Veneno de aranha brasileira pode ser a cura para o câncer? Entenda

O veneno produzido por uma aranha brasileira serviu de inspiração para uma pesquisa que busca novas formas de tratar o câncer.

O trabalho, conduzido há cerca de 20 anos por cientistas do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Butantan, em São Paulo, avalia o potencial terapêutico de uma substância obtida a partir da Vitalius wacketi, uma aranha que habita o litoral paulista.

O candidato a remédio oncológico, porém, não é feito diretamente do veneno: as moléculas foram isoladas, purificadas e sintetizadas em laboratório, a partir de técnicas desenvolvidas e patenteadas pelos especialistas brasileiros.

Nas pesquisas iniciais, a molécula em teste mostrou-se promissora no combate à leucemia, o tipo de tumor que afeta algumas células sanguíneas.

Ela também apresentou algumas vantagens estratégicas quando comparada aos métodos disponíveis atualmente para tratar essa doença, como a quimioterapia.

No entanto, os estudos com a substância ainda estão nos estágios preliminares. É preciso experimentá-la em mais células e cobaias para observar a segurança e a eficácia — para só depois começar os testes clínicos com seres humanos.

Os profissionais dizem que já negociam com empresas farmacêuticas para fazer parcerias e obter os investimentos necessários para seguir adiante.

Décadas de investigação

Essa história começa há cerca de três décadas, quando cientistas do Instituto Butantan fizeram uma série de expedições pelo litoral de São Paulo.

“Nós geralmente éramos chamados para regiões em que aconteciam movimentações, como o corte de árvores e desmatamento. Nessas visitas, fazíamos a coleta de aranhas”, lembra o biólogo Pedro Ismael da Silva Junior, do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Butantan.

Outro integrante dessas expedições era o aracnólogo Rogério Bertani, também do Butantan, que fez estudos e reclassificações taxonômicas da Vitalius wacketi — e outras aranhas — da década de 1990 em diante.

Alguns anos depois, entrou em cena o bioquímico Thomaz Rocha e Silva, que hoje trabalha no Einstein. Quando ele estava terminando a formação acadêmica, no início dos anos 2000, resolveu investigar as possíveis atividades farmacológicas de algumas substâncias encontradas no veneno dessas espécies.

“Ao estudar aranhas do gênero Vitalius, encontramos no veneno uma atividade neuromuscular. Fomos atrás da toxina responsável por esse efeito, que era uma poliamina grande e instável”, lembra ele.

As poliaminas citadas pelo pesquisador são moléculas presentes no organismo de plantas, animais e micro-organismos.

Essa investigação foi publicada em periódicos acadêmicos mas, como não havia um interesse comercial imediato na molécula, o projeto acabou engavetado.

“Anos depois, me estabeleci numa faculdade e um aluno me disse que gostaria de estudar o potencial citotóxico desses mesmos venenos”, conta Rocha e Silva.

Os cientistas resolveram fazer um painel de testes e análises para avaliar as toxinas encontradas em várias aranhas do gênero Vitalius.

“E vimos que uma toxina encontrada na Vitalius wacketi possuía uma poliamina pequena e com uma atividade bastante interessante”, aponta o bioquímico.

Essa molécula foi isolada e purificada por Rocha e Silva — depois, Silva Junior conseguiu sintetizá-la, ou seja, criou uma versão química idêntica, sem a necessidade de extraí-la diretamente da aranha.

Na sequência, essa substância passou por testes in vitro. Na bancada do laboratório, ela foi colocada junto de células cancerosas, para ver qual ação teria.

E a atividade da molécula contra as unidades doentes foi considerada “importante” para os especialistas.

Isso porque o candidato a fármaco causou a morte das células cancerosas por meio de um processo chamado apoptose — geralmente, os tratamentos oncológicos mais tradicionais provocam uma necrose.

“Quando ocorre a necrose, a célula sofre um colapso, o que gera uma reação inflamatória com efeitos no organismo”, explica Rocha e Silva.

“Já a apoptose, ou a morte programada das células, é um processo muito mais limpo. É como se as células implodissem de forma controlada”, compara ele.

Na apoptose, o sistema imunológico “é avisado” sobre o colapso dessas células — e isso gera uma reação bem mais controlada, sem grandes impactos para outros órgãos e tecidos.

