É oficial: Dia da Consciência Negra é feriado no Brasil

O Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, foi oficialmente sancionado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  como Feriado Nacional, válido em todo território do país. A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 22.

Antes, a data era considerada ponto facultativo, e valia como feriado em apenas em alguns estados e municípios. Com a sanção, a data passa a valer em todas as cidades do país.

O Dia da Consciência Negra celebra o dia em que um dos maiores líderes da resistência contra a escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares, foi morto, durante o período do Brasil Colônia. O líder foi morto no ano de 1695, após ser traído por um de seus companheiros, Antônio Soares, que denunciou um de seus esconderijos, então foi emboscado e morto.

Projeto de Lei
O projeto foi proposto pelo Senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). O reconhecimento do 20 de novembro como feriado nacional foi aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado. Com 286 votos a favor e 121 contrários.

Criado pela então presidente Dilma Rousseff em 2011, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra começou a ser já comemorado no dia 20 de novembro, mas na época, não chegou a se tornar um feriado.

Dia da Consciência Negra: saiba onde é feriado no Brasil

O Dia da Consciência Negra, que homenageia o líder quilombola Zumbi dos Palmares, é oficialmente reconhecido como feriado em seis estados brasileiros. São Paulo é a mais recente unidade federativa a aderir à data, por meio da Lei nº 17.746 deste ano. Além disso, o feriado é observado em Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, e Rio de Janeiro, e em aproximadamente 1.260 municípios, conforme a Fundação Cultural Palmares.

Segundo a entidade, o Dia da Consciência Negra tem como propósito promover reflexões sobre a valorização e contribuição da comunidade negra para o Brasil. Além disso, destaca a importância do combate ao racismo e da visibilidade da cultura africana.

A data, oficializada como Dia da Consciência Negra no Brasil pela Lei Federal nº 12.519/2011, teve sua origem na década de 1970, idealizada pelo pesquisador gaúcho Oliveira Silveira e pelo Grupo Palmares de Porto Alegre (RS).

Diversas cidades, incluindo as capitais Cuiabá (MT) e Florianópolis (SC), adotaram o feriado de 20 de novembro por meio de leis municipais. Essas iniciativas locais buscam não apenas reconhecer a relevância histórica da data, mas também fomentar a reflexão sobre questões fundamentais como o combate ao racismo e a promoção da cultura africana.

 

*com informações de Agência Brasil

 

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Foto de Capa: Agência Brasil

Goiânia adota feriado no dia 20 de novembro

No próximo dia 20 de novembro, seis estados brasileiros decidiram adotar o feriado integral em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Para além desses estados, inúmeras cidades em todo o país, incluindo duas capitais estaduais, também se unem à celebração. Erroneamente, o site UOL noticiou que Goiânia seria uma delas, mas a prefeitura negou a existência da Lei Municipal . Confira abaixo os detalhes.

 

Estados com Feriado no Dia da Consciência Negra:

Alagoas

Amazonas

Amapá

Mato Grosso

Rio de Janeiro

São Paulo

 

Capitais com Feriado Municipal

Florianópolis (SC)

 

Feriado Nacional

No Congresso Nacional, discussões estão em curso sobre a possibilidade de transformar o dia 20 de novembro em feriado nacional. O senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) apresentou um projeto de lei no ano passado propondo essa mudança. Já aprovada pelo Senado, a proposta agora aguarda votação na Câmara dos Deputados.

 

Significado do Dia da Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra busca instigar uma reflexão profunda sobre a inserção da comunidade negra na sociedade brasileira e o impacto da cultura africana na formação da identidade do país.

A data visa valorizar a rica herança afro-brasileira, incentivando o reconhecimento em instituições de ensino, organizações e espaços culturais.

Movimentos Negros coordenam eventos educativos, palestras e manifestações para destacar a contribuição significativa dos cidadãos negros para o Brasil.

