Criação de carteirinha da cannabis medicinal avança em Goiânia

O projeto que prevê a criação de uma carteirinha de identificação de pacientes que fazem uso da cannabis medicinal em Goiânia foi aprovado nesta quarta-feira (27/03), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia. A proposta segue para primeira votação em plenário nas próximas semanas.

Entenda 

  • Se for implementando, o documento permitirá a identificação de pacientes para auxiliar a conscientização e promover a segurança jurídica, prevenindo problemas relacionados ao uso do medicamento na capital.
  • Na carteirinha, constarão dados, como nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável, data de validade e número do medicamento utilizado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
  • A criação do documento faz parte de uma série de leis que tornaram Goiânia uma cidade pioneira na Legislação e discussão sobre a cannabis medicinal. “É um documento essencial para garantir aos usuários legais um meio seguro e confiável de comprovar seu status e acesso a tratamentos necessários e, também, para auxiliar a conscientização da sociedade sobre a importância da cannabis medicinal”, explica o autor da proposta, vereador Lucas Kitão (PSD).

Entenda a proposta de descriminalização da maconha no Brasil

A recente deliberação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado Federal, que aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apelidada de “PEC das Drogas” (45/2023), insere-se como um capítulo significativo no debate nacional sobre políticas de drogas. Essa PEC, que agora aguarda avaliação no plenário do Senado, requer o apoio de três quintos dos senadores em dois turnos, ou seja, 49 votos favoráveis, antes de sua remessa à Câmara dos Deputados. O texto em discussão sugere uma mudança constitucional para descriminalizar a posse e o porte de cannabis para uso pessoal, uma medida que tem despertado amplo debate entre juristas, legisladores e a sociedade.

A legislação vigente, especificamente a Lei de Drogas (11.343/2006), define os crimes associados à posse e ao consumo de substâncias psicoativas, mas não estabelece uma distinção clara entre a posse para uso pessoal e para o tráfico. Nesse contexto, Víctor Quintiere, professor de Direito Penal do Centro Universitário de Brasília (CEUB), oferece uma análise detalhada sobre as implicações dessa PEC. “É crucial que a legislação brasileira diferencie de forma inequívoca o usuário do traficante de drogas”, afirma Quintiere, destacando a necessidade de salvaguardar os direitos individuais e promover a justiça social.

Quintiere ressalta a importância de estabelecer critérios objetivos na legislação, para evitar a aplicação desigual da lei, que frequentemente repercute de forma desproporcional em indivíduos de comunidades marginalizadas. “A ausência de parâmetros claros pode levar à criminalização indevida de usuários, perpetuando ciclos de injustiça e desigualdade”, explica ele, evidenciando como as lacunas legais podem agravar as disparidades sociais, especialmente em termos de raça e classe.

Além das implicações legais, o especialista aborda os possíveis impactos sociais da mudança. “A descriminalização da posse de cannabis para uso pessoal poderia reduzir significativamente o número de processos judiciais, desafogando o sistema penal e permitindo que as autoridades concentrem seus esforços no combate a crimes mais graves”, observa Quintiere. Ele argumenta que essa medida não só racionalizaria os recursos judiciários e policiais, mas também alinharia o Brasil a uma tendência global de reformas nas políticas de drogas, focadas em saúde pública e direitos humanos.

O especialista também adverte sobre os desafios práticos na implementação de critérios objetivos para diferenciar usuários de traficantes, enfatizando que “as organizações criminosas estão sempre buscando meios de contornar a legislação, o que exige do Estado uma resposta sofisticada e adaptativa”. Ele ressalta a importância de uma abordagem equilibrada que proteja os cidadãos enquanto desmantela redes de tráfico.

A aguardada decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o Recurso Extraordinário 635.659 é vista por Quintiere como um marco potencial, podendo transformar profundamente a abordagem penal do Brasil em relação às drogas. “Se o STF decidir pela descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal, estaremos diante de uma evolução significativa no direito penal brasileiro, que passaria a enfatizar o tratamento e a reinserção social em detrimento da penalização”, conclui o jurista, antecipando um cenário onde o foco se desloca do castigo para a prevenção e cuidado.