Até existem opções terapêuticas capazes de provocar a tal da apoptose nas células do câncer — é o caso, por exemplo, dos anticorpos monoclonais. Mas esses fármacos são mais difíceis de produzir e costumam ter um preço elevado.

A molécula desenvolvida a partir do veneno de aranha é sintética, o que facilita a fabricação (e reduz os custos).

“Além disso, ela possui algumas características físico-químicas que facilitam a permanência no sangue e depois a excreção com facilidade pelos rins”, acrescenta Rocha e Silva.

A poliamina foi testada inicialmente contra a leucemia, mas há uma expectativa de analisar qual será a atividade dela contra outros tipos de tumores.

Os próximos passos

Após essa análise in vitro que teve resultados promissores, as equipes de inovação das instituições correram para fazer as patentes e garantir a propriedade intelectual da novidade.

A farmacêutica Denise Rahal, gerente de parcerias e operações do Health Innovation Techcenter do Einstein, explica que a patente tem a ver com o processo de purificação e sintetização que foi desenvolvido pelos pesquisadores — e não com a molécula em si.

“Eu não posso patentear algo que já existe na natureza, como é o caso do veneno da aranha ou das toxinas presentes nele. Mas a síntese, o processo de obtenção dessa molécula, é um produto que foi desenvolvido a partir dessas pesquisas”, contextualiza ela.

Pesquisa reforça a importância de conhecer a biodiversidade brasileira (foto: THOMAZ ROCHA E SILVA/EINSTEIN)

Cristiano Gonçalves, gerente de Inovação do Butantan, acrescenta que as instituições estão em contato com parceiros para licenciar a tecnologia e seguir com as pesquisas.

“Nem o Einstein, nem o Butantan, têm capacidade de produção da molécula, mesmo que seja para gerar o material necessário para os testes clínicos de fase 1”, diz ele.

“Estamos em contato com parceiros para desenvolvermos juntos essa tecnologia”, complementa Gonçalves.

Rahal destaca que esse estudo em específico traz ainda mais um atrativo: ele tem como base e inspiração a biodiversidade brasileira.

“Nosso trabalho é justamente tirar essas pesquisas do papel e trazê-las para o benefício da sociedade”, pontua ela.

Do ponto de vista científico, os especialistas desejam começar análises que vão desvendar o mecanismo de ação da poliamina. Eles querem entender a forma exata que ela age, de modo a matar as células com câncer.

A substância também precisará ser avaliada em cobaias, para avaliar a eficácia e a segurança dela em organismos mais complexos do que um conjunto de células.

Se esses testes forem bem-sucedidos, o projeto evolui para a chamada fase clínica, dividida em três etapas diferentes. O objetivo aqui é estudar como a substância age em seres humanos — e se realmente pode funcionar como um tratamento contra o câncer.

Caso os resultados sejam de fato positivos, a droga poderá finalmente ser submetida à aprovação nas agências regulatórias, como a Anvisa, para ser usada em clínicas e hospitais.

Questionado sobre o significado de fazer investigações do tipo com a biodiversidade brasileira, Silva Junior destaca a “experiência” longeva de algumas espécies.

“Alguns dos aracnídeos surgiram há 300 ou 350 milhões de anos, e os trabalhos mostram que eles mudaram muito pouco desde então”, estima ele.

“Para sobreviver a esses milhões de anos, eles certamente desenvolveram estratégias para protegê-los das ameaças de ambientes inóspitos.”

“E nós podemos hoje em dia estudar como essas características e habilidades aparecem na biodiversidade brasileira, que é a maior do mundo, para encontrar essas moléculas que podem nos ajudar futuramente contra uma série de doenças”, conclui ele.

 

 

*BBC Brasil

Veja também:

 

 

 

Goiânia recebe espetáculo Cura, de Deborah Colker

O Teatro Goiânia recebe o espetáculo “Cura”, da Cia de Dança Deborah Colker, nos dias 4 e 5 de Junho. As apresentações acontecem às 21h no sábado, e às 19h no domingo e os ingressos podem ser adquiridos por meio da plataforma Sympla, com valores entre R$ 25 a R$ 200, a depender do setor escolhido na plateia e do tipo de bilhete (meia ou inteira).

