Jornalista Adalberto de Queiroz lança livro com mais de 30 crônicas

O jornalista Adalberto de Queiroz lança na próxima quinta-feira (29/02), a partir das 19 horas, no Sesc/Centro, em Goiânia, o livro “Entre Esplendores e Misérias”. A obra conta com mais de 30 crônicas assinadas pelo autor e editadas pelo escritor Iuri Godinho. A programação do lançamento também prevê a realização de uma sessão de autógrafos.

Poeta e jornalista, Adalberto é membro de Academia de Letras (AGL)e da Academia Goianiense de Letras (AGnL). É coordenador do projeto “Biblioteca do Futuro”, que conta com um acervo digital de obras de diversos autores goianos.

Nascido em Goiânia, Adalberto foi criado em um abrigo localizado em Anápolis, de onde saiu para estudar Física na Universidade Federal de Goiás (UFG). Em seguida, cursou Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS e fez especialização em Estudos Medievais na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

Em Porto Alegre, Adalberto conheceu grandes escritores, como Mário Quintana e Caio Fernando Abreu. O jornalista e poeta também é autor dos livros “Frágil Armação”, “Destino Palavra”, “O rio incontornável”, “Os fios da escrita”, “Cadernos de Sizenando” e “Entrelinhas”.

Netflix irá produzir séries e filmes dos 7 livros de As Crônicas de Nárnia

Para os amantes das histórias de C. S. Lewis, As Crônicas de Nárnia, temos notícias fresquinhas na área! A Netflix acaba de anunciar em seu Twitter que vem produções novas por aí para você matar a saudade!

A empresa adquiriu os direitos de adaptação dos sete livros da saga depois de vários anos de negociação entre a Netflix e a The C. S. Lewis.

A Netflix já deixou claro que pretende produzir tanto filmes como séries sobre as histórias, criando um universo compartilhado entre as produções.

Os direitos da franquia pertenciam até recentemente à Disney, que já havia anunciado a produção do novo filme “A Cadeira de Prata”. Tudo indica que o filme seja engavetado, já que os direitos de adaptação estarão apenas com a Netflix.

 

 

 

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Nega Lilu Editora abre edital de seleção para novas autoras e autores goianos

Autoras e autores goianos ou residentes no estado de Goiás, inéditos ou éditos com até três anos de atuação no campo literário: este é o perfil que a Nega Lilu Editora busca a partir da publicação de edital para seleção de poemas, contos e crônicas que deverão compor a Coleção e/ou. As inscrições podem ser feitas até 17 de janeiro de 2017 no site oficial.

A Coleção e/ou tem por objetivo reunir novos talentos da literatura goiana e escritores convidados em antologias de poesia e prosa. Até o momento, 38 autoras e autores foram publicados (sendo 22 inéditos) nas coletâneas “Os olhos do bilheteiro” e “As dores de Josefa”, fruto de processos seletivos realizados em 2014 e 2015. Além dos investimentos da Nega Lilu Editora e da Casa da Cultura Digital, os livros também contaram com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

“Um dos desafios deste novo edital é alcançar de forma mais ampliada a produção literária de qualidade que está ativa fora da capital e da região metropolitana de Goiânia”, conta a escritora Larissa Mundim, diretora da Nega Lilu Editora. Segundo ela, as duas primeiras antologias publicadas fazem registro do trabalho de jovens escritores residentes em municípios como Bela Vista de Goiás, Anápolis, Trindade, Aparecida de Goiânia, bem como de goianos residentes em outros estados e no DF. “Agora temos a ambição de ir mais longe”, revela a editora.

Para Larissa Mundim, “ir mais longe” significa não somente mobilizar aspirantes a escritores nas outras regiões do estado, mas avançar no mapeamento de autores e autoras ativos, em Goiás, promovendo a conexão desta rede. “Como editora, a Nega Lilu se interessa, naturalmente, pela produção literária, mas apoia iniciativas que impactam na cadeia produtiva integralmente, ou seja, iniciativas que visam a qualificação de leitores, articulação entre autores e entre autores e leitores, além da circulação da obra literária em todo o Brasil”, diz.

