Concurso para o Ministério Público da União abrirá edital com salários de até R$ 10,1mil

Excelente notícia para os candidatos que aguardam a abertura do concurso público do Ministério Público da União (Concurso MPU 2017). Acontece que o órgão já iniciou os preparativos para realização de um novo certame para nível médio e superior, funções de técnico e analista, respectivamente. No último dia 08 de março foi publicado no Diário Oficial uma portaria que forma a comissão que será responsável pela elaboração dos detalhes do edital do certame.

Lembrando que para concorrer ao cargo de Técnico será necessário o nível médio completo. O salário do cargo é de R$ 6.167,99. Já para Analista será necessário nível superior. O salário inicial é de R$ 10.119,93. O quantitativo de vagas, além das áreas de cada cargo, serão divulgadas nas próximas semanas, mas a expectativa é que as funções sejam as mesmas do último certame, realizado em 2013, cuja validade será encerrada em novembro (técnico) e dezembro (analista).

A comissão será composta pelo servidor Blal Yassine Dalloul (presidente), Eloá Todarelli Junqueira, Sandra Roberta de Souza Oliveira, Tatiane Diniz da Silva, Denise Costa Recedive e Rayza Madlum de Paula.

 

Fique atento para o lançamento do edital! 

 

Com informações de: Notícias de Concursos

Juiz goiano afirma que servidor público não é ladrão e texto viraliza na internet

O juiz Eduardo Perez de Oliveira do Tribunal de Justiça de Goiás, fez um desabafo em sua página pessoal no Facebook após as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que compara o exercício de servidores públicos concursados e políticos corruptos.

“Eu de vez em quando falo que as pessoas achincalham muito a política, mas a posição mais honesta é a do político, sabe por quê? Por que todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua encarar o povo e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e tá com um emprego garantido para o resto da vida”, declarou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no pronunciamento que fez em desagravo à denúncia do Ministério Público Federal.

O texto do magistrado goiano intitulado “Servidores Públicos não são ladrões” e publicado nesta sexta-feira (19), teve repercussão nacional e foi destaque em jornais como Folha de São Paulo. No Facebook, o “textão” já tinha sido compartilhado por mais de 2.500 pessoas até o fechamento desta matéria.

Confira abaixo o texto na íntegra:

Servidores Públicos não são ladrões

Para meu espanto, hoje me deparei com uma frase supostamente dita pelo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, a saber:

“O político, por mais ladrão que seja, todo ano tem que enfrentar o povo, sair na rua e pedir voto. O funcionário público não. Ele faz concurso e fica lá, com o cargo garantido, tranquilo”

Eu fiquei em dúvida se era verdade, já que tem tanta mentira por aí sendo espalhada. Chegaram a inventar, vejam só, que os procuradores tinham dito não possuir provas contra o Sr. Luiz Inácio, somente convicção, o que é uma tremenda inverdade. Não se pode mesmo acreditar em tudo na internet.

Verdade ou mentira, fiquei aqui pensando se essa frase faz sentido.

Eu estou Juiz de Direito, aprovado em concurso público, também em outros cargos antes de lograr esta graça. Como a memória da gente é falha, eu me esforcei para lembrar como foi o processo.

Conferi, cuidadosamente, se eu não tinha sido financiado por alguma empreiteira. Também verifiquei se eu não tinha obtido meu cargo desviando dinheiro de alguma empresa pública, fazendo aí um caixa 2 para me apoiar. Pode ser a idade, mas não me veio à memória disso ter acontecido.

O que me recordo é do esforço dos meus avós, dos meus pais e dos meus familiares, mas muito esforço mesmo, para garantir educação, sem luxos. Também não me é familiar ter participado de esquemas ou ajustes partidários. Não dava tempo, saindo de casa para trabalhar às sete da manhã e voltando às nove, dez horas da noite, só com o horário do almoço para abrir os livros e enfrentar o escárnio.

Eu lembro de ter estudado muito, da frustração em razão do pouco tempo, das dúvidas se algum dia eu chegaria lá. Eu me recordo bem do dia da minha prova oral, num estado onde não conhecia ninguém, tremendo diante dos examinadores de uma banca absolutamente imparcial presidida pelo Desembargador Leandro Crispim.

Quem sabe estaria mais calmo se eu tivesse feito coligação, se uma mão lavasse a outra, se algum ajuste, talvez aquele esquema… Mas não daria certo. Veja você que eu estava prestando um concurso público e até a fase oral eu não tinha rosto, e a banca (que injustiça!) também era formada quase que absolutamente por gente concursada, magistrados aprovados em um concurso semelhante.

