Criação de carteirinha da cannabis medicinal avança em Goiânia

O projeto que prevê a criação de uma carteirinha de identificação de pacientes que fazem uso da cannabis medicinal em Goiânia foi aprovado nesta quarta-feira (27/03), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia. A proposta segue para primeira votação em plenário nas próximas semanas.

Entenda 

  • Se for implementando, o documento permitirá a identificação de pacientes para auxiliar a conscientização e promover a segurança jurídica, prevenindo problemas relacionados ao uso do medicamento na capital.
  • Na carteirinha, constarão dados, como nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável, data de validade e número do medicamento utilizado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
  • A criação do documento faz parte de uma série de leis que tornaram Goiânia uma cidade pioneira na Legislação e discussão sobre a cannabis medicinal. “É um documento essencial para garantir aos usuários legais um meio seguro e confiável de comprovar seu status e acesso a tratamentos necessários e, também, para auxiliar a conscientização da sociedade sobre a importância da cannabis medicinal”, explica o autor da proposta, vereador Lucas Kitão (PSD).

Harvard diz que cannabis medicinal pode ajudar nos sintomas da menopausa

A cannabis medicinal, especificamente o canabidiol (CBD), pode ser eficaz no alívio dos sintomas da menopausa, segundo um estudo de Harvard de 2022. A pesquisa envolveu 258 mulheres, com 86% delas usando cannabis. Destas, 79% reportaram melhorias nos sintomas menopáusicos.

A menopausa, que usualmente ocorre entre os 45 e 55 anos, traz sintomas como ondas de calor, alterações de humor, dores musculoesqueléticas, atrofia vaginal e problemas urinários, devido à diminuição dos níveis de estrogênio e progesterona. O CBD atua interagindo com os receptores do sistema endocanabinoide do corpo, auxiliando na modulação da resposta a esses sintomas.

Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide, destaca as propriedades anti-inflamatórias e analgésicas do CBD, além de sua capacidade de ajudar na regulação hormonal. Este último benefício contribui para a saúde mental e emocional durante a menopausa.

Entretanto, o Dr. Flavio ressalta a importância da avaliação médica antes do uso de cannabis medicinal, particularmente para pacientes com histórico de transtornos psiquiátricos, arritmias cardíacas, gestantes e lactantes.

A pesquisa sobre cannabis medicinal na menopausa ainda está em desenvolvimento, e o acompanhamento médico é essencial para assegurar o uso seguro e eficaz dessa substância

Goiânia estuda a implementação de carteirinhas para humanizar o tratamento de pacientes com cannabis medicinal

Goiânia está prestes a dar um passo significativo para garantir mais segurança e facilidade para pacientes que utilizam a cannabis medicinal como parte de seus tratamentos. Um Projeto de Lei apresentado  pelo vereador Lucas Kitão (PSD), no último dia 5 de setembro,  na Câmara Municipal da cidade, busca criar uma carteirinha de identificação para esses usuários, facilitando assim o acesso a medicamentos baseados nesta substância e promovendo uma maior conscientização sobre a importância da cannabis na esfera medicinal.

A proposta do  documento, que promete trazer uma maior segurança jurídica aos pacientes, foi  estruturada para conter informações cruciais que validam e certificam o uso medicinal da cannabis pelo portador. Entre os dados que estarão presentes na carteirinha estão: nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável pelo tratamento, data de validade da certificação e o número de registro do medicamento prescrito na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Goiânia está prestes a dar um passo significativo para garantir mais segurança e facilidade para pacientes que utilizam a cannabis medicinal como parte de seus tratamentos. Um Projeto de Lei apresentado  pelo vereador Lucas Kitão (PSD), no último dia 5 de setembro,  na Câmara Municipal da cidade, busca criar uma carteirinha de identificação para esses usuários, facilitando assim o acesso a medicamentos baseados nesta substância e promovendo uma maior conscientização sobre a importância da cannabis na esfera medicinal.

vereador

Créditos: Câmara Municipal de Goiânia

A proposta do  documento, que promete trazer uma maior segurança jurídica aos pacientes, foi  estruturada para conter informações cruciais que validam e certificam o uso medicinal da cannabis pelo portador. Entre os dados que estarão presentes na carteirinha estão: nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável pelo tratamento, data de validade da certificação e o número de registro do medicamento prescrito na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com esta proposta de Lei, o vereador quer que Goiânia fortaleça a integração entre os profissionais de saúde, os órgãos de regulamentação e os pacientes, criando um canal transparente e legalizado para a utilização de medicamentos à base de cannabis, auxiliando na quebra de estigmas sociais relacionados ao uso da planta. Lucas Kitão que já tem um histórico de ações focadas na regulamentação e promoção da cannabis medicinal, tendo inclusive proposto anteriormente a criação do Dia da Cannabis Medicinal em Goiânia e incentivado pesquisas nesta área.

