Cidade de Goiás será palco para projeto de Arte no Cerrado

A cidade de Goiás recebe, entre os dias 18 e 20 de março, o projeto “Cerratense – Arte no Cerrado”, que será transmitido pelo Youtube. O projeto conta com a realização do Instituto Bertran Fleury, com recursos do Fundo de Arte e Cultura de Goiás.

Na abertura do projeto Cerratense, na sexta-feira, às 19h, será realizada uma mesa-redonda, uma exposição virtual guiada e um bate-papo sobre arte e o tema do evento. “Cerrado: Bioma e Arte” é o mote das narrações e conversas entre os participantes da mesa, que contará com a participação de todos os pensadores convidados para a série de eventos.

As tardes de sábado e domingo serão preenchidas com a oficina de escultura ministrada pelo artista convidado, Helder Antônio, que terão início, em ambos os dias, às 16h30. Dividida em duas partes, as aulas de artes plásticas serão destinadas ao público infanto-juvenil.

Além da exposição virtual das obras de Elder Rocha Lima, que remete à história das artes visuais goianas e à importância desse artista, um outro talento goiano, com mais de três décadas de trabalho visual, também terá sua obra à disposição do grande público. No sábado, às 18 horas, é a vez da “Exposição Natureza e seus Bichos”, que irá apresentar a obra do escultor Helder Antônio.

O domingo, último dia do projeto “Cerratense – Arte no Cerrado”, será dedicado ao teatro e à apresentação dos espaços de fruição disponíveis ao público no Instituto Bertran Fleury, na Cidade de Goiás. A tarde começa com o segundo dia da oficina de Helder Antônio. Na sequência, às 18 horas, acontece a transmissão do espetáculo Mundo Cerrado, que tem a direção do teatrólogo Danilo Alencar.

E, às 19h, para encerrar os trabalhos dedicados à arte, à educação e ao meio ambiente propostos por este projeto, acontece o lançamento de um vídeo documental do Instituto IBF. A apresentação dessa obra audiovisual fica à cargo de sua presidente, Maria das Graças Fleury Curado.

7 casas do AirbnB na Chapada dos Veadeiros para contemplar o cerrado com o ‘crush’

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, com uma área de 2,036.448km², que representa  cerca de 23,9% do território brasileiro. Considerado a savana mais rica do mundo  abriga 11,6 mil espécies de plantas nativas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 180 de répteis, 150 de anfíbios e 1200 espécies de peixes. A região  possui grandes reservas subterrâneas de água doce que abastecem oito importantes bacias hidrográficas, incluindo as três maiores bacias do continente. Esse potencial aquífero tem uma importância estratégica para o abastecimento e manutenção das cidades. Além da sua importância biológica, o cerrado é extremamente bonito e tem a marca da resistência  por conseguir projetar uma linda flora no meio da aridez do clima e do solo.

 

A visitação às unidades de conservação é uma das estratégias mais importantes de sensibilização da sociedade a respeito da importância da conservação do Cerrado. Só em 2019, as UCs federais desse bioma receberam cerca de 798 mil visitantes, de acordo com o ICMBio.  As cinco unidades mais visitadas foram o Parque Nacional de Brasília, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Parque Nacional da Serra da Canastra, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional da Serra do Cipó. 

 

Para você que deseja visitar e conhecer o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros para contemplar e conhecer essa região maravilhosa, preparamos uma lista com 7 casas do AirbnB que te proporcionam grande interação com a natureza. Confira:

 

Casa Balão

Casa

Uma casa que exala criatividade ao replicar a experiência de dormir em uma casa as alturas de um vôo. Do lado de fora do apartamento há uma varanda onde você pode curtir o vento e a brisa desse vôo mágico. O local tem capacidade para acomodar duas pessoas, ideal para casais. O prédio tem dois andares, sendo o espaço alugado (flat) no último andar, garantindo uma vista linda para os vales. Importante: o acesso é feito por uma escada de ferro, com cerca de 3 níveis. Nas redondezas dá para fazer trilhas e pedalar, sendo uma acomodação para quem quer desconectar do mundo urbano e estar em contato com a natureza.