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Com programação extensa, Goiânia se prepara para receber a 12ª Marcha da Maconha

Em um cenário marcado pelo debate acirrado sobre a criminalização do uso da maconha, Goiânia está se preparando para sediar a 12ª edição da ”Semana pela Legalização”, organizada pelo Coletivo Mente Sativa. O evento, que já está acontecendo desde ontem (2/10), segue até o fim de semana, e se encerra no dia 8 de outubro. A programação traz uma série de atividades, culminando na tradicional ‘Marcha da Maconha’ no domingo (8), a partir das 14h, na capital goiana.

A ‘Semana pela Legalização’ abarca uma programação diversificada, incluindo rodas de conversa envolvendo mães cujos filhos utilizam medicamentos à base de maconha, além de cine-debates com filmes provocativos sobre as políticas de criminalização. Um destaque na agenda é uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), na qual serão discutidos modelos de regulamentação que foram experimentados em outros países. Além disso, haverá rodas de conversa na Universidade Federal de Goiás (UFG), ampliando o debate sobre a questão.

A Marcha da Maconha, o ápice do evento, terá sua concentração na Praça Universitária, seguindo um trajeto pela Avenida Universitária, Praça Cívica, Avenida Goiás, e encerrando no Beco da Codorna, localizado na Av. Anhanguera, Centro de Goiânia. Durante a marcha, estão programadas apresentações culturais, batalhas de rima e falas de conscientização, proporcionando um espaço para a expressão pacífica das opiniões dos participantes. Toda a programação visa fomentar um diálogo construtivo em meio ao contexto do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da criminalização do uso da maconha no Brasil.

Confira a programação abaixo:

– 03/10 (terça), 15h: Roda de Conversa com as Mães de Cannabis – Casa de Vidro (1ª Avenida, 974, St. Universitário)
 
– 04/10 (quarta), 09h: Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Av. Emival Bueno, Park Lozandes)
 
– 05/10 (quinta), 15h; Roda de conversa com a Psicologia da UFG (miniauditório da Faculdade de Educação da UFG, Praça Universitária)
 
– 05/10 (quinta), 18h30: Encontro aberto com Comite Dom Tomás Balduíno com discussão sobre descriminalização da maconha (IPHAN Goiás, Praça Civica, 210, centro)
 
– 06/10 (sexta), 19h: Edição Especial Batalha do Maranhas (Praça Universitária)
 
– 07/10 (sábado): campeonato de skate, 16h (Praça do Martim Cererê)
 
– 07/10 (sábado), 20h: Encontro Canábico no Bar Shiva (Alameda das Rosas, 1371, Setor Oeste)
 
– 08/10 (domingo), 14h: Marcha da Maconha Goiânia 2023 (Praça Universitária)

 

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Curta Mais cria editoria especial para levar informação sobre Cannabis Medicinal

O uso da cannabis medicinal no Brasil tem se tornado um tema cada vez mais relevante e controverso nos últimos anos. Em 2019, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o acesso a produtos à base de cannabis para fins medicinais, permitindo que pacientes com condições médicas específicas tivessem acesso a essa alternativa terapêutica. Desde então, o debate sobre o uso da cannabis medicinal tem ganhado destaque, enfrentando desafios burocráticos e mitos que cercam o assunto.

Nova editoria no Curta Mais

Para tornar a informação sobre a cannabis medicinal mais acessível ao público de Goiânia e no país, o Guia Curta Mais decidiu dar um passo significativo. Em uma demonstração do interesse com a educação e a divulgação responsável, o Curta Mais criou a editoria ‘’Saúde’’ dedicada exclusivamente a essa temática.

Essa iniciativa visa fornecer aos leitores informações atualizadas e confiáveis sobre a cannabis medicinal, suas aplicações terapêuticas e o cenário regulatório em constante evolução no Brasil. A editoria especial do Curta Mais servirá como uma fonte confiável para aqueles que buscam entender melhor os benefícios e os desafios associados ao uso da cannabis para fins medicinais em nosso país.

cannabis
Medicina canábica já é uma realidade no Brasil

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

Cenário da medicina canábica no Brasil

No Brasil, o uso da cannabis medicinal é permitido mediante prescrição médica. Ela tem sido indicada para tratar uma ampla gama de condições, desde dor crônica até epilepsia e câncer. Pacientes que buscam alívio para suas condições médicas muitas vezes encontram na cannabis medicinal uma esperança de melhora na qualidade de vida.