Ao abordar a importância dessa carteirinha, o vereador enfatiza que este é um instrumento “essencial para a identificação dos pacientes”, conferindo-lhes “um meio seguro e confiável de comprovar seu status e acesso a tratamentos necessários”, ao mesmo tempo que trabalha para conscientizar a sociedade sobre a relevância medicinal da cannabis.

Antes de tornar-se lei, o projeto passará por análises detalhadas nas comissões competentes da Câmara Municipal. Após a elaboração do relatório conclusivo, será a vez do presidente da casa legislativa municipal colocar o projeto em votação, um momento decisivo para a viabilidade da proposta. Caso o Projeto de Lei seja aprovado na Câmara Municipal, o texto segue para sanção do prefeito Rogério Cruz.

 

Créditos da imagem de capa: Canva

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Goiano que teve dois AVCs volta a andar após tratamento com canabidiol

O empresário Paulo Camargo, natural de Goiânia, sofreu dois Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) em fevereiro de 2022. Com o lado esquerdo do corpo paralisado por conta do derrame, o empresário ficou com dificuldade para se locomover e, por isso, passou quase um ano usando cadeira de rodas. 

Desde janeiro usando o canabidiol do laboratório NuNature prescrito pelo médico que acompanha o quadro clínico, Paulo, agora com 63 anos de idade, conta que melhorou muito sua qualidade de vida, inclusive, uma das evoluções foi voltar a andar sem auxílio. “Cada dia, era uma surpresa! Foram dois AVCs, um isquêmico e outro hemorrágico. Passei 21 dias na UTI. Não tomava banho e nem trocava roupa sozinho. Não andava sem auxílio de bengala! Depois do medicamento, faço tudo sozinho e a bengala e a cadeira de rodas estão encostadas!”, afirma o paciente.

Segundo o empresário, ele tem muito mais autonomia após o uso da medicação. “Eu tô tomando há cerca de seis meses e mudou minha vida. Hoje consigo realizar tarefas do dia a dia sozinho. Faço limpeza da casa, faço comida, resolvo meus negócios bancário, odontológicos e até assistência aos meus clientes. O próximo passo é renovar a carteira profissional e comprar um carro. Também quero voltar à faculdade para terminar meu curso de direito”, celebra Paulo.

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Aos 63 anos, Paulo Camargo volta a andar após tratamento com canabidiol (Foto: Arquivo pessoal)

Benefícios do canabidiol 

De acordo com o Dr. Flávio Geraldes Alves, diretor da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs, o canabidiol pode ser um grande aliado em casos de pós-AVC. “É uma excelente opção terapêutica. O CBD pode auxiliar na recuperação neurológica desse paciente. Outra questão muito comum, os pacientes por terem essas condições debilitantes, podem desenvolver ansiedade ou depressão por perderem os movimentos. Então, o canabidiol tem esse potencial de melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, explica. 

O médico ainda explica que o tratamento também atua na espasticidade, que causa dor crônica e limita ainda mais os movimentos. “Lesões neurológicas podem desenvolver sequelas motoras, como a espasticidade. O Canabidiol Full Spectrum, que contém o THC, pode ajudar nessa espasticidade e na dor que essa sequela pode causar”, afirma o Dr. Flávio.

 

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Cannabis Medicinal: Conheça o projeto que será discutido amanhã na Casa de Vereadores em Goiânia

Na próxima quarta-feira (7), a Câmara Municipal de Goiânia deverá avaliar em plenário, o veto do Paço Municipal ao projeto de lei n°414, de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL). A matéria dispõe sobre a política municipal de uso medicinal da cannabis e distribuição gratuita do medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Após duas aprovações na Câmara o ex-prefeito Iris Rezende alegou inconstitucionalidade e vetou integralmente o projeto no ano passado. Segundo Iris, a ação interferiria na esfera federal, ao permitir o uso de uma planta vedada pela Legislação. O autor do projeto, Lucas Kitão afirmou que não há nenhum tipo de interferência na Legislação neste sentido. Apenas requer que o município tenha responsabilidade pelo paciente que tem necessidade do medicamento

O projeto voltou novamente  para a Casa de Vereadores e teve sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, seguirá como pauta para discussão em sessão plenária. 

