Autorretrato inédito de Vincent Van Gogh é descoberto atrás de outra pintura

Vincent Van Gogh foi um grande pintor pós-impressionista holandês que impactou o mundo com suas obras. E agora, após mais de um século, surge uma nova descoberta do artista. Um autorretrato inédito foi encontrado atrás de outra tela do pintor holandês, descoberta no último dia 14 de julho, graças a um estudo de raios-X da tela “Retrato de Mulher (Cabeça de Camponesa)” – obra feita em 1885 – antes de uma exposição sobre o Impressionismo no Museu Escocês. As informações são do Portal UOL.

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A obra foi descoberta graças a um estudo de raios-X da tela “Retrato de Mulher (Cabeça de Camponesa)”. (Foto: Neil Hanna/Handout via Reuters)

 

 

O retrato foi encontrado atrás da tela, coberto por camadas de cola e papelão, que aparentemente foram colocadas antes de uma exposição no início do século XX. Este autorretrato mostra um homem barbudo sentado usando um chapéu e um lenço no pescoço. Sua orelha esquerda – que o pintor cortou em 1888 – pode ser vista em perfeito estado.

 

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Imagem de raio-X revela pintura escondida de Vincent van Gogh. (Foto: Neil Hanna/Handout via Reuters)

 

“Quando vimos a radiografia pela primeira vez, é claro que ficamos muito emocionados”, explicou Lesley Stevenson, curadora principal da Galeria Nacional da Escócia. “Esse tipo de descoberta acontece apenas uma ou duas vezes na vida de um curador”, apontou.

“Momentos como esses são incrivelmente raros”, disse Frances Fowle, curador da Galeria Nacional da Escócia. “Descobrimos uma obra inédita de Vincent Van Gogh, um dos artistas mais importantes e conhecidos do mundo”, acrescentou. Até agora, o museu contava com três obras do artista.

Van Gogh (1853-1890) é conhecido por reutilizar telas para economizar dinheiro, principalmente no início de sua carreira. Em 1885, o artista estava morando na Holanda, e seu estilo estava em plena evolução, cinco anos depois de se matricular na Real Academia de Belas Artes de Bruxelas. O autorretrato teria sido pintado um pouco mais tarde, depois de ter passado por Paris, onde se instalou em 1886 e descobriu os impressionistas.

O estudo com radiografia foi realizado durante os preparativos para uma exposição a ser inaugurada em 30 de julho na Galeria Nacional da Escócia chamada “A Taste for Impressionism”, com obras de Van Gogh, Degas, Gauguin e Monet.

Sobre o pintor

Van Gogh teve pouco reconhecimento de seu trabalho enquanto estava vivo, e sofria de problemas de saúde mental em seus últimos anos de vida. Ele morreu na França aos 37 anos, depois de atirar no próprio peito com um revólver. Sua obra abrange mais de 2.000 pinturas, desenhos e croquis. Costumava pintar autorretratos, dos quais 37 são conhecidos e que refletem a evolução de sua técnica.

Em 2021, sua famosa aquarela “Meules de blé”, pintada em Arles (sul da França) em 1888, foi leiloada por 35,85 milhões de dólares pela Christie’s em Nova York, um recorde para o artista.

Nova espécie de dinossauro é descoberta 15 anos após as primeiras escavações

Sente-se para essa notícia, alguns cientistas australianos identificaram uma nova espécie de dinossauro, a maior já encontrada no país e uma das 15 maiores já conhecidas no mundo. Nomeado de Australotitan cooperensis, o animal de até 70 toneladas poderia chegar até 6,5 metros de altura e 30 metros de comprimento, isso equivale a mais ou menos uma quadra de basquete.

Mas veja só, o esqueleto foi encontrado em uma fazenda na cidade de Eromanga, em Queensland, no ano de 2006. A propriedade pertencia ao casal Robyn e Stuart Mackenzie. Dois anos antes, o filho deles, Sandy, já havia encontrado ossos de dinossauros no local. Na época, Robyn e o marido concluíram que o material deveria ficar na fazenda ao invés de ser enviado para um museu em outra cidade e decidiram fundar a própria instituição dedicada à pesquisa de dinossauros.

Os vizinhos se reuniram para ajudar. Uma empresa de terraplenagem forneceu o maquinário para escavação, uma refinaria de petróleo doou combustível e outros moradores fizeram contribuições em dinheiro e se tornaram voluntários do projeto. A escavação começou em 2007 com equipes do Museu de Queensland.

“É incrível pensar desde os primeiros ossos descobertos por nosso filho, as primeiras escavações com o Museu de Queensland, até o desenvolvimento de um museu sem fins lucrativos que realiza escavações anuais de dinossauros, tudo nos ajudou a chegar a este ponto, é um verdadeiro privilégio”, disse à CNN Robyn, diretora do Museu de História Natural de Eromanga.

Durante a pesquisa, os cientistas apelidaram o dinossauro de “Cooper”, uma referência ao rio Cooper Creek, que fica próximo de onde ele foi encontrado. De acordo com os pesquisadores, o processo de identificação foi demorado devido à localização remota dos ossos, do tamanho do material e da condição delicada de conservação em que se encontrava.

Assim, 15 anos depois, o Australotitan foi classificado como um saurópodes, herbívoros conhecidos  pelo tamanho. Eles tinham cabeças pequenas, pescoços muito longos, caudas longas e pernas grossas em forma de pilares. Esses dinossauros viveram durante o período Cretáceo, entre 92 e 96 milhões de anos atrás. A nova espécie estaria relacionada a outras três já conhecidas: Wintonotitan, Diamantinasaurus e Savannasaurus.

“Estamos muito entusiasmados porque é apenas o início do que pensamos ser uma nova onda de descobertas de espécies de dinossauros muito grandes na Austrália”, afirmou o paleontologista Scott Hocknull, um dos autores da pesquisa, ao The New York Times.

 

Imagem: Reproduzida da internet