Não iria adiantar caixa 2, apoio parlamentar, conversa de bastidor. Eu estava ali para ser examinado imparcialmente pelos meus conhecimentos. Era só Deus e eu.

Vai ver, pensei, que meu caso é um daqueles fora da curva, uma das tais histórias malucas. Quem sabe a regra não fosse a interferência política e econômica nos concursos?

Conversei com vários colegas juízes e, fato estranho, todos confirmaram que não fizeram caixa dois, nem coligação, nem tiveram conversas de bastidores. Estudaram, com muito esforço, alguns com privação, e foram aprovados em um concurso impessoal e imparcial.

Para não dizer que é coisa de juiz, essa tal elite, falei com meus amigos procuradores, promotores, escreventes, oficiais de justiça, policiais civis e militares, delegados, professores, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e tantos outros aprovados em concurso público de provas e títulos.

Todos deram a mesma resposta: lograram êxito após muito estudo, de forma limpa e transparente.

“Mas nenhuma empreiterazinha?”, insisti. “Quem sabe alguma verba de empresa pública?”. Não. Foi estudo mesmo.

O mais curioso é que todos tiveram que apresentar certidão de antecedentes criminais, logo, nenhum podia ser ladrão. Nem ladrão, nem outra coisa. Algumas carreiras fazem sindicância de vida pregressa. Ai do candidato que não possui um passado ético, com certeza não entraria pela estreita porta do concurso público.

Aproveitei e, ainda meditando sobre a frase, me peguei pensando se todo ano, ou melhor, a cada quatro anos (alguns, oito), eu precisava enfrentar o povo.

Realmente, se o Sr. Luiz Inácio disse isso, ele está certo. Eu não enfrento o povo anualmente. Aliás, eu não enfrento o povo. Não tenho medo da minha gente, nem litígio com ela. Eu sou povo também. Pode parecer surpresa, mas concursado faz parte da nação.

Eu não enfrento, eu atendo. Eu recebo preso. Eu recebo mãe de preso, pai, vó, filhos, esposa de preso. Recebo conselheiro tutelar. Recebo advogado. Recebo as partes também. Ouço a vítima do crime, ou, em situações mais tristes, os que sobreviveram a ela. Eu vejo o agrícola que vai pedir para aposentar. Vejo o cidadão que não tem medicamento, a mãe que busca escola pro filho, o neto que busca uma vaga de UTI pro avô.

Eu cansei de ver o piso do fórum gasto de passar tanto calçado, de chinelo usado a sapato caro, de gente que vê no Judiciário seu único porto seguro. Gente que não conseguiu vaga em escola, em creche. Que não conseguiu remédio. Que se acidentou na estrada esburacada. Que trabalhou nesse calor inclemente do Centro-Oeste por quarenta anos ou mais, com a pele curtida de sol, e quando foi pedir aposentadoria disseram a ele que não tinha prova. Não sou quiromante, mas eu aprendi a ler a mão e o rosto desse povo. Aprendi a falar a língua deles, não porque eles vão votar em mim, mas porque é minha obrigação para aplicar a lei.

Essa mesma gente que os políticos enfrentam (enfrentam, vejam vocês!), segundo a tal frase, eu atendo todo dia. É meu dever, e com que prazer eu realizo esse dever!

Eu atendo essa gente que vem acreditando há décadas nesses políticos que, como um fenômeno natural, aparecem apenas de forma episódica e em determinadas épocas. Um povo que acreditou que teria saúde, educação, segurança, lazer, trabalho, aposentadoria, dignidade e tantos direitos básicos só por ser gente, mas não tem.

Esse mesmo povo que vota, que deposita na urna sua esperança, a recolhe depois despedaçada, cola o que dá e procura o promotor ou o defensor público, servidores concursados, quando não um nobre advogado dativo ou pro bono, para pedir ao juiz esse direito sonegado. São os concursados que garantem esse direito.

São os juízes que aplicam a lei criada pelos políticos eleitos para o Legislativo, e nessas horas em que a lei é dura e talvez não tão justa, quando devemos fazer valer o seu império, só nos resta ouvir e consolar.

Juízes, é preciso dizer, não são máquinas, porque nessas engrenagens desprovidas de coração que formam o sistema, é a nossa alma que colocamos entre os dentes do engenho para aplacar seu cruel atrito.

E quando estamos sozinhos, nós sofremos, nós choramos, porque lidamos também com a desgraça do povo, do nosso povo, do povo do qual fazemos parte e que não enfrentamos, mas atendemos.