Em relação ao projeto, a matéria prevê direito do paciente receber gratuitamente do poder público medicamentos nacionais ou importados à base de cannabis medicinal devidamente autorizado por ordem judicial ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isso, devidas aprovações, a matéria ainda ressalta que convocará celebrações, como, a promoção de fóruns, simpósios, campanhas, seminários e congressos para conhecimento da população em geral e de profissionais da área da saúde sobre a função terapêutica da planta cannabis.

Este projeto conta com o apoio do médico e diretor técnico da Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape), João Normanha, que salienta que a lei dará acesso ao medicamento para pessoas de baixa renda, porque atualmente apenas pessoas com poder aquisitivo têm acesso aos óleos, devido o preço alto.

 

Para entender melhor

O medicamento cannabis medicinal é derivado da planta conhecida geralmente como maconha. O canabidiol (CBD) é fitocanabinóide que não tem qualquer efeito psicoativo. Quando o canabidiol é utilizado, apresenta interação com o sistema endocanabinoide humano, regulando a homeostase, e atuando em sinais e sintomas como apetite, dor, inflamação, pressão intraocular, controle muscular, metabolismo, qualidade do sono, resposta a estresse, humor e memória. 

Já o Tetrahidrocanabinol (THC) é o fitocanabinoide euforizante com efeito psicoativo e característico do “barato” causado pelo uso da Canabis. Assim como outras medicações utilizadas na medicina, tem poder de criar dependência e abuso, mas tem importância para tratamento de algumas patologias como esclerose múltipla, náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia, Alzheimer e Parkinson, PTSD e mesmo a epilepsia.

O uso compassivo do canabidiol, um dos derivados canabinóides da cannabis sativa foi autorizado pelo Conselho Federal da Medicina por meio da Resolução 2.113/14 para crianças e adolescentes portadores de epilepsias refratárias e tratamentos convencionais. O Conselho declara que o uso do seu extrato não causa vício, dependência ou eventos alucinógenos. Na verdade, reduz a reação do sistema nervoso central, tendo efeito neuroprotetor e anti-inflamatório.

Após aprovação da lei, o benefício serão os pacientes que possuem doenças como, Alzheimer e Parkinson, depressão, epilepsia, autismo, esclerose múltipla, anorexia, dores crônicas e outros.

Foto: Divulgação

Venda e registro de remédios à base de maconha está aprovada no Brasil

A aprovação aconteceu na manhã desta terça feira (03), e foi aprovada por totalidade no plenário da Diretoria Colegiada. O tema que já vem sendo debatido na agência desde o ano de 2014, tomou um rumo diferente ao chegar no plenário somente neste ano. As decisões sobre o uso medicinal da planta ‘Cannabis sativa’ para a A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não podem ser definidos como medicamentos, pois ainda não há estudo científicos que comprovem a eficácia da planta.

O diretor e presidente da Anvisa, William Dib, já havia dado seu aval sobre o tema abordado hoje. E o diretor Fernando Mendes argumentou com uma proposta à qual os medicamentos atendam os mesmos critérios exigidos pelos demais medicamentos, que reivindica a realizar pesquisas das quais comprovam a efetividade e competência dos resultados garantindo a segurança dos produtos à base da planta.A regra vale pelos próximos três anos, sendo que a medida deverá ser obrigatoriamente revisada após o período.

Foto capa: smokebuddies

 

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Freiras da Califórnia, nos Estados Unidos, plantam e comercializam produtos derivados da maconha

Não, você não entendeu errado. As freiras da organização Sisters of the Valley, em Merced, Califórnia, plantam e vendem maconha. Mas, não é nada disso que você está pensando. A cannabis é utilizada para fazer cannabidiol (CBD) e dele produzir infusões de óleo, cremes para a pele e suplementos para doentes. As freiras ressaltam que os produtos contêm nenhuma ou quantidade mínima de THC, que é a substância responsável pelos efeitos psicoativos da droga.

Mas, nem tudo são flores: a cidade de Merced não está nada satisfeita com o comércio, e vereadores do município já preparam um projeto de lei para banir o cultivo e venda da marijuana medicinal. A organização das freiras começou a divulgar uma petição para invalidar a ação das autoridades locais. Elas argumentam que não estão agindo ilegalmente, pois pagam impostos e trazem renda para a cidade. Disseram ainda que não fazem parte de nenhuma religião ou organização religiosa, e que trabalham de maneira independente.

Vale lembrar que diversos estudos já comprovaram que o CBD tem ação terapêutica para quem sofre com problemas de saúde como o câncer, a psicose crônica, ansiedade, entre outros.