Atleta de Goiânia vence a síndrome do pânico e ansiedade com uso de cannabis medicinal

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 18 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade e depressão. Os sintomas descritos por pacientes envolvem medo e apreensão sobre um perigo desconhecido, desencadeando uma série de sentimentos indefinidos e desagradáveis. 

Estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da UFRJ aponta que entre milhões de pessoas afetadas, quase 30% não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais. E cada vez mais, o óleo de cannabis se destaca como uma alternativa em potencial. 

O Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs afirma que o CBD atua de diversas maneiras para reduzir os sintomas dessas condições. “No caso da depressão, ele regula o sistema endocanabinóide, aumentando a disponibilidade de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que influenciam o humor”, explica.

Na luta contra a ansiedade, o Dr. Flavio aponta que a cannabis ativa os receptores de canabinóides encontrados no sistema nervoso central e periférico, regulando humor, estresse e ansiedade. 

“Além disso, inibe a liberação de neurotransmissores envolvidos na resposta ao estresse, como o cortisol e a norepinefrina, e aumenta a produção de serotonina, que tem efeitos ansiolíticos”, complementa o médico.

 

Conheça os benefícios

Carlos Wagner dos Santos, atleta goiano, faz uso do CBD como tratamento terapêutico alternativo para ansiedade e depressão. De acordo com o atleta, o principal efeito foi a significativa redução na ansiedade e nos ataques de pânico. Carlos enfatiza que não se considera curado, mas agora é capaz de controlar eficazmente suas emoções.

“Eu estou mais tranquilo, muito mais calmo. Não tenho mais ataques de pânico e aquele distúrbio acelerado de pressentimento negativo. Estou encarando a vida com mais equilíbrio e serenidade, não pensando em tantas coisas negativas”, destaca.

Carlos aponta outros feitos do CBD, como a melhoria da hipertensão e de suas articulações. “Eu sou atleta, e vivia com dor nas articulações após treinar muito. E, por incrível que pareça, depois que eu passei a tomar o CBD, praticamente parei de tomar remédio para dor”, relata.

Imagem: Reprodução

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Estudo brasileiro avalia o uso da cannabis para tratamento contra a Covid-19

Um estudo feito por cientistas brasileiros envolvendo o canabidiol (CBD)  medicinal chegou à fase 3 (testes em seres humanos). O objetivo da pesquisa é usar a substância no tratamento da síndrome pós-covid-19, que é quando os sintomas da doença persistem por 60 dias ou mais.

 

Os especialistas acreditam que o CDB, um dos princípios ativos da Cannabis sativa (maconha), seja eficaz na redução de problemas relatados pelos pacientes. Muitos deles reclamam de sintomas que incluem fadiga, fraqueza muscular, insônia, dores de cabeça e problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

 

“Estudos internacionais já demonstraram o efeito anti-inflamatório do CBD, que pode ajudar a controlar essa ‘tempestade de citoquinas’, diz o cardiologista Edimar Bocchi, do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

 

Edimar será o coordenador da nova pesquisa em parceria com a empresa canadense Verdemed, produtora do CBD medicinal. Ele afirma que a síndrome pós-covid leva a um comprometimento importante da qualidade de vida, pois são sintomas que podem persistir por mais de três meses.

 

A empresa Verdemed já protocolou na Anvisa o pedido de registro do produto CBD para poder vendê-lo no Brasil e espera conseguir a liberação para o início de 2022. 

 

Fonte: O Estado de São Paulo.