 

Edital

De acordo com o edital 2016 da Coleção e/ou, cada autor ou autora poderá inscrever até três textos literários inéditos. O conselho editorial responsável pelo concurso vai considerar “inédito” poemas, crônicas e contos que ainda não tiverem sido publicados em formato físico. Qualidade, atualidade, técnica e potencial de difusão são os pilares técnicos e conceituais que vão nortear o processo seletivo. O calendário divulgado pela Nega Lilu Editora prevê publicação do resultado final em 30 de janeiro de 2017.

 

O edital informa também que o lançamento das novas antologias da Coleção e/ou está condicionado à captação de recursos financeiros. “Temos um processo democratizado de seleção, com critérios bem definidos, conselho editorial legítimo, divulgação ampliada pela imprensa. A realização de um trabalho qualificado, de ponta a ponta, nos oferece boas condições de aprovação deste projeto junto aos mecanismos de incentivo à Cultura, como ocorreu no volume 1 de prosa e poesia”, lembra Larissa Mundim.

 

Serviço

Edital para seleção de texto literário: Coleção e/ou – volume 2

Inscrições em: Site Nega Lilu Editora

Período de inscrições: até 17 de janeiro de 2017

 

Amamentar em público exige muito peito das mulheres

Amamentar em público exige muito peito das mulheres

Crônica por Eberth Vêncio – médico, empresário e escritor.

Meu avô era tido e havido como um piadista, um gozador, um incorrigível demolidor de inhacas. Reza a lenda que, a despeito do espírito quase sempre desarmado, ele se armou com um três-oitão e mandou um crápula para o limbo, ao meter na sua fuça uma azeitona de chumbo durante um justo duelo no cabaré, numa época da história em que a maioria dos homens mascava fumo, urinava em pé, honrava os tratos e andava com pistolas dependuradas na cintura. Eram certos tempos brutos nos quais fios de bigode valiam mais do que firmas reconhecidas em cartório.

Pode parecer contraditório, pode parecer grosseiro, pode parecer uma estupidez da minha parte — e claro que é — mas, todas as vezes que eu me sinto invadido por aquele ímpeto primitivo de passar com o carro por cima de gente que não vale o que o gato enterra, fico pensando como seria mais prático ter vivido no tempo das diligências para resolver graves pendengas à bala, em duelos honestos no meio da rua, sob os olhos judiciosos das testemunhas, ao invés de ficar tomando aguarrás diet na companhia desagradável de advogados sinistros que fazem as sobrancelhas. Metrossexuais irritam-me.

Essa história quem contou foi o meu pai. Garanto-lhes que não será uma reles tentativa de fazer piada. Apesar de pertencer à família, tenho mais talento para a tragédia do que para a comédia. Foi assim: vovô morava numa corrutela no interiorzão do Brasil e viajava de Cu do Judas até Curva do Vento dentro de uma jardineira lotada. Numa das poltronas mais à frente seguia uma jovem e bela senhorinha que tentava, sem sucesso, convencer o filho a mamar no peito. Descontrolado, o pimpolho esgoelava como um leitão.

“ — Mama, filhinho! Mama, senão a mamãe vai dar o leite pro gatinho…” , ela blefou. Aquelas palavras foram a deixa para que vovô saísse com mais uma de suas galhofas.

“ — Miau, miau…” , ele imitou, lá do fundo, arrancando gargalhadas dos passageiros. Até a mocinha sorriu da bobagem. Se fosse hoje, o velhote tomaria uma vaia e seria convidado a ir morrer noutro lugar. Caso eu estivesse embarcado naquela condução, acho que riria também. Perdoem-me pelo excesso de senso de humor, leitoras.

O meu editor andava ocioso, ansioso, pernicioso eu diria, e encomendou que eu escrevesse algo a respeito da amamentação em público. Gelei a espinha. Mamar eu não mamava mais. Largara aquele vício incrível tinha bem uns seis meses. Ultimamente, vivia chupando artelhos, que não fazia o mesmo efeito, é verdade, mas remontava à fase oral do irrepreensível desenvolvimento neuropsicomotor da minha primeira infância. Hoje vivo a minha décima sétima.