Embora a regulamentação da ANVISA tenha sido um avanço significativo, o acesso à cannabis medicinal ainda enfrenta desafios. O processo burocrático de importação de produtos à base de cannabis pode ser moroso e caro. Muitos pacientes brasileiros ainda lutam para obter os medicamentos de que precisam, o que levanta questões sobre a acessibilidade e a equidade no sistema de saúde.

Desmistificando Mitos

Cannabis Medicinal não é Maconha Recreativa: um dos mitos mais comuns é que a cannabis medicinal é a mesma coisa que a maconha recreativa. Na verdade, esses são dois usos diferentes da planta. A cannabis medicinal é usada sob supervisão médica para tratar condições médicas, enquanto a maconha recreativa é usada para fins de lazer.

Não Causa Dependência: outro mito é que o uso de cannabis medicinal automaticamente leva à dependência. Embora o potencial para dependência exista, ele é muito menor do que com a maconha recreativa, especialmente quando a cannabis medicinal é usada sob orientação médica.

Efeitos Colaterais Controlados: os produtos à base de cannabis medicinal são cuidadosamente dosados e monitorados por profissionais de saúde. Isso ajuda a minimizar os efeitos colaterais e a garantir que os benefícios superem os riscos.

Perspectivas Futuras

A cannabis medicinal no Brasil ainda está em um estágio inicial, com desafios significativos a serem superados. No entanto, à medida que a conscientização aumenta e mais pesquisas são realizadas, espera-se que o acesso se torne mais fácil e que mais pacientes possam se beneficiar desse tratamento alternativo. Além disso, é fundamental continuar desmistificando os mitos que cercam a cannabis medicinal para promover uma discussão informada sobre seu uso no cenário médico brasileiro.

Cenário em Goiás

Em março deste ano, o Diário Oficial do Estado de Goiás publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

 

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Presidente da OAB Goiás, Rafael Lara, destaca a importância de desmsitificar o uso da cannabis para uso medicinal

Presidente da OAB Goiás, Rafael Lara, destaca a importância de desmistificar o uso da cannabis para uso medicinal

Começou na manhã desta sexta-feira (1/9), o Simpósio de Medicina Canábica no auditório da OAB Goiás. Voltado para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal, o evento tem como tema ‘’Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório no Brasil’’.

Entre as personalidades presentes, estava o presidente da OAB Goiás, Rafael Lara Martins, que falou sobre a importância de debater este tema na atualidade e desmitificar os mitos que envolvem a medicina com uso de cannabis no país.

‘’Este evento é importante para o debate e importante para que as pessoas entendam o que de fato está acontecendo e aprofundar os estudos sobre a medicina canábica. É por isso que a Ordem hoje empresta o seu auditório para a Iquego realizar esses primeiros simpósios sobre a cannabis medicinal em Goiás’’, comentou o presidente.

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Presidente da OAB Goiás, Rafael Lara, presente no Simpósio de Medicina Canábica (Foto: Curta Mais)

O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Hub Curta Mais, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

 

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Iquego é o primeiro laboratório público do Brasil a produzir canabidiol

Goiânia recebe hoje Simpósio gratuito de Medicina Canábica

Nesta sexta-feira (1º), Goiânia será palco do simpósio “Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório” que reunirá especialistas e pesquisadores das áreas jurídica e da saúde. O evento acontece no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. 

O simpósio terá a participação de renomados profissionais e entidades que atuam no segmento da Cannabis Medicinal e abordará os aspectos complexos da utilização terapêutica da planta, bem como o marco regulatório que a cerca.

A programação será voltada para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal.

Temas que serão discutidos no Simpósio Goiano de Medicina Canábica:

Painel I – Marco Legal da Cannabis Medicinal no Brasil; 

Painel II – Perspectivas das Entidades Reguladoras sobre a Cannabis Medicinal; 

Painel III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Produção de Cannabis Medicinal;

Painel IV – Uso da Cannabis Medicinal no Tratamento de Doenças Específicas e casos clínicos;

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O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Hub Curta Mais, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, , Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

 

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Medicina canábica é tema de simpósio gratuito em Goiânia nesta sexta (1º)

Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório será tema de um simpósio gratuito em Goiânia (GO), nesta sexta-feira (1º) de setembro, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. 

