Confira os fatos mais inusitados de animais pelas ruas de Goiânia

Goiânia é uma cidade cheia de histórias inusitadas, mitos, lendas e fatos curiosos que você ouve muito falar, mas não existem provas realmente concretas se aconteceu ou não, porém são histórias que todo, ou quase todo goianiense já conhece. De leão à solta a macaco ladrão: aqui é casa dos mais inusitados animais que dão o que falar pela cidade desde os anos 80. Confira algumas delas:

Guru, o leão solto em pleno St. Universitário

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Revista VEJA, junho de 1988

Em meados da década de 80, um homem chamado Mário Ângelo começou a criar um filhote de leão em sua casa. O animal chegava a dormir na cama da família. No dia 13 de julho, Guru escapou do cercado que o prendia e acabou agarrando uma garotinha pelo pescoço, que morreu na hora. Guru foi levado a uma jaula no Jardim Zoológico de Goiânia, onde virou uma celebridade.

A ‘vaca brava’ do Parque Vaca Brava

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Afinal, por que a Vaca do Parque é Brava? Poucos sabem, mas “Vaca Brava” não é o nome oficial do parque, que se chama Parque Municipal Sulivan Silvestre, em homenagem ao ambientalista e ex presidente da Funai. A área onde o parque se encontra, era parte de uma fazenda, por onde passava um córrego. Tanto o córrego, quanto o parque ganharam o nome pelo mesmo motivo: as vacas não-domesticadas (e ‘bravas’, é claro) que atolavam na região.

A onça do Morro do Mendanha

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Imagem: Luiz Baptista/Ibama

Desde fevereiro de 2017 houve-se relatos de uma onça circulando por fazendas em volta de Goiânia, mas nunca conseguiram comprovar de fato o caso, até que em dezembro de 2017, câmeras de segurança flagraram a onça em condomínios de casas próximos ao Morro do Mendanha. Depois de muito empenho, o IBAMA conseguiu capturar o felino, e soltou ele com monitoramento via satélite em Bonópolis, no interior de Goiás. A cidade fica a 500km de Goiânia, e curiosamente os radares informam que a onça já andou mais de 500km em direção à Goiânia. Estaria ela com saudades?

Cobra de 2 cabeças no Vaca Brava

No início do ano, a publicitária Bárbara Japiasspú flagrou uma cobra conhecida como “cobra de duas cabeças” andando tranquilamente pelo parque, e intrigou quem passava. O animal possui cerca de 40cm e originalmente se chama anfísbena. O fato inusitado foi noticiado pelo Curta Mais em uma matéria na época, que você pode conferir clicando aqui.

O Jacaré do Parque Vaca Brava

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Em novembro de 2015, o filhote de Jacaré-tinga de aproximadamente 70cm foi visto perampulando aos redores do lago do parque, e o fotógrafo Zuhair Mohamad fez o registro. Na época o fato se tornou notícias no estado inteiro e deixou toda a população curiosa e aflita. Segundo biólogos, ele foi deixado por alguém, pois possivelmente ele teria mais de 3 anos de vida. Ele foi capturado pelo Ibama dia 11 de novembro e encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres.

O mistério da brava Jacira do Zoológico

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Imagem: Getty Images

Jacira ficou conhecido na época primeiramente por ser o maior réptil em cativeiro no país, que por si só ja atraia vários visitantes ao parque. Após nunca conseguirem fazer ela acasalar com outros machos, pois ela matava todos jacarés que colocavam junto a ela, resolveram realizar exames para descobrir o que tinha de errado com o animal, e foi constatado que a Jacira, na verdade era Jacinto. O jacaré foi tratado como fêmea a vida inteira e apenas no final dela, ele foi descoberto macho. Essa história deu o que falar e ficou conhecida nacionalmente. O esqueleto do famoso Jacinto encontra-se hoje exposto no Museu Ornitológico de Goiânia, localizado no Setor Campinas.

Capivara na Marginal Botafogo

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Imagem: TV Anhanguera

Capivara flagrada pelas ruas de Goiânia já se tornou comum na capital, mas capivara apostando corrida com motoqueiro em plena Marginal Botafogo, isso aí foi imperdível. Em janeiro de 2015, o Eduardo Bruno Alves passava na Marginal pela manhã e foi pego de surpresa com um fato inusitado: uma capivara correndo pela avenida movimentada. Ele fez o registro e testemunhas disseram que ela estava fugindo dos vários motoqueiros que corriam atrás dela. Ela acabou fugindo. Não se sabe se ela realmente foi capturada ou não, mas ela deu o que falar.