Cura, é um espetáculo emocionalmente forte, e foi desenvolvido justamente durante um processo de busca pela cura, resultando em um espetáculo que trata de ciência, fé e da luta para superar limites.

Envolvida pela doença genética incurável de seu neto Théo, de 11 anos, a coreógrafa estabelece um diálogo que envolve fé, ciência, maternidade, aceitação, respeito, discriminação. Para levar essa conversa para o palco, Deborah estabeleceu parcerias potentes como com o rabino e escritor Nilton Bonder, responsável pela dramaturgia, e Carlinhos Brown na concepção musical.

A estreia de ‘’Cura’’ aconteceu no dia 6 de outubro do ano passado, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Desde então, já passou por outras 9 cidades e um total de 48 apresentações. Agora, o projeto desembarca em Goiânia para duas sessões, onde o público poderá imergir no espetáculo.

 

SERVIÇO:

Espetáculo “Cura”, da Cia de Dança Deborah Colker

Quando: 4 e 5 de junho (sábado e domingo)

Onde: Teatro Goiânia – Rua 23, nº 252, Centro

Horário: sábado às 21h / domingo às 19h

Ingressos: Sympla

Imagem: Divulgação

Rita Lee está curada do câncer de pulmão

Rita Lee, de 74 anos, está totalmente curada do câncer de pulmão que descobriu em maio do ano passado. A informação, noticiada foi confirmada pela Revista Quem na noite desta segunda-feira (11). A cantora teve resultados satisfatórios nos mais recentes exames a que foi submetida.

A cantora estava em tratamento ao longo do ano e se manteve reclusa ao lado do marido, Roberto de Carvalho, fazendo poucas aparições nas redes sociais nos últimos meses.

No último mês de dezembro, no aniversário da artista, o músico refletiu sobre como eles passaram os últimos meses. “Que ano difícil, meu amor! Quanta provação! Meu coração em muitos momentos se despedaçou, para logo em seguida se deslumbrar diante de todas as suas demonstrações de coragem, força de vontade e resistência”, começou ele no texto.

“Que depois de todo o tormento estejamos diante de um tempo de paz, harmonia, e muita saúde. E tudo de melhor que eu puder te desejar, você merece milhões de vezes mais. Te amo, te admiro, te adoro, estamos juntos, ontem, agora e sempre”, completou Roberto.

A notícia que Rita havia sido diagnosticada com um tumor primário no pulmão esquerdo foi dada nas redes sociais da cantora por sua equipe. “Nossa Rita submeteu-se a um check-up no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os exames apontaram um tumor primário no pulmão esquerdo. Bem assistida por uma junta médica, já se encontra em casa e dará sequência aos tratamentos de imuno e radioterapia”, publicaram na ocasião.

Música nova

Mesmo em reclusão e em tratamento Rita Lee não deixou de produzir. Ela lançou no ano passado o single “Change”, em parceria com o compositor e músico Gui Boratto.

O hit coincidiu com a exposição “Samsung Rock Exhibition – Rita Lee”, no MIS, em São Paulo, que reuniu memórias das cinco décadas de carreira da cantora, um dos maiores símbolos da música brasileira.

Confira:

Cientistas descobrem molécula que pode trazer a cura para a Asma

 

Uma pesquisa irlandesa pode resolver o problema de pessoas que sofrem com Asma. Cientistas da Escola de Bioquímica e Imunologia do Trinity Biomedical Sciences Institute (TBSI) descobriram uma molécula anti-inflamatória que pode tratar a asma, até mesmo daquelas pessoas com sintomas mais graves. As informações são do Portal Só Notícia Boa.

O principal investigador da pesquisa é o professor Luke O’Neill. Ele conta que a molécula é produzida naturalmente em nosso corpo e pode acabar com eventos asmáticos: “Descobrimos que uma molécula feita por nossos próprios corpos, chamada Itaconate, pode suprimir os principais eventos que promovem a asma, tendo como alvo uma importante proteína imunológica chamada JAK1. Ao desligar o JAK1, mostramos uma eficácia notável em modelos de asma baseados em laboratório”, explica.