O evento traz participação de diversas entidades do segmento e renomadas autoridades do assunto em um dia de imersão ao assunto, das 8 às 17 horas. Ele é gratuito, mas é necessário realizar inscrição no link AQUI

O Simpósio será voltado para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal.

Temas do Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Painel I – Marco Legal da Cannabis Medicinal no Brasil; 

Painel II – Perspectivas das Entidades Reguladoras sobre a Cannabis Medicinal; 

Painel III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Produção de Cannabis Medicinal;

Painel IV – Uso da Cannabis Medicinal no Tratamento de Doenças Específicas e casos clínicos;

O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, Hub Curta Mais, Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

 

SERVIÇO:

Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Data: 1º de setembro de 2023

Horário: 8h às 17h

Local de realização: Auditório OAB – Seção de Goiás, localizado na Rua 1121, n° 200 – Setor Marista

Inscrição gratuita: www.iquego.go.gov.br

 

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Goiás sanciona lei que garante medicamento à base de cannabis pelo SUS

Na última quinta-feira (18), foi sancionada pelo Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), a lei que institui a Política Estadual de Fornecimento Gratuito de Medicamentos Prescritos à Base de Cannabis.

A legislação assegura que o Sistema Único de Saúde (SUS) será responsável por distribuir, gratuitamente, medicamentos à base de planta para tratamento de várias doenças, em Goiás, e entrará em vigor em 90 dias.

O projeto de lei é de autoria do deputado estadual Lincoln Tejota (UB) e foi desenvolvido em parceria com a Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape). Nas redes sociais, o parlamentar comemorou a aprovação da lei e o avanço que representa para a medicina goiana. 

Derivados da planta de cannabis foram cientificamente comprovados para fornecer aos pacientes benefícios no tratamento de uma variedade de condições de saúde. Entre elas, doenças crônicas como esclerose múltipla e fibromialgia. Além de tratar autismo, Alzheimer, TDAH, glaucoma, AIDS, epilepsia, dores crônicas e neuropáticas.

A Cannabis Medicinal tem se tornado realidade no Brasil nos últimos anos, com a permissão da Anvisa para importação do CBD nos casos de prescrição médica para o tratamento de epilepsias refratárias às terapias convencionais. Estados como Distrito Federal e São Paulo possuem leis semelhantes à que foi aprovada em Goiás.

 

 

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Iquego é o primeiro laboratório público do Brasil a produzir canabidiol

Em Março, o Diário Oficial publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

Segundo Diony Melo, médico especialista em cannabis medicinal, o intuito é fazer com que a população do estado de Goiás e dos outros órgãos públicos, seja de esfera estadual, municipal ou federal, possam ter os medicamentos à base de canabidiol via SUS.

“Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação”, destaca o médico.

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

A Iquego, com mais de seis décadas de história, e por se tratar de uma estatal que possui como principal acionista o Governo de Goiás, tem como finalidade produzir e comercializar medicamentos e produtos para a saúde atendendo demandas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde estaduais e municipais.

A Iquego vai cumprir o seu papel, regulando o mercado e o acesso aos produtos via Sistema Único de Saúde (SUS), ofertando por valores mais competitivos e acessíveis. 

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Hospitais e postos de saúde de Goiás vão distribuir gratuitamente medicamento à base de Canadibiol

Na última terça-feira (14), o Diário Oficial do Estado de Goiás publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+, que comercializa os medicamentos no Brasil e tem uma oferta variada de combinações de canabinóides raros em suas formulações. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

Segundo Diony Melo, médico especialista em cannabis medicinal, o intuito é fazer com que a população do estado de Goiás e dos outros órgãos públicos, seja de esfera estadual, municipal ou federal, possam ter os medicamentos à base de canabidiol via SUS.

“Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação”, destaca o médico.

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

 

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Medicamento à base de Cannabis será vendido via Delivery no Brasil

A farmacêutica brasileira GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities, começou esta semana a vender medicamento de cannabis medicinal no varejo por meio de delivery.