Macao ladrão da Samambaia “Chicão”

Até em meados de 2016, estudantes do Campus Samambaia da UFG dizem que existia um macaco “chefe” dos outros macacos, que comandavam os furtos de comidas pela faculdade. Um certo dia, ele machucou sua mão e tiveram que amputá-la, mesmo assim continou sendo o maior macaco do seu bando. Há 2 anos não se teve mais notícias do Chicão. Confira o vídeo feito em 2009 sobre a “quadrilha” de macacos do câmpus:

As cobras da piscina de bolinhas do McDonald’s

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Imagem: Renan Accioly

Em abril de 2005 circulou uma informação de que uma criança reclamou de “choques” em uma piscina de bolinhas no McDonald’s, situada na Avenida 85, e logo depois veio a morrer. Foram averiguar, e descobriram então um ninho com mais de 23 cobras no fundo da piscina. Esta informação nunca foi confirmada pelas autoridades, mas mesmo depois de 13 anos esta história ainda dá o que falar. 

O “Homem da Cobra”

Um homem pedia dinheiro em um sinaleiro, em troca ele mostrara uma cobra dentro de um saco assustando crianças no centro de Goiânia, assoprando um apito com som de “cascavel”. Ele sempre estava portando um microfone e sua caixa de som ficava ali falando o dia inteiro, com caixas de madeira com cobras e vidros de raízes. Não se sabe se a cobra era verdadeira ou falsa, mas muita gente ainda lembra deste fato, pois ele falava tanto que viralizou a expressão “Fala mais que o homem da cobra” na capital.

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Imagem: Youtube/Reprodução

(Capa: Léo Talone)

Cobrador monta biblioteca em ônibus para atender passageiros de graça

Daquelas histórias que a gente adora mostrar, que nos inspiram e fazer crer que há uma luz no fim do túnel em meio ao caos social e tantas más notícias que vivemos ultimamente. O personagem dessa vez é o cobrador Antônio da Conceição Ferreira da Viação Piracicabana de Brasília. Uma ideia simples, criativa e cheia de solidariedade, foram suficientes para ele descobrir nos livros uma oportunidade de entreter passageiros que enfrentam até 90 minutos dentro dos ônibus diariamente para estudar ou ir ao trabalho. O caixa do coletivo virou estante para clássicos como os de Clarice Lispector e Castro Alves, que passaram a ser cedidos por até três dias. O projeto ganhou o reconhecimento da empresa que ele trabalha, e o rodoviário foi liberado da função há dez meses para expandir a iniciativa para 30 coletivos. Um detalhe importante: Ferreira até anotava o nome e telefone dos passageiros no início, mas deixou de fazê-lo porque pouquíssimos livros deixam de retornar à biblioteca.

O cobrador montou inclusive um blog para organizar melhor o projeto, visite: Cultura no ônibus

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Ideia inspirada na paixão pela literatura.

O rodoviário buscou inspiração na própria paixão pela literatura. Nascido no interior do Maranhão, ele começou a trabalhar ainda na infância para ajudar os pais agricultores e só foi alfabetizado aos 12 anos. Todo o ensino ocorreu em escolas públicas, e o homem diz que recebia pouco estímulo. “Não sabia nem soletrar direito. Uma professora que, vendo a minha luta para soletrar, me ajudou bastante. Eu gostava de ler gramática. Via as pessoas conversando de uma forma bem solta, eu queria aprender a me expressar também”, conta. “Mas, por um tempo, parece que havia um bloqueio na minha alma.” A virada aconteceu depois de ler “Capitães da areia”, de Jorge Amado. Ferreira tinha se mudado havia pouco tempo para a capital do país em busca de emprego e viu semelhanças entre os anseios dos garotos criados pelo escritor baiano e os próprios.

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O projeto ganhou o apoio da empresa e a adesão dos usuários. Já são mais de 8 mil livros!

A proposta foi se tornando conhecida, e Ferreira passou a receber cada vez mais doações de livros. Atualmente ele tem 8 mil obras. A ideia é que cada coletivo tenha sempre seis volumes. O sucesso do projeto também estimulou que Ferreira buscasse novos sonhos. O homem concluiu o ensino médio e, neste ano, começou a cursar letras em uma faculdade particular. Além disso, sempre participa de feiras literárias e encontros culturais. O caso foi mostrado pelo site G1 DF e, de tão inspiradora, fizemos questão de repercutir aqui no Curta Mais.

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Antônio da Conceição Ferreira exibe com orgulho alguns dos títulos disponíveis de graça para os passageiros.

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O cobrador começou a cursar letras em uma faculdade particular

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Antônio, sua esposa Mary, seu filho Matheus e os livros que guarda na quitinete onde mora.