Resposta imune

Segundo o professor, a proteína JAK1 é importante na condução da resposta imune do nosso corpo. Só que em alguns casos, essa proteína causa uma reação exagerada, que leva à estimulação excessiva de macrófagos, que são células de defesa que percorrem o corpo à procura de intrusos. Sendo assim, essa estimulação excessiva causa inflamação e é problemática em um conjunto de condições, como a asma.

Novas terapias

A principal autora da pesquisa, Marah Runtsch, acredita que há grandes chances de o instituto desenvolver boas terapias a partir da itaconate, com a função de bloquear a JAK1: “Temos grandes esperanças de que novos medicamentos baseados em Itaconate possam ter potencial como uma abordagem terapêutica totalmente nova para o tratamento de asma grave, onde há uma necessidade premente para novos tratamentos”, explica.

“Testamos uma molécula chamada 4-OI, que é baseada em itaconato, e foi capaz de suprimir a asma grave em um modelo da doença que não responde a esteroides anti-inflamatórios’’, finaliza Marah.

Dados

A asma é uma doença que faz com que as vias aéreas de uma pessoa ficam inflamadas, estreitas e inchadas, além de produzirem muco extra, o que dificulta a respiração. Pode causar dificuldade para respirar, dor no peito, tosse e respiração ofegante. Às vezes, os sintomas podem aparecer repentinamente.

A asma geralmente pode ser controlada com inaladores de resgate, que tratam os sintomas, e inaladores de controle (esteroides), que os previnem. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 235 milhões de pessoas sofrem com a doença no mundo.

 

Imagem: Pixabay

 

Vacina para o mal de Alzheimer será testada em humanos pela primeira vez

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem algum tipo de demência, sendo o Alzheimer o problema mais comum. A doença neurodegenerativa, conhecida por causar perda de memória e confusão, não tem cura. Por enquanto, há apenas tratamentos medicamentosos que controlam os sintomas por tempo limitado. 

Não foi por falta de tentativas. Grandes farmacêuticas tentam produzir remédios que interrompam a progressão da doença há décadas, mas nenhuma obteve sucesso. Agora, a história pode começar a mudar.

Howard L. Weiner, professor de neurologia na Escola de Medicina de Harvard e líder em pesquisas sobre o Alzheimer há quase 20 anos, se prepara para iniciar os testes clínicos de uma vacina em formato de spray nasal desenvolvida pelo seu grupo de estudo. O objetivo é prevenir ou retardar a progressão da doença. 

O ensaio de Fase 1 será conduzido no Brigham and Women’s Hospital – o segundo maior hospital universitário da Escola de Medicina de Harvard – com 16 participantes com idades entre 60 e 85 anos. Todos os voluntários estão com Alzheimer em estágios iniciais e não possuem quaisquer outros problemas de saúde relevantes.

Serão oferecidas duas doses da vacina com intervalo de uma semana entre elas. Nesse primeiro teste, os pesquisadores devem analisar a segurança do composto e também determinar a dose ideal a ser administrada.

Como a vacina funciona?

As placas amiloides são uma característica-chave da doença de Alzheimer. Elas se formam quando pedaços de proteína beta-amiloide se acumulam entre as células nervosas, bloqueando a sinalização entre elas nas sinapses, região entre neurônios por onde passam os impulsos nervosos. Consequentemente, isso interfere a capacidade das pessoas de pensar ou recordar informações. 

Pesquisas sugerem que o estímulo ao sistema imunológico pode ajudar a limpar as placas amiloides – e a nova vacina se baseia nesta hipótese. O spray pulveriza nariz adentro um medicamento chamado Protollin, que ativa os glóbulos brancos encontrados nos gânglios linfáticos do pescoço para que eles migrem ao cérebro e comecem a eliminação das placas. O medicamento acorda nossos soldadinhos internos e os envia para a faxina. 

Em junho deste ano, a Food and Drug Administration (FDA), a Anvisa dos EUA, aprovou o primeiro medicamento para o Alzheimer, o aducanumab, mas a decisão veio acompanhada de polêmicas. Ainda não há consenso sobre a eficácia do remédio e mais testes clínicos foram solicitados à fabricante.

Há ainda outros medicamentos à base de anticorpos que podem entrar no mercado no futuro. A farmacêutica Eli Lilly planeja enviar dados de seu remédio, o donanemab, ao FDA até o final do ano. As empresas Biogen e Eisai também estão nessa corrida com seu medicamento, o lecanemab. 