Com autorização sanitária obtida junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permitiu a empresa ter localmente estoque desses itens, a companhia consegue encurtar de 30 dias para 48 horas o prazo de entrega do medicamento ao paciente. Antes de obter essa autorização, a importação era feita diretamente pelos pacientes e demorava cerca de um mês até ser finalizada.

“Em 70% do território nacional, vamos conseguir retirar a receita azul (controlada) na casa do cliente em 24 horas após o pedido telefônico e retornamos com o produto no local depois de 24 horas”, explica Fábio Furtado, sócio e diretor comercial da empresa. Ele ressalta que se trata do primeiro delivery de medicamentos à base cannabis do Brasil, um modelo já usado em outros países.

Com a estratégia do delivery, feita por meio de call center dedicado, a expectativa da companhia é ampliar em 40% a base de clientes no prazo de um ano, prevê Martim Prado Mattos, presidente da farmacêutica e controlador do fundo. Hoje a empresa atende 20 mil pacientes.

Mudança

Quando a farmacêutica começou a desenhar o projeto de venda no varejo, chegou a cogitar a possibilidade de comercializar o produto no balcão da farmácia. No entanto, esse caminho está descartado no momento. Mattos diz que pesaram para a mudança de estratégia alguns fatores, como o relacionamento que a empresa já mantém com os clientes, muitos deles idosos e com dificuldade de ir até às farmácias. Também com a pandemia, muitos médicos começaram atender remotamente pacientes de outros Estados. “Percebemos a necessidade do cliente receber o produto dentro de casa.”

Outro ponto que influenciou a decisão foi que, com o delivery, é possível manter a fidelidade da clientela. “Hoje já temos milhares de pacientes que se relacionam com os nossos canais de vendas e não há por que, neste momento, expô-los junto à concorrência no balcão da farmácia”, diz Mattos.

O primeiro produto que começou a ser vendido por meio de delivery é o extrato de cannabis. A companhia planeja disponibilizar duas outras formulações para o varejo em outubro e dezembro. A expectativa é de ter seis novos produtos à base de cannabis no ano que vem. As entregas serão feitas por uma empresa terceirizada, especializada em logística hospitalar, e o frete será gratuito. No modelo atual, onde o cliente importa diretamente, há o custo de frete. 

 

*Agência Estado

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Pesquisa mostra que o uso do Canabidiol reduz tumor cerebral altamente agressivo

O canabidiol (CBD), um dos princípios ativos da maconha, diminuiu o tamanho do glioblastoma, um tumor cerebral altamente agressivo e letal, em ratos. Os pesquisadores também observaram que, após inalarem a substância, as cobaias apresentaram redução de substâncias essenciais para o crescimento da doença. Detalhes da pesquisa foram apresentados na revista especializada Cannabis and Cannabinoid Research.

Usando células de glioblastoma modificadas de humanos, os especialistas criaram o que é chamado de glioblastoma ortotópico, o modelo mais realista possível para o tumor. No oitavo dia, o câncer se estabeleceu de forma agressiva no cérebro dos camundongos. E, no dia seguinte, a equipe deu início ao tratamento, com doses diárias de CBD inalado. Alguns animais receberam um placebo, e o experimento durou sete dias.

Ao avaliar as imagens do tumor, os pesquisadores notaram uma expressiva diminuição do tamanho da doença nos ratos que ingeriram o CBD, o que não foi visto no grupo placebo. “Vimos uma redução significativa no tamanho do tumor e também no microambiente tumoral estabelecido pelas células cancerosas, o que inclui vasos sanguíneos e fatores de crescimento diversos que fazem com que ele se espalhe”, explica, em comunicado, Babak Baban, imunologista da Augusta University, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.

cientistas
Rutkowski (E) e Baban testam a substância contra o glioblastoma – (crédito: Michael Holahan, Augusta University)

 

Uso combinado

O tratamento para o glioblastoma atualmente inclui cirurgia, seguida de quimioterapia e radioterapia, mas os resultados não são altamente satisfatórios. “O que temos não está funcionando muito bem. Os familiares trazem os pacientes e dizem que eles simplesmente não estão pensando direito, que a memória está desordenada ou que foram demitidos do emprego porque não estão mais fazendo as coisas que faziam há 30 anos”, conta Baban.