A reflexão almeja fortalecer a autoestima da população negra e sensibilizar a população branca para a existência do racismo estrutural, prejudicando oportunidades de negros no trabalho e na educação. O engajamento nessa causa é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

 

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Foto de Capa: Lis Lopes/G1

 

Por que Novembro se tornou o Mês da Consciência Negra no Brasil? Entenda

No Brasil, o mês de novembro se destaca não apenas pelo início da temporada de chuvas em algumas regiões, mas também por ser o momento em que a sociedade volta suas atenções para a reflexão e conscientização sobre a questão racial. O mês é dedicado à Consciência Negra, com o ápice das celebrações ocorrendo no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, data que presta homenagem a Zumbi dos Palmares.

Legado

Zumbi dos Palmares, nascido por volta de 1655, foi uma figura central na resistência contra a escravidão no Brasil colonial. Cresceu no Quilombo dos Palmares, uma comunidade autossustentável formada por escravizados fugitivos, onde se destacou não apenas por sua liderança, mas também por suas habilidades estratégicas e intelectuais.

Zumbi assumiu o comando do Quilombo após a morte de seu antecessor, Ganga Zumba, e liderou a resistência contra os ataques das forças coloniais por mais de duas décadas. Palmares, sob seu comando, tornou-se um refúgio para aqueles que buscavam escapar da brutalidade da escravidão.

Sua atuação não se limitava apenas ao aspecto militar; Zumbi buscava a construção de uma sociedade justa e igualitária, fundamentada na liberdade e na preservação da cultura africana. A visão de Zumbi transcendia as fronteiras do quilombo, influenciando as gerações subsequentes na luta por direitos e reconhecimento.

Além de inspiração para a luta contra o racismo e exemplo da afirmação de afrodescendentes, ele é considerado o primeiro líder político a rejeitar o jugo colonial e propor a seus conterrâneos e seguidores a criação de um novo país em terras americanas.

Cem anos antes da Revolução Francesa abolir a escravatura libertando o Haiti (depois a escravidão foi restabelecida nas suas colônias), ele rompeu com o regime escravista que predominava em todo o mundo: Europa, América do Norte, África e Ásia reconheciam o direito de propriedade de seres humanos e tributavam cativos como os demais ativos semoventes.

O primeiro grito contestando essa instituição milenar da Humanidade ouviu-se nas serranias de Alagoas quando Zumbi rejeitou no acordo que seu tio Ganga Zumba fechava com o governador Pedro de Almeida, em 1678, representante do Rei Dom João IV, que concedia autonomia ao território do quilombo de Palmares, mas mantinha a escravidão. Zumbi exigiu a abolição em todo o território da Capitania de Pernambuco. Os portugueses não aceitaram e a guerra continuou por mais 20 anos. Manteve-se intransigente quando o mesmo lhe foi oferecido pelo Rei Dom Pedro II. Recusou novamente e combateu até morte.

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Estátua localizada em Salvador, Bahia, que homenageia Zumbi dos Palmares

 

Zumbi e o Dia da Consciência Negra

O 20 de novembro foi escolhido como o Dia da Consciência Negra em homenagem ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, que ocorreu em 1695. Esta data não apenas reconhece a figura emblemática de Zumbi, mas também destaca a importância de preservar a memória e compreender o legado da resistência negra no Brasil.

Por que a Consciência Negra é importante no combate ao Racismo

A celebração do Mês da Consciência Negra não é apenas um exercício de memória, mas uma oportunidade para analisarmos criticamente as disparidades e desafios enfrentados pela população negra no Brasil contemporâneo.

O combate ao racismo estrutural exige uma compreensão profunda de suas raízes históricas. O Mês da Consciência Negra serve como um lembrete de que a luta por igualdade racial está longe de ser concluída. Dados atuais revelam que, embora a escravidão tenha sido abolida há mais de um século, as desigualdades persistem em várias esferas, como educação, emprego e acesso à saúde.