 

*Fonte Revista Super Interessante

Imagem: Getty Images

veja também:

Pesquisadores transformam casca de Tamarindo em combustível para veículos

Cientistas descobrem nova proteína capaz de impedir o avanço do câncer

Cientistas testam células-tronco para tratamento de diabetes e afirmam que a cura está próxima

Em vídeo, Caio Ribeiro comemora que está curado de câncer

Notícia maravilhosa! Em vídeo publicado no Instagram, Caio Ribeiro afirma que está curado do linfoma de Hodgkin. 

“Eu não via a hora de gravar esse vídeo para dizer que acabou. Sexta-feira fiz o exame, fiz o Pet-scan para saber como estava a resposta ao medicamento e a quimioterapia e não existe mais nenhum linfoma no meu corpo, zerado, não existe nenhum risco do câncer continuar”, celebra Caio. 

O comentarista estava em tratamento desde setembro e, finalmente, anunciou a cura. Agora, fará sessões de radioterapia para a doença não retornar.  

Veja o vídeo: 

*Com informações do UOL

Foto: Reprodução instagram 

Leia também: Caike Luna, ator de Zorra Total, morre aos 42 anos

 

Brasileira que ajudou na eliminação do sarampo e rubéola agora combate a Covid-19

Marilda Siqueira é da Fundação, é uma cientista brasileira da fundação  Oswaldo Cruz (Fiocruz), que foi reconhecida em 2016 por eliminar a rubéola e o sarampo. Ela defende que precisamos ter 95% da população vacinada para então conseguirmos sair dessa crise na saúde.

Com muita luta e esforço da cientista que, de um ano para outro, o número de casos de sarampo notificados no país caiu 81%, em 1992. Atualmente Marilda diz que o caminho é longo para vacinar mais da metade da população, mas que não desistirá e está empenhada para que isso possa ocorrer.

A cientista é chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O trabalho dela começou em 1992, quando o sarampo matava no mundo cerca de 2,5 milhões de crianças. Na época, o Brasil fez à maior campanha de vacinação do mundo, imunizando 48 milhões de crianças e adolescentes.

Em 2016, junto com outras três autoridades, ela recebeu o certificado da eliminação da rubéola e do sarampo no Brasil pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS) nas Américas. Tornou-se um exemplo no meio científico e para o Brasil.

Marilda agora quer achar uma forma de ampliar e acelerar a vacinação para se obter os melhores resultados com a pandemia. Para ela, a distribuição de vacinas é a principal importância do momento, mas ela acredita também que o processo é formado por mais dois pilares: a conscientização da população quanto aos cuidados contra a Covid-19 e o encorajamento para todos se vacinarem.

 

464fa8b5a9d654d4a9776f292757604c.jpg

                                                        Fotos: Fiocruz

Governo afirma ter encontrado remédio com eficácia de 94% contra coronavírus

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, disse ter encontrado dois remédios que reduzem a replicação do novo coronavírus em células humanas, sem causar efeitos colaterais. Um desses remédios teve eficácia de 94%. Os testes foram feitos em laboratório e serão replicados em 500 pacientes nas próximas semanas. O nome dos remédios não será divulgado antes dos resultados dos testes.

O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (15) durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. 

De acordo com o minsitro, o remédio tem baixo custo, incluindo genérico, e tem ampla distribuição no território. O anúncio foi feito pelo ministro Marcos Pontes durante coletiva no Palácio do Planalto. A expectativa dele é que o resultado dos testes seja divulgado até a metade de maio. “No máximo na metade de maio, um momento crítico, nós teremos aqui uma solução de um tratamento, se Deus quiser, estou contando que esses testes clínicos realmente demonstrem a eficiência desse remédio, a probabilidade maior é essa. Considerando isso correto, a gente vai ter um tratamento com um remédio que não tem praticamente efeitos colaterais”, disse Pontes.

Uma das linhas de pesquisa que conta com investimento do ministério está relacionada à vacina BCG, usada contra a tuberculose. Alguns dados recentes têm demonstrado que países que mantêm o uso da BCG apresentaram menores proporções de covid-19 em comparação com países que suspenderam o uso da vacina como por exemplo os EUA, a Espanha e a Itália. 