Confesso que redigi o texto meio nas coxas. Não pesquisei patavina nenhuma sobre amamentação em público. Eu achava o tema óbvio pra dedéu. Pra mim, a hora da refeição sempre fora sagrada. Nada de sexo durante o jantar, sobre a mesa, na frente das crianças. E mais: meus filhos já estavam crescidinhos, de tal sorte que eu andava desatualizado quanto ao lide com fraldas e sutiãs de aba larga.

Ora, amamentar o rebento na frente de estranhos não me parecia uma coisa nada estranha. Era como enfiar o dedo no nariz. São coisas que acontecem. Quando se vê, já foi. Assistir a uma mulher tendo os seios implacavelmente chupados por um sanguessuga de fraudas deixa alguns de vocês constrangidos, indignados, excitados quem sabe?! Isso, sim, soa estranho. Vocês assustam-me.

Se eu parisse gente, se eu fosse uma mulher, não me esconderia em porcaria de canto algum para entupir de leite o buchinho do meu parasita predileto. Se muito, jogaria um pano sobre a cabeça do come-e-dorme, para disfarçar — não me perguntem por que eu disfarçaria —, um ato reflexo, um mero exercício de etiqueta e nada mais. Não faço ideia se existe ou se não existe uma legislação que cuide do assunto. Como eu disse, não tencionava perder tempo com irrelevâncias, embora o editor tivesse me avisado que o assunto era atual, palpitante e fazia ferver as redes sociais com debates quase sempre agressivos.

Se eu possuísse tetas, amamentaria não apenas na praça de alimentação de um shopping center, mas, numa jardineira — se jardineiras ainda houvessem, se vovôs ainda fizessem piadinhas inconvenientes —, num puteiro, o tempo inteiro e em qualquer lugar, na fila, na esquina, dentro da Capela Sistina e até no meio de uma batalha de carnificina.

Eu amamentaria sempre que me desse na telha, ainda que estivesse migrando com refugiados da Síria para um país rico da Europa. Pra mim tanto faz. Bastava que a fome batesse. Eu entendo bem os bebês. Eles têm fome de leite. Eu tenho fome de educação, cultura, respeito, delicadeza e solidariedade. Seria incrível que cada um cuidasse, sinceramente, da própria vida, pois eu soube que Deus anda de saco cheio com tudo isso.

Eberth Vencio

 

Nega Lilu Editora seleciona crônicas e contos para coletânea

A Nega Lilu Editora abre edital para seleção de crônicas e contos de novos autores goianos, que deverão integrar a primeira antologia da Coleção e/ou dedicada à prosa literária. As inscrições gratuitas permanecem abertas até o dia 16 de março de 2015. A iniciativa lança o selo literário Naduk, vitrine para a produção de autores inéditos ou éditos iniciantes, que buscam espaço para publicação. O projeto conta com a parceria do Evoé Café com Livros e da Casa da Cultura Digital.

Seleção

Os critérios de análise e seleção divulgados pelo edital são: qualidade, atualidade, técnica e potencial difusor da obra literária. Cada candidato poderá concorrer com, no máximo, cinco textos inéditos. O processo seletivo será conduzido por um Conselho Editorial, constituído pela Nega Lilu Editora e o resultado será conhecido no final do mês de março deste ano. O edital está disponível no site www.negalilu.com.br .

O conteúdo literário selecionado será editado em uma coletânea, que vai originar um projeto que será submetido à captação de recursos financeiros por meio dos mecanismos de incentivo à Arte e à Cultura, em Goiás, como Fundo Estadual de Cultura, a Lei Goyazes e a Lei Municipal de Incentivo à Cultura ou investimento direto por parte de empresas. Segundo ela, pequenas editoras em todo o mundo viabilizam publicações de antologias dividindo os custos em cotas, financiadas pelos próprios autores.

A Coleção e/ou também prevê um volume para a poesia, cujos textos foram selecionados em edital, no ano passado. Na ocasião, a Nega Lilu Editora recebeu 243 inscrições, elegendo 40 poemas e apenas 10 contos.

 

 

Literario