Ao refletir sobre o legado de Zumbi dos Palmares, somos instigados a questionar as estruturas que perpetuam o racismo e a promover ações efetivas para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Dados apontam para disparidades significativas entre brancos e negros em termos de renda, acesso à educação e oportunidades de emprego. Pesquisas mostram que a população negra ainda enfrenta obstáculos significativos para ascender social e economicamente.

A relevância atual

A celebração do Mês da Consciência Negra vai além de eventos pontuais. É uma oportunidade para aprofundar o entendimento sobre as raízes do racismo estrutural e para buscar soluções efetivas para as desigualdades persistentes. Dados contemporâneos evidenciam a necessidade contínua de enfrentar questões como a violência policial, a sub-representação nos espaços de poder e as disparidades socioeconômicas que afetam a população negra.

A oficialização do Dia da Consciência Negra em 20 de novembro ocorreu através da Lei Federal nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Essa legislação estabeleceu o 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, reforçando a importância da data para a promoção da reflexão sobre as questões raciais e a valorização da cultura afro-brasileira.

Assim, o mês de novembro foi naturalmente associado a essa celebração devido à relevância histórica do 20 de novembro e à intenção de dedicar um período mais amplo para atividades, reflexões e eventos que promovam a conscientização sobre a importância da igualdade racial e do combate ao racismo no Brasil.

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Cantora Iza vira a boneca Barbie

Considerada um símbolo quando o assunto é representatividade negra e empoderamento feminino, a cantora Iza é uma das principais artistas do Brasil. E, apesar da pouca idade, sua trajetória profissional é extensa e repleta de inúmeros sucessos.

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No último sábado (20/11), data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, a cantora recebeu a sua própria versão exclusiva da Barbie, a boneca mais famosa do mundo. A ideia da marca é prestar uma homenagem por tudo que a artista representa, especialmente para as futuras gerações, ao quebrar barreiras e inspirar meninos e meninos. A iniciativa faz parte da linha “Mulheres Inspiradoras”.

“Eu sempre quis ter uma Barbie parecida comigo e não acredito que esse sonho está acontecendo. Fiquei muito feliz com essa homenagem, pois significa muito para mim”, disse Iza. A cantora é a terceira brasileira homenageada pela Barbie, que também presenteou com uma boneca exclusiva a biomédica brasileira Dra. Jaqueline Goes, em agosto deste ano, e a surfista de ondas grandes Maya Gabeira em 2019. 

 

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*Fonte Terra

Imagens: Reprodução

Primeiro prefeito negro de Goiânia, Rogério Cruz, fala sobre representatividade na gestão pública

A Prefeitura de Goiânia comemora o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) de forma bem representativa neste 2021. O Executivo goianiense tem o primeiro prefeito negro de sua história. Rogério Cruz assumiu o Paço Municipal no dia 15 de janeiro deste ano, após morte de Maguito Vilela, vítima de complicações de Covid-19.

“Como todo negro, eu convivi com o preconceito em vários momentos da minha vida. Mas nunca me abati. Sigo firme e hoje tenho muito orgulho de ser o primeiro prefeito negro de Goiânia”, compartilha Rogério Cruz.

O prefeito reconhece que sua presença na chefia do Executivo confere a ele a responsabilidade de construir uma gestão que olhe para quem historicamente foi relegado às margens da sociedade.

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“Novas lideranças que foram vítimas de preconceito por raça, cor ou religião começam a surgir. E o interessante é que elas têm um olhar mais sensível e atento a questões como esta justamente por já terem sido discriminadas”, comenta o chefe de Executivo.

Inspirado por Nelson Mandela, o principal líder político da história da África do Sul, Rogério instalou em seu gabinete no Paço Municipal um retrato daquele que considera um dos grandes nomes mundiais da luta contra a opressão racial. A obra de arte é assinada pelo artista goiano Selvo Afonso.

