Ditadura Cubana bloqueia acesso à internet no país para conter protestos

Segundo a ONG Netblocks, que monitora a liberdade na internet, o governo cubana bloqueou parcialmente, nesta segunda-feira (12), o acesso à rede. O objetivo principal da ação é conter os protestos que tomaram conta do país no último domingo (11), muitos dos quais foram organizados por meios de redes sociais.  

 

A estatal de comunicações cubana, Etecsa, e a única operadora de celulares da ilha, Cubacel, bloquearam o acesso da população às plataformas do WhatsApp, Facebook e Instagram.

 

A ordem de cortar o acesso à internet para conter o avanço dos protestos contra o regime ditatorial do país partiu do primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Em razão da ação, há poucas informações sobre a amplitude das manifestações. “Diversos jornalistas independentes e defensores dos direitos humanos estão incomunicáveis”, relatou Juan Antonio Blanco, diretor do Observatorio Cubano de Conflitos, em entrevista à Revista Crusoé.

 

A onda de manifestações que teve início no domingo (11) foi uma das maiores das últimas décadas. As primeiras marchas começaram em San Antonio de los Baños, a uma hora ao sul de Havana, de forma aparentemente espontânea. Com ajuda da conexão pela internet, cubanos de ao menos 50 cidades foram informados sobre os protestos e rapidamente se juntaram ao chamado. Até mesmo exilados cubanos em Miami, Nova York e na Europa se somaram ao levante, que demanda principalmente por alimentos, remédios e liberdade de expressão. 

 

Preocupado com a onda de protestos e com o alcance das manifestações impulsionadas pela conexão on-line, o governo cubano decidiu cortar o acesso da população à rede. Mesmo assim, pelo menos quatro cidades cubanas registraram manifestações ontem (12). 

 

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Presidente americano Barack Obama chega a Cuba para visita histórica

Obama desembarca por volta das 17h, no horário local, no aeroporto Jose Marti, em Havana, e será o primeiro dirigente americano a pisar na ilha desde o presidente Calvin Coolidge, em 1928. Acompanhado da primeira-dama, Michelle Obama, e de suas duas filhas, Malia e Sasha, o objetivo do chefe de Estado americano consolidar a reaproximação com Cuba e Raúl Castro, iniciada em 2014.

O ponto alto da visita do presidente americano será um discurso nesta terça-feira no teatro de Havana. Obama também se encontrará com um grupo de opositores na terça-feira, e avisou que a questão dos direitos humanos no país será uma das prioridades de sua visita.

Muitos dissidentes cubanos pediram ao presidente americano que ajudasse a promover uma mudança radical na ilha, para que o governo colocasse um fim à repressão e à utilização da “violência física”  contra a oposição, que continua sendo ilegal em Cuba.

Obama quer evitar que sucessor “congele” reaproximação

Outro objetivo de Obama é consolidar a reaproximação com o país para impedir que seu sucessor, caso seja republicano, congele novamente as relações com Cuba. Nos últimos meses, a Casa Branca adotou uma série de medidas contra o embargo econômico imposto à ilha desde 1962, que só pode ser derrubado no Congresso.

Paralelamente, a rede hoteleira Starwood anunciou neste sábado ter obtido a autorização do Tesouro americano para abrir dois hotéis em Havana, se tornando a primeira multinacional a se instalar em Cuba desde a Revolução Castrista de 1959.

Barack Obama é o primeiro presidente dos Estados Unidos a visitar Cuba em mais de 80 anos

Um dos tópicos mais importantes da história mundial é o desentendimento político entre os Estados Unidos e Cuba, que reflete a diferença ideológica das políticas capitalistas e comunistas, adotadas por cada um dos países durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.

Mas, o distanciamento entre os Estados Unidos e Cuba está prestes a diminuir. O presidente norte americano Barack Obama anunciou nesta quarta-feira, 18 de fevereiro, por meio da sua conta oficial no Twitter, que ele e sua esposa, Michelle Obama, visitarão Cuba em março deste ano, na primeira visita de um presidente americano à ilha comunista desde o ano de 1928. A visita vai acontecer nos dias 21 e 22 de março, e depois Obama prosseguirá para a Argentina.

“No próximo mês, viajarei a Cuba para avançar com nossos progressos e esforços de melhorar a vida do povo cubano”, afirmou o presidente em uma séries de tuítes. E continou: “Ainda temos diferenças com o governo de Cuba e vou tratar delas diretamente. Os Estados Unidos sempre se colocarão ao lado dos direitos humanos em todo o mundo”.

 

Com informações do Zero Hora