Primeiramente, é bom destacar que este Ranking é relativo. Os melhores filmes do ano, podem não ter sido os melhores filmes para o espectador. Tudo depende. O fato é que a crise na indústria cinematográfica causada pela pandemia ainda não chegou ao fim, mas 2021 já teve uma quantidade bem maior de lançamentos do que no ano anterior.
O avanço da vacinação e a queda do número de infectados, a reabertura dos cinemas, as estreias atrasadas que finalmente saíram e a possibilidade de lançamento direto em serviços de streaming, contribuíram para agitar novamente esse mercado, para cinéfilo nenhum botar defeito.
Abaixo, fizemos um ranking dos 10 melhores filmes lançados este ano, nas telonas e nas telinhas dos streamings. Confira (em ordem decrescente):
10 – O Esquadrão Suicida
A redenção da DC nos cinemas veio pelas mãos do diretor James Gunn, que amenizou o fracasso que foi o seu antecessor, lançado em 2016. No filme, a ironia e o humor de constragimento são entregues de forma muita satisfatória e praticamente garantiu a continuidade da franquia e seus protagonistas: o Pacificador, por exemplo, já ganhará uma minissérie que estreia em Janeiro na HBO Max.
9 – Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Os filmes de super-herói podem ficar saturados em todos os níveis, mas de uma coisa não tem como fugir: enquanto houver criatividade nas histórias e na forma como elas são contadas, eles estarão por aí. E Homem-Aranha: Sem Volta para Casa entrega justamente isso — algo que todo mundo já estava esperando, mas de uma maneira criativa e divertida. A trilogia com Tom Holland no papel principal é facilmente a mais grandiosa que o Aranha já teve no cinema, a menos turbulenta e a mais rica em possibilidades, claro, por estar integrada no Universo Cinemático da Marvel.
8 – Ataque dos Cães
O filme original Netflix é um faroeste que pode ser desafiador para parte do público devido ao ritmo mais cadenciado. A atenção da cineasta Jane Campion fica mais nos personagens do que nas ferramentas que fariam a história andar de forma mais acelerada. As atuações, porém, conseguem prender toda a atenção necessária e o roteiro, bem escrito e sem “mirabolâncias”, amarra tudo.
7 – 007 – Sem Tempo para Morrer
No último filme de Daniel Craig, Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Seu período de paz é curto, pois seu velho amigo da CIA, Felix Leiter, aparece pedindo ajuda. A missão de resgatar um cientista raptado pode ser mais traiçoeira do que o esperado, levando Bond para a trilha de um misterioso vilão armado com uma nova tecnologia perigosa.
6 – Tick, Tick… BOOM!
O filme marca a estreia na direção de Lin-Manuel Miranda, a mente por trás de musicais como Hamilton e In the Heights, e é inspirado na trágica história real de Jonathan Larson, o criador de Rent – um dos maiores sucessos da Broadway. Após completa 30 anos, Larson (Garfield) se vê atormentado por não conseguir emplacar um musical de sucesso, pelo peso do cotidiano, e por vários de seus amigos sofrendo com a crise da Aids, o que lhe dá uma sensação de tempo acabando. Andrew Garfield conquista com muito carisma e uma habilidade impressionante no canto e na dança, mas também tira de letra toda a carga dramática que pede essa história real.
5 – Marighella
Primeiro trabalho de Wagner Moura como diretor, Marighella é um grande filme de ação e um ótimo retrato de um dos períodos históricos mais tenebrosos da história do Brasil, a Ditadura Militar. Wagner coloca Carlos Marighella (Seu Jorge) como inimigo número um do Regime e mostra como a luta contra a repressão tem que passar certos limites para conseguir, de fato, mudanças significativas. A centralização da resistência em Marighella e da repressão em Lúcio (Bruno Gagliasso) talvez diminua o peso do que realmente foi a Ditadura, mas isso não compromete a experiência de assistir a um bom filme.
4 – Raya e o Último Dragão
Raya e o Último Dragão é o 59º longa-metragem do Walt Disney Animation Studios. Raya é a 13ª princesa oficial da Disney, interpretada por Kelly Marie Tran. No filme, Raya busca um dragão chamado Sisu, na esperança de encontrar os pedaços do Orbe do Dragão. Somente com o Orb pode Raya restaurar seu pai e incontáveis outros que foram transformados em pedra. Originalmente programado para ser lançado em novembro de 2020, Raya foi um dos muitos filmes adiados por causa da pandemia de saúde global. Após a live-action de Mulan, Raya foi o segundo filme a ir direto para o Disney Plus por uma taxa especial. Don Hall dirigiu Raya como seu quarto longa de animação para a Disney, acompanhado por Carlos Lopez Estrada em sua primeira transição da ação ao vivo para a animação.
3 – Minari: Em Busca da Felicidade
Filme indicado ao Oscar que só chegou ao Brasil em 2021 também discute conexão e empatia, dessa vez sob a ótica de uma família de imigrantes sul-coreanos no interior dos Estados Unidos da década de 1980. Minari é uma obra bastante poderosa, tanto pelas atuações incríveis quanto pela direção poética de Lee Isaac Chung – que, por sinal, escreveu o roteiro com base na história de sua própria família de imigrantes sul-coreanos.
O filme está disponível no Amazon Prime Video.
2 – Liga da Justiça de Zack Snyder
Era um filme cujo lançamento estava em questão, e até sua existência também. Depois que a Warner Bros. lançou uma versão da Liga da Justiça em 2017, completa com muitas reescritas e cenas de Joss Whedon, os fãs começaram a exigir a versão real do filme. Muitos debateram se Zack Snyder tinha filmado todo o seu filme, enquanto o próprio Snyder insistia que sim. Um movimento que durou cerca de dois anos e meio finalmente deu a Snyder a chance de terminar sua visão. Snyder é muito grato aos fãs e condena qualquer fandom tóxico, ao mesmo tempo que agradece aos fãs que arrecadaram dinheiro para a conscientização sobre o suicídio.
A Liga da Justiça de Zack Snyder não foi um corte de mero diretor. Era um filme tão diferente quanto poderia ser da versão de Whedon. O filme é duas vezes mais longo, tem muito mais desenvolvimento de personagem e trata os personagens com muito mais respeito. Também restaura três personagens de cor removidos do corte teatral; Iris West, Elinore Stone e Ryan Choi. Talvez a mudança mais notável do filme seja o papel amplamente expandido de Ray Fisher como Cyborg, que Zack Snyder chamou de “o coração” de seu filme.
1 – Duna
Finalmente os fãs de ficção científica foram contemplados com uma adaptação de Duna que fizesse jus à obra de Frank Herbert. O filme de Denis Villeneuve (Blade Runner 2049) conta o começo da aventura da família Atreides no planeta Arrakis e apresenta os grandes protagonistas desta saga. Alguns desavisados podem achar que o filme repete fórmulas batidas e clichês do gênero de aventura, mas é aí que está o diferencial desta obra: foi Duna quem criou todos esses elementos, ainda na década de 1960.
O filme está disponível no HBO Max.
*Fontes TMDQA, Legião dos Heróis e Geeksination
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