Feira das Pretas

Na gestão do prefeito Rogério Cruz, foi lançada a Feira das Pretas. O evento, que chega a sua quarta edição neste fim de semana, exibe e venda de peças criadas por mulheres negras da comunidade local, como tecidos e roupas africanas, assessórios, alimentos, pinturas e artesanato e visa estimular a valorização da negritude, além de fortalecer o afroempreendedorismo.

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Responsável pela criação da lei que instituiu em Goiânia o Dia de Combate à Intolerância Religiosa, Rogério acredita que “cada um tem direito à sua própria crença, a seguir aquilo que acredita”. Como representante do poder público, defende que é seu dever assegurar que esse direito seja exercido em sua plenitude por todos em todas as religiões, inclusive as de matriz africana.

Executivo e Legislativo

Assim como na Prefeitura de Goiânia, a Câmara Municipal de Vereadores também é comandada por um presidente negro, o vereador Romário Policarpo. Para ele, o Executivo e o Legislativo atuam para ampliar a inclusão social e econômica da população negra da capital.

“O Legislativo está sempre atento e vigilante a essa demanda e vem atuando para equilibrar o acesso de todos os goianienses à saúde, à educação, à habitação, ao lazer a cultura”, afirma Policarpo.

“Sabemos que a exclusão afeta em maior proporção a população negra. O prefeito Rogério Cruz e eu ainda somos exceção em funções de liderança política, mas, sem dúvida, estamos avançando”, afirma Romário Policarpo.

“O Dia da Consciência Negra é a oportunidade que temos de reafirmar esse compromisso e o prefeito Rogério, por sua formação e origem, tem demonstrado muita sensibilidade no atendimento a essas demandas”, completa o presidente da Câmara.

Representatividade

O cientista político Guilherme Carvalho entende que é necessário que mais negros passem a ocupar esses espaços liderança pois não há representatividade efetiva nas esferas de poder e espaços de tomada de decisão.

“É simbólico ter representantes nos maiores cargos do Município, mas é necessário que mais pessoas consigam se fazer representar pelo voto ou pela ocupação de espaços. Para que a sociedade tome consciência, tem de se tornar tradicional falar do problema para que todos entendam.”

Nesse sentido, na opinião do cientista político, o papel das escolas é fundamental com a realização de atividades culturais que falem da história do povo preto, dos problemas da sociedade de forma mais ampla e que se comemore o dia da Consciência Negra por meio da conscientização.

Carvalho avalia que Goiânia ganha com um prefeito negro a medida em que o gestor e a Prefeitura dialogam com a sociedade, expondo os problemas que o prefeito enfrentou e enfrenta pela cor da sua pele e como ocupar um posto de poder chave propicia a ele auxiliar a promoção da população no alcance de oportunidades para que um dia possam ocupar esses postos também.

Ele destaca que a atual gestão estruturou secretarias, superintendências e gerências com preocupação com a representatividade sexual, de gênero, direitos humanos, mas em especial também com a questão étnica. “Não se trata apenas de ocupar os mais altos postos, mas também os de nível médio e todos os postos representativos, ou seja, ocupar de forma equânime de acordo com a porcentagem na sociedade”, defende.

Guilherme Carvalho também analisa a representatividade no Legislativo e parceria com a Prefeitura de Goiânia. “Sempre que possível, Rogério e Romário enfatizam a questão étnica e isso é muito importante para a conscientização. O Romário tem até um caso polêmico em que sofreu racismo e teve grande repercussão. Isso sendo um agente investido de poder e autoridade da Câmara. Imagina o resto da sociedade no dia a dia. Então, ter alguém que sofreu e sofre é extremamente representativo e mostra que é preciso participar para ocupar esses espaços”, finaliza o cientista político.

Lideranças negras

O prefeito Rogério Cruz, de 55 anos, é carioca de nascimento, fez carreira na área de gestão, sendo responsável pela implantação da TV Record no continente africano durante 16 anos. Há 11 anos chegou a Goiânia para seguir trajetória na comunicação. Foi alçado na política, se elegendo vereador por dois mandatos. Sem pretensão à reeleição, Rogério Cruz acabou convidado para compor a chapa vencedora da prefeitura de Goiânia. Disciplinado, participou ativamente da campanha e assumiu o desafio de comandar a gestão pelos próximos quatro anos.