Outra pesquisa em andamento foi aprovada recentemente pela Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), ligada ao MCTIC. O estudo busca uma vacina contra o novo coronavírus e é realizado pelo Centro de Pesquisa René Rachou – Fiocruz. Para realização do estudo, os cientistas irão manipular o vírus influenza com proteínas do vírus Sars-CoV2 (covid-19) para o desenvolvimento da vacina para dupla prevenção da gripe sazonal e covid-19. 

Mais de 50% dos infectados do coronavírus já foram curados no Brasil

Pela primeira vez, o Ministério da Saúde divulgou o número de recuperados do coronavírus no Brasil. Já são 14.026 curados, que representam 55% do total de infectados, a partir desse número é possível avaliar o grau de imunização da população, como também a demanda de leitos no sistema de saúde durante a pandemia. 

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, falou sobre a cobrança da população. “Vinhamos sendo cobrados: quantos pacientes recuperados? Parece que o Ministério da Saúde propositadamente não apresenta o número de curados”, disse.

“A gente fez uma pesquisa de como os outros países mostraram essa informação. Utilizamos a mesma regra, que é em cima dos 25.262 comprovados”, concluiu Gabbardo.

1a5c52608b66ad3987e91c2d05317674.jpg

Foto: Sérgio Lima/Poder360 – O segundo-tenente Ermando Piveta, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), 99 anos, recebeu alta na terça-feira (14). Ele saiu sob aplausos da equipe médica depois de passar 8 dias no Hospital das Forças Armadas de Brasília

Mais de 400 mil pessoas já foram curadas do coronavírus em todo o mundo

O mundo já tem mais de 400 mil pessoas que obtiveram a cura do corona. Somente nas últimas 48 horas o número subiu de 350 mil curados para 402,2 mil.  Confira o ranking dos 10 primeiros países que mais tiveram pessoas curadas:

1º: China – 77, 8 mil;

2º: Espanha – 59,1 mil;

3º: Alemanha – 57,4 mil;

4º: Irã – 41,9 mil;

5º: Itália – 32,5 mil;

6º: EUA – 31,4 mil;

7º: França – 26,6 mil;

8º: Suíça – 12,1 mil;

9º: Coréia do Sul – 7,2 mil;

10º: Áustria – 6,6 mil.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que o Brasil tem 173 pessoas curadas da COVID-19 até agora.

A política de isolamento, segundo autoridades de saúde, é a forma mais eficiente de combater a disseminação da pandemia até o momento.

Quase 150 mil pessoas já se curaram do coronavírus em todo o mundo

Enquanto o mundo ainda vive em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus, um dado surge para manter viva a esperança: o número de pessoas curadas da Covid-19 está quase atingindo 150 mil. Apontada como sendo local de origem do vírus, a China lidera a lista, com 75 mil pessoas recuperadas. Os números são da Johns Hopkins Whiting School of Engineering, que analisa os dados mundiais da doença.

Além da China, Espanha, Itália e Irã já ultrapassaram a casa dos 10 mil curados, com 14 mil, 13 mil e 12 mil, respectivamente. Até o momento, o Brasil tem registradas seis pessoas que foram infectadas e depois se recuperaram do novo coronavírus.

Ainda de acordo com o dados da Johns Hopkins, mais de 713 mil pessoas já foram infectadas em todo o mundo. Os Estados Unidos sozinhos concentram 136,8 mil infectados. Na sequência aparecem Itália, com 97,6 mil, e China, com 82,1 mil.

Em todo o mundo, 33.597 mortes já foram contabilizadas em decorrência da Covid-19. A Itália lidera as estatísticas, disparadamente, com mais de 10 mil óbitos.

Cientistas criam vírus modificado capaz de matar células do câncer

A cada dia, pesquisas revelam novas possibilidades contra o câncer, renovando nossas esperanças. Dessa vez, cientistas da Universidade de Oxford, Reino Unido, desenvolveram um vírus geneticamente modificado capaz de matar células cancerígenas.

O vírus chamado Enadenotucirev ataca tanto os tumores quanto as células saudáveis, conhecidas como fibroblastos, que foram “enganadas” para proteger o câncer do sistema imunológico.