Um dos planos dos especialistas, caso o efeito da droga se repita em outras análises laboratoriais, é usar o CBD em conjunto com as abordagens disponíveis, como a cirurgia. “Estamos animados com a redução do tumor e acreditamos que o canabidiol poderá ser explorado como uma ferramenta auxiliar durante o tratamento”, ressalta Baban.

 

*Fonte Correio Braziliense

Imagem: Reprodução / Ilustrativa

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Anvisa aprova nova medicação à base de Cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (17) uma resolução que autoriza a comercialização de mais um produto medicinal à base de Cannabis no país. O novo produto aprovado é o Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed 200 mg/ml. Segundo o órgão, ele é obtido a partir do extrato vegetal da Cannabis sativa, a partir de um conjunto de substâncias da planta.

O produto, de acordo com a Anvisa, é fabricado na Suíça e será importado e distribuído no Brasil como produto acabado pronto para uso. Ele estará disponível sob a forma de solução em gotas, contendo 50 mg/mL de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). O THC é o princípio ativo priscotrópico da planta. O medicamento será comercializado em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul).

“O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais canabinoides e taninos. Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS)”, destacou a Anvisa.

No total, há nove produtos à base de Cannabis aprovados pela Anvisa e que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias. De acordo com a Anvisa, são produtos fabricados por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

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Estudo brasileiro avalia o uso da cannabis para tratamento contra a Covid-19

Um estudo feito por cientistas brasileiros envolvendo o canabidiol (CBD)  medicinal chegou à fase 3 (testes em seres humanos). O objetivo da pesquisa é usar a substância no tratamento da síndrome pós-covid-19, que é quando os sintomas da doença persistem por 60 dias ou mais.

 

Os especialistas acreditam que o CDB, um dos princípios ativos da Cannabis sativa (maconha), seja eficaz na redução de problemas relatados pelos pacientes. Muitos deles reclamam de sintomas que incluem fadiga, fraqueza muscular, insônia, dores de cabeça e problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

 

“Estudos internacionais já demonstraram o efeito anti-inflamatório do CBD, que pode ajudar a controlar essa ‘tempestade de citoquinas’, diz o cardiologista Edimar Bocchi, do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

 

Edimar será o coordenador da nova pesquisa em parceria com a empresa canadense Verdemed, produtora do CBD medicinal. Ele afirma que a síndrome pós-covid leva a um comprometimento importante da qualidade de vida, pois são sintomas que podem persistir por mais de três meses.

 

A empresa Verdemed já protocolou na Anvisa o pedido de registro do produto CBD para poder vendê-lo no Brasil e espera conseguir a liberação para o início de 2022. 

 

Fonte: O Estado de São Paulo.

Estudo investiga se componentes da maconha podem proteger contra o coronavírus

Cientistas canadenses estão estudando as variedades medicinais da Cannabis contra a covid-19. A lista de medicamentos promissores aumentam entre os cientistas que avançam na busca por tratamentos em meio à pandemia.

Além de outros medicamentos já anunciados, agora no Canadá, os cientistas falam sobre princípios ativos da maconha que também podem ter um efeito análogo ao da nicotina, elevando a proteção de células contra o coronavírus. Igor Kovalchuck, professor de ciências biológicas da Universidade de Lethbridge e sua equipe sugerem que alguns componentes químicos de uma variedade especialmente desenvolvida de cannabis reduziriam a capacidade do vírus de chegar até as células pulmonares, onde se instala, reproduz e propaga. Os resultados fazem parte de uma pesquisa sobre tratamentos para a artrite, a doença de Crohn, e o câncer.

“Vai demorar para descobrirmos qual ativo é responsável pela redução — podem ser vários”, disse Kovalchuk. Mesmo assim, eles têm focado nas propriedades anti-inflamatórias do Canabidiol, que é comumente utilizado em remédios. 

A teoria ainda não foi testada em pessoas e todo o estudo foi feito usando um modelo 3D de tecidos humanos. O estudo ainda precisa ser avaliado por outros cientistas. 

Imagem: Pixabay/Reprodução