Romário Policarpo tem 34 anos e uma trajetória de muita luta como tantos outros jovens que vivem em nossa capital. Com estudo e esforço conseguiu aprovação no concurso para a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e usou a sensibilidade aprendida na vida para entrar na atividade política. Primeiro, nas entidades representativas da sua categoria. Está no segundo mandato como presidente da Câmara Municipal de Goiânia. Tem força na voz e na ação, que o consolidaram como um dos políticos mais influentes do Estado.

 

Imagens: Secom GO

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Os negros e negras mais influentes da história de todos os tempos; conheça e inspire-se

A história é repleta de personalidades negras que foram importantes nas mais diversas áreas, apesar dos desafios e adversidades. De ativistas a artistas e atletas que quebraram recordes, o Curta Mais destaca os 30 negros(as) mais influentes de todos os tempos que são fontes de inspiração e representatividade.

1. Martin Luther King jr.


Impulsionado pela fé, inspirado por Gandhi e motivado pela esperança de tratamento igual para todos, Martin Luther King Jr. proferiu palavras para uma geração (como seu discurso Eu tenho um sonho ) motivando a mudança na maneira de pensar e ver o mundo. Ainda há muito trabalho a ser feito para completar a visão de Luther King, mas não há dúvida de que há bastante contribuição sua e de líderes negros como ele, nas conquistas alcançadas até hoje.

2. Dandara dos Palmares


Conhecida especialmente por ter sido a companheira de Zumbi dos Palmares, grande homenageado no Dia da Consciência Negra no Brasil, Dandara também fez história sendo um dos nomes principais da resistência quilombola do país do século XVII. Não se sabe a sua data nem local de nascimento, mas acredita-se que ela tenha nascido no Brasil e desde muito nova vivido no Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, região onde agora atualmente encontra o Estado de Alagoas. Teve três filhos com Zumbi e lutou em muitas guerras de resistência contra os colonizadores até que foi capturada e morta por eles, junto a outros quilombolas, em fevereiro de 1694.

3. Zumbi dos Palmares


Zumbi nasceu livre no Quilombo dos Palmares, hoje União dos Palmares, na Serra da Barriga (hoje em dia região de Alagoas), uma região, em plena época de escravidão, chegou a abrigar quase 30 mil negros e negras que resistiam à dominação dos senhores portugueses.

Foi no quilombo que aprendeu técnicas de defesa e o espírito de liderança que teve de usar mais tarde, nas batalhas de resistência que enfrentou contra capitães que queriam destruir o quilombo para recuperar mão de obra escrava. Defendeu o quilombo por 18 anos, até que depois de sucessivas batalhas foi traído por um de seus companheiros, capturado, decapitado e teve sua cabeça exposta em praça pública, uma estratégia do governador de Pernambuco para desmentir a crença de que era imortal.

Em razão da sua morte em 20 de novembro, anualmente neste dia é comemorado no Brasil o Dia da Consciência Negra.

4. Nelson Mandela


O mais poderoso símbolo da luta contra o Apartheid, regime segregacionista da África do Sul, foi ganhador do Nobel da Paz em 1993 e é conhecido como o Pai da Pátria em seu país. Foi o primeiro presidente negro da África do Sul entre 1994 e 1999, e só alcançou o poder depois de 30 anos preso por, segundo líderes da oposição: “praticar terrorismo contra o regime Apartheid”. Jovem, ainda estudante de direito, se envolveu em movimentos estudantis e acabou sendo expulso da universidade por ser contra as políticas pregadas por ela. Precisou terminar sua graduação por correspondência para, depois, unir-se ao Congresso Nacional Africano.

