A mãe: filme protagonizado por Jennifer Lopez é massacrado pela crítica
Durante as quase duas horas de exibição de “A Mãe”, filme lançado pela Netflix nesta sexta-feira, 12, é possível estabelecer diversos paralelos com outras obras cinematográficas similares. A trama central gira em torno de Jennifer Lopez, uma agente especial que precisa abrir mão da maternidade para proteger sua filha de perigosos inimigos. Mais de uma década depois, ela é forçada a retornar à ativa para garantir a segurança da garota contra esses vilões.
O filme traz à mente dois outros títulos de sucesso, Busca Implacável e Resgate, pelos temas de sequestro e resgate de entes queridos. Contudo, a crítica não recebeu bem o filme. Especialistas dizem que a trama de A Mãe deixa a desejar na qualidade das cenas de ação deixa muito a desejar. Críticos americanos disseram que, a diretora Niki Caro, conhecida pelo live-action de Mulan, optou por uma paleta de cores escura e sem vida, o que acaba comprometendo a visualização das cenas de ação, que parecem escondidas em meio a um emaranhado de sombras.
A crítica disse também que a direção do filme parece ter sido conduzida de forma desleixada, com um orçamento aparentemente insuficiente. Como exemplo eles citam uma cena na qual a personagem de Lopez (conhecida como A Mãe) enfrenta o chefão do tráfico. Se você lembra de Sicario, com seu confronto final épico envolvendo dezenas de homens, ou de John Wick, enfrentando mafiosos importantes, pode esquecer tudo isso. No caminho de Lopez, as portas estão simplesmente abertas, o que não é esperado em momento nenhum em um filme de ação.
Outro ponto denotado pela crítica é a falta de valorização da cena pela câmera. Os críticos dizem que o diretor de fotografia, Ben Seresin, parece estar sabotando a produção. Segundo eles, todas as cenas de ação intensas, uma lente de olho de peixe é usada sem aviso prévio. A lente distorce os limites da visão, deixando os cantos embaçados e a imagem horrorosa. “Embora possamos ver o centro da ação, não conseguimos entender o que está acontecendo ao redor. Quando percebemos, Lopez já resolveu tudo e não sabemos exatamente como chegaram lá”, disseram as análises internacionais.
Os críticos dizem ainda que a trama reduz significativamente as dificuldades enfrentadas pela protagonista “A Mãe”, que sempre carrega uma faca e tem a habilidade de colocar fogo em seus inimigos. Para os analistas, essa abordagem torna o filme monótono para aqueles que procuram por ação.
O filme busca se destacar ao apresentar uma mulher como protagonista em uma trama de ação, porém, ainda assim, a personagem é retratada presa a estereótipos maternais, como em A Justiceira, Ava, Lou e outros filmes do gênero. É notável que, mesmo em outras situações e gêneros cinematográficos, os clichês persistem em acompanhar as personagens femininas, colocando-as em situações que já são conhecidas há décadas. É uma pena que, mesmo em meio a cenas de luta e ação, a personagem ainda precise ser retratada como uma mulher com instintos maternais.