Edifício histórico de Goiânia foi de Estação de Água a templo do rock alternativo

O Centro Cultural Martim Cererê nem sempre foi esse lugar alternativo que contribui para a cena cultural de Goiânia. Em um passado recente (pasmem) o local abrigou uma estação de água que reforçava o abastecimento da capital. 

Tudo isso ocorreu no início do século XX, quando a jovem Goiânia precisava de caixas d’água para abastecer a crescente população durante sua urbanização. Os tanques foram construídos na área do Centro Cultural, localizado na travessa Bezerra de Menezes, no setor Sul, em Goiânia. 

 

Com o tempo, as caixas d’águas se tornaram símbolos da região, testemunhando o crescimento da cidade. 

 

No início dos anos 80, com o avanço tecnológico da rede de abastecimento, o local ficou obsoleto. À época, ele foi transformado no Centro Cultural Martim Cererê, preservando sua história e promovendo a cultura local.

 

O Martim Cererê ao longo dos anos também foi identificado como um ponto de encontro essencial para artistas, músicos, escritores e entusiastas da cultura em Goiânia. Este local tem sido o palco para uma variedade de eventos culturais, como shows musicais, exposições de arte, peças de teatro, feiras de artesanato e festivais, proporcionando uma programação rica e diversificada que atende a uma ampla gama de interesses artísticos. Apesar de sua história, o espaço passou por períodos de desafios e dificuldades. 

 

Entretanto, em 2018, foi iniciado um processo de revitalização que teve como objetivo reafirmar a importância e o potencial cultural do local. Esta revitalização abrangeu a renovação física das instalações, melhorias nas infraestruturas, expansão das instalações e a implementação de um novo modelo de gestão, com o propósito de impulsionar e fortalecer a produção cultural local.

 

Hoje, sendo reconhecido como um espaço de vanguarda e experimentação artística em Goiânia,  o local desempenha um papel fundamental na promoção da cultura goiana, valorizando as expressões artísticas locais e criando um ambiente propício para a troca de experiências e o surgimento de novos talentos. 

É um espaço que celebra a riqueza da diversidade cultural e contribui significativamente para o enriquecimento da vida cultural tanto da cidade de Goiânia quanto do estado de Goiás como um todo.

 

Reprodução: Pedro Margherito / Divulgação

 

Vaca Amarela 2023

Uma das atrações que está programada para este fim de semana no Martim Cererê é o festival Vaca Amarela. 

 

O festival é uma verdadeira celebração da diversidade musical e artística, conhecido por apresentar uma ampla gama de estilos e tendências da música independente. Com uma atmosfera vibrante e acolhedora, o festival atrai não apenas fãs de música, mas também artistas, músicos e criativos de todo o país. 

 

Além dos shows, o evento também oferece espaços para exposições de arte, workshops, e uma oportunidade única para os artistas locais e emergentes mostrarem seu talento e se conectarem com uma audiência apaixonada. É um encontro cultural que transcende barreiras e promove a inovação e a expressão artística em sua forma mais pura. 

Reprodução: Instagram @VacaAmarela

 

Serviços

 

Endereço: Tv. Bezerra de Menezes – St. Sul, Goiânia – GO

Telefone: (62) 3201-4691

Ingressos: Ingresso Livre

 

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Cia Teatral Martim Cererê apresenta obra de Guimarães Rosa, no Teatro Goiânia

 

Encenar a obra do autor de Grande Sertão: Veredas era um sonho antigo do diretor da Cia. Teatral Martim Cererê, Marcos Fayad. Em 1999, ele dirigiu o mesmo texto. Devido às dificuldades de patrocínio, a companhia fez apenas três apresentações no Teatro Goiânia. A estreia no Teatro SESI de 9 a 11 de junho, arrebatou o público, especialmente àqueles que conhecem a magistral obra de Guimarães Rosa. 

Agora é a vez do teatro Goiânia receber esta adaptação da obra de Guimarães Rosa: Cara-de-bronze é extraído do livro Corpo de Baile, publicado há 60 anos. A história se passa em um único dia dentro de um curral de ajunta de bois. Dez vaqueiros conversam sobre o dono da fazenda, o tal Cara-de-bronze, homem poderoso e sábio como Deus, escuro como bronze e feio como o diabo. Um enigma para todos que trabalham para ele. 

Composição original do violeiro e cantador Roberto Corrêa, que assina a direção musical, a música pontua o espetáculo do começo ao fim, cantada por Denis Malaquias. “Cara-de-bronze é uma obra que inspira, desperta e transforma os que entram em contato com a beleza, o tema e a linguagem de Guimarães Rosa”, afirma o diretor.  

Toda a ação do espetáculo se passa no curral de bois, que foi desenhado pelo próprio diretor, com o auxílio do marceneiro Elisemar Alves. Confeccionado em tecidos rústicos e couro, o figurino remete às figuras míticas do sertão goiano e mineiro. Para criá-los, Fayad contou com a assessoria de Bia Castro.  Um grande painel remete às veredas de buritis, típicas do sertão. 

Depois do Teatro Goiânia, a Cia. Teatral Martim Cererê pretende pegar a estrada para apresentações em outras cidades.     

 

Cara-de-bronze

Quando: de 1º a 3 de julho (sexta a domingo)

Horários: 21 horas (sexta e sábado) e 20 horas (domingo)

Onde: Teatro Goiânia – Av. Tocantins, esq. c/ Anhanguera, Centro

Valores: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Estudantes, idosos acima de 60

Telefone: (62) 3201-1186

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Fotos: Corália Elias