5. Barack Obama


Um dos líderes negros mais recentes e importantes de nosso tempo é ninguém menos que o 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama . Ele foi apenas o quinto afro-americano a ser eleito para o Senado dos Estados Unidos e a primeira pessoa negra a ser eleita comandante-em-chefe. Todo o clã Obama – incluindo Michelle, Malia e Sasha – é a maior representação do #blacklove neste condado e merece ser celebrado.

6. Angela Davis


Angela Yvonne Davis nasceu no Alabama, EUA, e tornou-se uma dos principais mulheres negras na luta pelos direitos civis na década de 1960 – 1970. Cresceu em um dos estados do sul americano onde a segregação racial era mais dura, e organizações civis como a Ku Klux Klan tinha o hábito de perseguir, linchar e enforcar pessoas negras.

No fim da adolescência Ângela conseguiu uma bolsa para estudar filosofia em Nova York, onde conheceu ideais socialistas e passou a militar em favor dos direitos civis, igualdade de gêneros, entre outras causas. Quando tinha por volta de 20 anos, associou-se ao partido dos Panteras Negras, chegou a ser uma das dez pessoas mais procuradas no país pelo FBI, mas depois foi inocentada de todas as acusações.

Desde então, Ângela é símbolo de resistência negra, acadêmica respeitada nos estudos étnicos e de gênero. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.

7. Oprah Winfrey

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Ela pode ter vindo de uma infância tumultuada cheia de abusos, mas Oprah Winfrey cresceu para se tornar uma líder para os afro-americanos, mulheres, jornalistas, cineastas e praticamente qualquer pessoa com pulso. Winfrey é o mais próximo que pode chegar da realeza americana, com um império de negócios que não pode ser tocado. Ela é tudo que você deseja em uma rainha, então todos saudem Oprah.

8. Michael Jackson


Considerado em várias partes do mundo como o maior artista pop de todos os tempos, Michael Joseph Jackson nasceu no estado da Indiana, EUA, em uma família com mais 9 irmãos. Sua carreira começou aos 5 anos de idade, assessorada pelo pai, que montou a banda The Jackson Five, em que Michael atuava com mais 4 irmãos. Logo se tornaram um sucesso mundial.

Aos onze anos já era a estrela principal da banda e vocalista, após embarcou em uma carreira solo como seu primeiro disco, Off the Wall, que vendeu cerca de sete milhões de cópias. Na época tinha 21 anos de idade. Frequentemente citado como o maior ícone negro de todos os tempos, sua genialidade artística abriu barreiras para outras pessoas negras se tornarem famosas.

É o artista mais premiado de história da música popular, e sua biografia repleta de polêmicas envolvendo sua mudança de aparência, proximidade com crianças, vida privada luxuosa e outros o tornaram um nome eterno da cultura popular. Michael morreu por overdose de remédios aos 51 anos de idades, menos de um mês antes de iniciar uma turnê mundial.

9. Machado de Assis


Até hoje, muitos não sabem que um dos maiores escritores brasileiros era negro. Machado de Assis nunca fez universidade, o que é uma clara representação da situação dos negros no Brasil. Durante a época da Proclamação da República, transitou entre vários gêneros literários e foi assíduo comentador da situação política brasileira. Fundou – ao lado de colegas escritores – e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

10. Bob Marley


O jamaicano Robert Nesta Marley é o grande responsável por tornar o reggae um ritmo mundialmente famoso e adorado. Filho de um militar britânico (na época em que a Jamaica era colônia do Reino Unido) e uma adolescente negra do norte do país, foi abandonado pelo pai quando era criança. Cresceu em uma favela em Kingston, maior cidade da Jamaica.

Sempre gostou de música e ainda adolescente formou sua banda com alguns amigos, incluindo o enteado do seu padrasto, do segundo casamento da mãe. Sua primeira música grava foi “Judge Not”, composta pelo próprio, quando tinha 17 anos de idade.