Os pesquisadores revelam que é a primeira vez que os fibroblastos associados ao câncer em tumores sólidos são especificamente direcionados dessa forma. “Até agora, não havia como matar as células cancerígenas e os fibroblastos, sem prejudicar o resto do corpo”, disse o Dr. Kerry Fisher, do departamento de oncologia da Universidade de Oxford e líder da pesquisa.

O vírus já é usado em ensaios clínicos para o tratamento de cânceres que começam no pâncreas, cólon, pulmão, mama, ovário ou próstata.

Os testes foram feitos em camundongos e em amostras frescas de câncer humano. Além disso, testes foram realizados em amostras de medula óssea humana saudável e descobriram que não causavam toxicidade. A expectativa é que mais testes de segurança sejam bem-sucedidos, assim, o tratamento poderá ser testado em pacientes com câncer em 2019.

 

Foto: Reprodução Daily Mail

Edson Celulari diz estar curado do câncer

Edson Celulari venceu a luta contra o câncer. O ator, que anunciou seu diagnóstico de linfoma não-hogdkin em junho deste ano, recebeu a boa notícia de sua médica – a mesma que tratou Reynaldo Gianecchini – na noite de sexta-feira (25) e não escondeu a alegria ao dar entrevista à coluna de Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”.

“Estou eufórico. É a alegria da página virada. Quando terminei de fazer as sessões de quimioterapia, descobri que, por precaução, teria de me submeter a mais doze sessões de radioterapia. Terminei quinta passada”, contou em entrevista à coluna de Ancelmo Góis do jornal O Globo.

Celulari se tratou com a médica Yana Novis, do Hospital Sírio Libanês, mesma profissional que cuidou de Reynaldo Gianecchini e Dilma Roussef. Eles tiveram o mesmo tipo de câncer do ator.

“Sinto uma sensação de alívio, uma vontade de comemorar, de agradecer a todos, de fazer uma festa, mas todas as pessoas não caberiam no Maracanã”, comemorou o ator.

Na entrevista, Celulari contou que o tratamento “não foi tão terrível” e que a jornada em busca da cura restaurou sua fé. “Acho que eu aproveitei a minha oportunidade. Mexi em todas as minhas prateleiras. Voltei a dar importância ao que eu já não prestava mais atenção. Trabalhei a generosidade, a humildade e voltei meu olhar para as coisas verdadeiramente importantes”, disse.

Celulari está escalado para “À Flor da Pele”, próxima trama das 21h da Globo. No folhetim de Glória Perez, ele viverá Dantas, um sujeito namorador e alegre. Será sua volta à televisão depois da novela Alto Astral, em 2015. Logo depois, o ator começou o tratamento.

Austrália tem a primeira clínica cura-ressaca do mundo

Encontrar uma cura rápida para a ressaca é o sonho de muitos após uma longa noite de bebedeira. A boa notícia é que, na Austrália, esse sonho já se tornou realidade: Criada em 2015, a Hangover Clinic é a primeira clínica do mundo que nasceu para curar ressacas.

Localizada em Sidney, a clínica tem tratamentos com líquidos intravenosos, vitaminas e remédios que prometem reidratar o corpo e trazer o ressacado de volta à vida. Os tratamentos têm duração de até 1 hora, e custam de $95 a $200, algo em torno de R$380 a R$805. Além dos tratamentos para ressaca, a clínica tem opções para curar os efeitos do jetlag, hidratação para doentes com gripe, recuperação pós-prática de esportes e injeções de vitamina B12.

Hangover

Criador da Hangover Clinic, Max Petro, toma um dos tratamentos contra ressaca na sua clínica.

A Associação Médica Australiana, no entanto, não parece gostar tanto da iniciativa, e segundo ela, a clínica pode ser um incentivo a bebedeiras descontroladas. A Associação alerta ainda para o fato de que não existem evidências que comprovem a eficácia dos tratamentos oferecidos pelo local. Max Petro, um dos donos da clínica, afirma que o local foi supervisionado pelos funcionários do estado de Nova Gales do Sul e não recebeu queixas até então. Para ele, a Hangover Clinic contribui para diminuir a carga de trabalho nos serviços de emergência de hospitais públicos, que deixam de ser congestionados por pessoas ressacadas.  

Foto de capa: Dylan Robinson | Hangover Clinic