sudeste, pode até rir disso, mas frio aqui é raridade e quando o termômetro cai um pouquinho, é a chance de usar aquela blusa cheirando a naftalina escondida há tempo no fundo do armário.

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De boa curtindo o friozim de Goiânia.

 

7. Buzú ou baú: ônibus. Ex: “bora pegar o buzú que para naquele ponto ali”. Ah! Pra não ficar nenhuma dúvida,”ponto” é a parada do ônibus.

buzu

Acho que vou esperar o próximo.

 

8. Quebrado / liso / na pindaíba: falido, sem dinheiro. Em tempos de crise, a expressão teve que entrar pra essa lista. Ex: – bora sair hoje? – dô conta não, tô ‘quebrado, tô ‘liso’, ‘na pindaíba’.

liso

  

9. Churrasquim: goiano que é goiano adora carrrrne (com erre puxado mesmo). Reúna a turma, a cerva (cerveja) gelada, carvão, picanha com capa de gordura, mandioca, feijão e arroz tropeiro. Ah! E pega mais cerva no posto ali da esquina.

churras

“Ê, churrasquim bão demais da conta!”

  

10. Gente boa: se a primeira impressão é a que fica, a chance de você se encantar por um(a) goianiense é enorme. A marca da cidade é a hospitalidade, a simpatia. Não se assuste se você estiver sozinho em um dos vários bares da cidade e uma galera da mesa ao lado puxar conversa. Provavelmente você vai acabar fazendo novos amigos.

genteboa

Amizade de boteco, quem nunca?

 

11. Roça: se no litoral o povo vai pra praia, em Goiânia, quando o stress da cidade grande aperta, o jeito é dar uma fugidinha pra roça. No caso, roça pode ser uma chácara, sítio ou mesmo uma fazenda simples ou com jeitão de resort.

roça

Fogão de lenha, e uma rede na varanda…

 

12. Galinhada: se você imaginou um monte de galinhas reunidas em um encontro anual do segmento, esqueça! Galinhada é um tradicional e delicioso prato da cozinha local. Misture arroz, açafrão, galinha e, claro, o pequi nosso de cada dia, e temos a galinhada genuinamente goiana.

galinhada

Galinhada diliça assim só no Goiás.

  

13. Pit Dog: um pet shop especializado em Pitbull? Um canil? Uma raça de cachorro que late “uai”? Nada disso, com vocês mais um produto genuinamente goianiense, o Pit Dog. Trata-se de uma sanduicheria em forma de trailer, presente em quase toda esquina movimentada da cidade. Goiânia se orgulha de ser a terra natal do pit dog – nossa mais famosa comida de rua que bota no chinelo muito food truck.

pitdog

Food truck pra quê?

  

14. “Que nem”: as duas palavras significam uma só, “igual”. Ex: “esse carro é ‘que nem’ aquele” ou “você tá ‘que nem’ seu pai”.

quenem

Separados no nascimento que nem Ruth e Raquel.

 

15. “Dô conta não”: mais um agrupamento de palavras presente no vocabulário goianiense. Significa: “não consigo”, “não sei fazer” ou “sem paciência”. Ex: “Dô conta de chegar esse horário não” ou “sabe aquele cara? Dô conta não!”.

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“Dô conta desse trem, não!”

  

16.“Tem base?”: goiano que é goiano fala isso a cada 20 palavras. Na tradução mais literal seria “pode uma coisa dessa?”

tembase

“Tem base isso, Arnaldo?”

  

17. “Dar rata”: cometer uma gafe. Ex: “cê tá me passando vergonha, para de dar rata” ou “errou de novo seu rateiro?”

rata

Todo mundo já deu rata nessa vida.

 

18. “Ah neim”: ah não… Se vier acompanhado de um longo ‘ah neeeeiiimm, sai de perto!

ahnem

“Ah neeeeeim, de novo esse trem? Dô conta não!”

  

19. “Do pé rachado”: goiano legitimamente goiano. Se no Rio de Janeiro, o carioca é da gema, aqui, quem nasceu em Goiânia ou Goiás, é ‘goiano do pé rachado’ com muito orgulho, sô!

perachado

“Nóis é da roça e do pé rachado, sô.”

  

20. “Quando é fé”: ‘tava’ pensando em outras expressões bastante comuns por aqui, mas ‘quando é fé’ o celular tocou e eu tive que fechar o texto agora mesmo.

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“De boa curtindo aqui quando é fé me aparece um humano.”

 

 

Confira mais expressões tipicamente goianas no nosso Dicionário Goianês.

Por Marcelo Albuquerque, editor do Curta Mais. Um capixaba radicado em Goiás desde os 10 anos e mais um goiano do pé rachado adotado pela terra mais acolhedora do Brasil.

 

Dicionário Goianês: gírias e expressões típicas dos goianos

Alugar: Conversa fiada.

Anéin (Ah, nein): Ah, não!

Apiar: Descer

Arredar: Arrastar, Tirar

Azulcrinar: Perturbar, encher o saco

Baculejo: Revista policial

Bão?: Tudo bem?

Bão demais da conta: Muito bom

Barracão: Casa

Baú ou Buzú: Ônibus coletivo

Caboclo: Rapaz

Catilanga: Mulher feia

Corguim: Diminutivo de córrego

Custoso (a): Díficil, pessoa sapeca

Dar rata: Cometer uma gafe

Demais da conta: Muito, muito mesmo

Encabulado: Impressionado

Escomungado: Esquisito

Estrovar: Atrapalhar

Espia: Olha!

Estrupício: Feio, Horrível

Fera: Bom, Bonito

Ferrado: Encrencado, enrolado

Fí, Fio ou Fia: Filho (a), Menino (a)

Frevo: Festa, Multidão

Frito: louco, ligadão, maluco

Galinhada: Arroz com Galinha

Goiano do Pé Rachado: Natural do estado de Goiás

Grilar: Ficar bravo

Guariroba (gueroba): Espécie de palmito amargo

Larga: Deixa

Lascado: Encrencado, enrolado

Latada: Enrascada

Madurar: Amadurecer

Mala: Mau-elemento

Maria Izabel: Arroz com Carne de Sol

Massa: Bom, ótimo, excelente

Mocorongo: Bobo

Mocozá: Esconder

Num dô conta: Não consigo, Não sei fazer

Paia: Sem graça

Peia: Surra

Pelejar: Tentar

Pequi: Fruto típico de Goiás, usado na culinária. Nunca morda, por causa dos espinhos interno.

Pindaíba: Falta de dinheiro

Pit Dog: Sanduicheria em forma de trailer, comum em Goiânia

Pizêro: Bagunça

Pulá o corguim: Passar dos limites

Purgante: Chato, enjoado

Quando é fé: ‘De repente’, ou ‘até que’

Queijinho: Rotatória de trânsito

Que nem: Igual, idêntico

Rata: Fora

Ranca: tira, elimina

Rensga: Caraca; impressionante;

Ridico: Egoísta

Rodeia: Dar a volta

Tamborete: Banquinho de madeira

Tem base?: Pode uma coisa dessas?

Tirar água do joelho: Fazer xixi

Trem: Objeto, Coisa

Trupicar: Tropeçar

Tunda: Surra

Vazar: Ir embora do lugar