Com 18 anos já era sucesso nacional, e no começo da década de 1979, quando Bob tinha por volta de 27 anos, sua forma única de cantar, as letras sobre os problemas sociais jamaicanos e o novo estilo, reggae, chamou a atenção do mundo e o transformou em um ícone negro, especialmente para adeptos do movimento rastafári.

Bob morreu ainda muito jovem, aos 36 anos, em decorrência de um câncer de pele.

11. Grande Otelo


Uma das maiores estrelas do cinema que o Brasil já teve Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em Minas Gerais e começou a sua vida artística no circo.

Adolescente já atuava na mesma companhia em que Pixinguinha era maestro. Era um assíduo frequentador dos bairros da Lapa, fez trabalhos nas principais rádios e emissoras nacionais. Sua parceria com Oscarito tornou a dupla a mais famosa e bem sucedida do cinema brasileiro.

Na época em que era a proibida a entrada de negros pela porta da frente do Cassino da Urca, foi o primeiro a fazê-lo, na companhia da atriz e dançarina norte-americana Josephine Baker.

Órfão de pai, mãe alcoólatra, uma das esposas suicidas, tornou-se um dos nomes eternos do audiovisual brasileiro.

12. Pixinguinha


O carioca Alfredo da Rocha Vianna Filho é um dos pais do choro brasileiro, ritmo que ajudou a popularizar com a sua maestria para tocar flauta. Ele também dominava o saxofone, cavaquinho e outros instrumentos.

Seu pai era flautista e com apenas treze anos o menino já compunha músicas. Com quinze, tornou-se músico pela orquestra do Teatro Rio Branco. Com o tempo o garoto fez partes de importantes grupos musicais da década de vinte, como o Caxangá, saiu em turnês internacionais e ganhou fama como um dos maiores músicos que o Brasil já teve, em uma época em que músicos negros são subvalorizados no Brasil.

“Carinhoso” seu arranjo mais conhecido, com composição de Orlando Silva, é considerada uma das obras mais importantes da música popular brasileira.

13. Tina Turner


É impossível escrever a história de Tina Turner sem mencionar Ike Turner, uma figura altamente influente (e polêmica) na história da música negra. No entanto, a voz e a habilidade de Turner como intérprete eram incomparáveis ​​tanto como parte de Ike & Tina quanto como intérprete solo que tomou a década de 1980 como uma tempestade. Ela mudou a forma como a indústria do rock and roll e os fãs viam as artistas afro-americanas.

14. Beyoncé

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Além de cantora e ícone do mundo pop, Beyoncé também teve a sua participação em Hollywood. Participou de filmes como: Austin Powers, A Pantera cor-de-rosa e Cadillac Records. Além disso, também é empresária e tem uma linha de roupas femininas.

15. Viola Davis


A primeira negra a receber o Tríplice Coroa de Atuação, ou seja, atores que foram premiados com os mais prestigiosos prêmios de atuação de três diferentes veículos de mídia: cinema, televisão e teatro. Viola Davis alcançou o auge da fama em 2008, com o drama Doubt, que lhe rendeu diversas indicações. Além disso, desde 2014, Viola é a protagonista da série How to Get Away with Murder, no qual também foi premiada com um Emmy, e ganhou um Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 2017, pela sua atuação em Fences.

16. Eddie Murphy

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Ficou muito conhecido nas décadas de 80 e 90 principalmente por seus papéis em filmes de comédia. Em relação a rendimentos brutos de filmes, é o segundo ator dos Estados Unidos com maior público do país. Também é muito reconhecido pelo seu trabalho como comediante de stand-up

17. Stevie Wonder


Dizia-se que o mundo não sabia o que era um verdadeiro gênio musical até que um jovem Stevie Wonder entrou em cena. Ele tinha apenas 13 anos quando conseguiu sua primeira música em primeiro lugar no Billboard Hot 100 com “Fingertips”. Wonder continuaria a lançar hit após hit até entrar em seu período mais criativo e inovador nos anos 1970, quando transformou o R&B em uma forma de arte mais ampla em uma coleção de álbuns que poucos artistas deste lado dos Beatles poderiam igualar.