Perguntei aos meus amigos promotores, defensores, escreventes, analistas, oficiais de justiça, professores, policiais, guardas civis metropolitanos, agentes carcerários, bombeiros, militares, médicos, agentes de saúde, enfermeiros e tantos outros, se eles por acaso enfrentavam o povo, mas me disseram que esse povo eles faziam era atender.

É também a alma deles que lubrifica essa máquina atroz que é o sistema.

É à custa da alma do concursado que o Estado se humaniza. Que o digam nossas famílias, nossos amigos… que digamos nós, quando abrimos mão de tanta coisa para cumprir nossa missão, quando para socorrer um estranho muitas vezes alguém próximo a nós precisa esperar.

Forçoso que se concorde, nós não enfrentamos o povo a cada dois, quatro anos. Nós o atendemos dia e noite, nós olhamos seu rosto, tentamos aplacar sua angústia em um país em que tudo falta, quando um médico e sua equipe não tem nem gaze no hospital público.

E fazemos isso porque amamos nossa profissão, seja ela qual for, não porque precisamos de votos. Nós chegamos onde chegamos com dedicação, não com esquemas, e sem lesar o patrimônio público ou a fé da nação.

São servidores públicos concursados que estão descobrindo as fraudes que corroem nosso Brasil, do menor município à capital do país, e serão servidores públicos concursados a julgar tais abusos. São servidores públicos concursados que patrulham nossas ruas, que atendem em nossos hospitais, que ensinam nossas crianças.

Nós não precisamos prometer nada para o povo, nós agimos.

Realmente, é preciso temer pessoas que possuem um compromisso com a ética, não com valores espúrios.

Com informações da Assessoria de Comunicação da ASMEGO

10 segredos para uma redação nota 10

Curta Mais convidou um dos mais renomados professores de redação de Goiânia para elaborar uma lista sobre os passos para criar a redação perfeita. Tony Gomes, professor do Colégio Dinâmico, reuniu aqui o que, segundo ele, é essencial em um texto capaz de garantir elogios e nota máxima ao autor. 

1 – Leia a coletânea com calma: a partir dela você terá os elementos norteadores que serão o pontapé inicial para a produção textual. Para isso, sublinhe as palavras-chave;

2 – Focalize-se na frase tema: o seu texto tem que responder à proposta de redação, atente-se para atingir o tema e não o assunto. O tema é delimitado de dentro do assunto, que é mais abrangente;

3 – Faça um ótimo pontapé inicial: diferentemente do que diz algumas fontes, a tese, no ENEM, precisa estar visível na introdução. Para isso, use elementos coesivos (no entanto; dessa forma) que facilitem a leitura do corretor;

4 – Desenvolva sem perder o rumo: a tese, apresentada na introdução, será o elemento principal do texto e deve ser respondida ao longo do desenvolvimento. O seu objetivo é dizer porque o problema (tese) ocorre.

5 – Conclua detalhadamente: o maior erro de alguns alunos é não solucionar o que foi debatido no desenvolvimento. Tudo relaciona às causas apresentadas ao longo do texto. É imprescindível que exponha o agente, a ação e como ela deve ser realizada. O edital pede para que a intervenção seja compartilhada, não obriga o vestibulando a fazer 3 propostas de intervenção;

6 – Um erro gráfico, no máximo dois: não reincida os erros. Isso demonstra que você cometeu um erro por lapso ou descuido, mas que demonstra domínio de linguagem;

7 – Leia um pouco de tudo: o tempo para leitura, durante os estudos, é escasso. Porém, não pode se alienar perante os fatos noticiados, principalmente no Brasil;

8 – Utilize áreas de outros conhecimentos: é comum os alunos utilizarem somente conhecimentos da área de Humanas e esquecem de Biológicas e Exatas;

9 – Elementos coesivos: estude-os, ou busque uma lista dos principais, para utilizá-los evitando repeti-los ao longo do texto. Eles ajudarão a progressão textual das ideias;

10 -Mantenha a calma: quando estamos estressados ou nervosos, é comum que esqueçamos das ótimas ideias e dos conhecimentos construídos ao longo da formação e caímos no senso comum ou na cópia da coletânea.

Mais do que seguir as dicas, você deve se dedicar em treinar produzindo ótimos textos. A Redação é uma das poucas disciplinas que o acompanhará em todo a sua vida profissional.

 

Tony Gomes

Professor de Redação do Colégio Dinâmico

Idealizador do Instablog @textualidade

Tony

Professor Tony: “A Redação é uma das poucas disciplinas que o acompanhará em todo a sua vida profissional”.