18. Aretha Franklin


Aretha Franklin é a mulher mais importante da história da música popular, a “Rainha do Soul” e uma das vozes definidoras dos últimos 100 anos. Originalmente uma cantora gospel, Franklin iria fundir sua formação cantando na igreja com um estilo R&B que dominaria as paradas pop. Serviria como modelo para cantoras pop durante a segunda metade do século 20 para estrelas modernas como Beyoncé, Adele e Christina Aguilera.

19. Morgan Freeman


Morgan Freeman é um ator, diretor de cinema e narrador americano. Ele é conhecido por seu comportamento reservado e voz autoritária. Freeman recebeu indicações ao Oscar por suas atuações em Street Smart , Driving Miss Daisy, T he Shawshank Redemption e Invictus e venceu em 2005 por Million Dollar Baby. Ele também ganhou um Globo de Ouro e um Screen Actors Guild Award. Com uma voz autoritária e comportamento calmo, este popular ator afro-americano se tornou uma das figuras mais respeitadas do cinema moderno dos Estados Unidos.

20. Will Smith


Willard “Will” Carroll Smith Jr. é um ator, produtor, rapper e compositor americano. Ele se formou com a classe de 1986 na Overbrook High School, na Filadélfia, PA. O papel de destaque de Smith no programa de televisão de sucesso do final dos anos 1980, Um Maluco no Pedaço, o levou a uma carreira de sucesso em Hollywood.

21. Michael Jordan

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Em um esporte com predominância de negros nos Estados Unidos, Michael Jordan é considerado o maior de todos. Se Pelé é o rei no futebol, Jordan é o rei do basquete. São seis anéis de NBA com seis conquistas como MVP das finais.

22. Muhammad Ali


É para muitos o grande nome da história do boxe mundial. Foi considerado o atleta do século 20 pela Sports Illustrated.

23. Serena Williams


Maior tenista de todos os tempos, domina a modalidade tanto no simples, quanto nas duplas. É a maior campeã da história dos Grand Slams.

24. Lewis Hamilton


Quando poucos pareciam ameaçar o reinado de Michael Schumacher na Fórmula 1, o inglês engatou uma sequência incrível e buscou o alemão. Já são seis títulos mundiais na modalidade e a admiração de todos os fãs de automobilismo. É um porta-voz contra o racismo no esporte e um dos atletas mais influentes da atualidade.

25. Teddy Riner

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Imbatível, o judoca francês não perde uma luta sequer nas principais competições desde 2010. São nove títulos mundiais e dois ouros olímpicos.

27. Mireya Luís

Mireya
Tricampeã olímpica, tetracampeã do mundo e a maior jogadora de vôlei de toda a história para muitos. A cubana Mireya foi o terror da Seleção Brasileira feminina na década de 90.

28. Usain Bolt


Foram nove competições em Jogos Olímpicos e simplesmente nove medalhas de ouro. O homem perfeito do atletismo e o mais rápido do mundo.

29. Pelé


Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, encantou os fãs da bola no Brasil e no mundo. O atacante só defendeu dois clubes na vida: o Santos, time pelo qual dizem que ele parou uma guerra, e o New York Cosmos, dos Estados Unidos. Pela seleção brasileira, levou seu talento a todos os cantos do planeta e foi astro das Copas de 1958, 1962 e 1970. A lista de títulos, prêmios individuais e ordens é muito extensa para uma pequena reportagem. Hoje, com problemas de saúde, o craque tem evitado sair de casa.

30. Simone Biles 


Simone Biles com apenas 22 anos já desponta como maior ginasta da atualidade. Foi quase perfeita nas Olimpíadas do Rio, quando disputou cinco provas e subiu ao pódio em todas: quatro outros e um bronze.

Fotos: Divulgação/Reprodução Bancos de Imagens

 

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