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Casa Suíça Chalé de charme

Casa

 

Casa estilo europeu construída com muitas pedras, madeira e vidros, localizada a apenas 900m do centro comercial da cidade, onde se encontram restaurantes, bares, padarias, supermercados, farmácias e lojas. Totalmente térrea, espaçosa e aconchegante. Garagem coberta para 1 carro, cozinha bem equipada, lavanderia coberta, jardim na frente e nos fundos.Os dois quartos tem camas reversíveis entre casal ou solteiro. O sofá cama acomoda confortavelmente o hóspede adicional

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Casa linda vista

Casa

Casa muito aconchegante e  com uma vista exuberante para as montanhas da Chapada dos Veadeiros. Ideal para aquelas pessoas que buscam comodidade, tranquilidade e ao mesmo tempo praticidade. O lugar perfeito para quem quer passear na Chapada durante o dia! A casa (60m2) fica num bairro tranquilo, em meio ao cerrado, porém a apenas 3 minutos de carro da Avenida principal da cidade.

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Casa Rota Das Araras

Casa

A casa rota das araras foi feita à mão pelo anfitrião e colaboradores, com tijolo de adobe e outras técnicas de bio construção. A casa tem um quintal amplo e é bem privativa para contemplar os que gostam desse sossego e contato com a natureza. 

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Chalé Samasati – Oásis de paz- Nirvana Houses

Chalé

O chalé está localizado dentro do condomínio Samasati, que é um condominio aberto onde estão localizadas 30 casas. Ao entrar uma cozinha americana, com sofá cama na sala, uma linda varanda com mesa e cadeiras, e uma suíte de casal. Situada no topo do morro, em um local maravilhosamente tranquilo, com vistas para montanhas e mata agro florestada, plantada há 8 anos. São mais de 80 espécies frutíferas, frutas do cerrado, madeiras de lei, e uma área com 200 arvores de Lichia.

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Terra Booma

Terra

Chalé de casal com cama Queen-size. Cozinha e banheiros compartilhados entre 06 chalés. Com rios e quedas d’água a menos de 1km dos chalés e com mais de 5 hectares de cultivo agroflorestal, quem se hospeda na Terra Booma já garante a visita neste belo atrativo turístico, cercado de montanhas e paisagens cinematográficas.

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Araras Casa na Árvore

Araras

A casa na árvore mais alta do Brasil! Em meio a maravilhosa floresta/ cerrado, com a mais magnífica vista!! Essa árvore comporta 2 pessoas e o valor listado é para 2 pessoas, por noite.

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Conheça o outro bioma existente em Goiás

O território de Goiás está situado predominantemente na faixa do bioma cerrado, o segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, depois da Amazônia, e que concentra 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. Porém, o que poucas pessoas sabem é que no sul do estado também é possível encontrar pequenas faixas de Mata Atlântica. 

Com árvores baixas esparsas e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pêlos e raízes muito profundas, o cerrado originalmente, cobria em torno de 70% do território goiano. Sua flora e fauna são consideradas uma das mais ricas savanas do mundo, e estima-se que entre 4.000 e 7.000 espécies habitam esta região. Em Goiás, encontram-se lobos-guará, emas, seriemas, gaviões, urubus-reis, répteis, raposas, cachorros-do-mato e muitas outras espécies de animais típicos do cerrado. 

Devido a sua vegetação campestre e savanica, com árvores e arbustos esparsos, o cerrado se caracteriza como propício à criação extensiva do gado, por ser uma vegetação de campos naturais. Tal fator contribui diretamente para a projeção do Estado de Goiás no cenário agropecuário do Brasil. Porém, a flora e a fauna goianas têm sido ameaçadas por esta atividade econômica. Um dos problemas mais graves do Cerrado é justamente a substituição da vegetação original por cultivos agrícolas e pastos.

Apesar de predominar no estado o bioma Cerrado, na região sul de Goiás também são encontradas pequenas faixas do bioma Mata Atlântica, principalmente nas margens dos rios e nas serras. Na divisa com o estado do Mato Grosso, a oeste, existe uma pequena área de floresta tropical, vegetação classificada dentro do bioma Mata Atlântica. Sendo assim, podemos perceber no estado de Goiás a presença de  das seguintes vegetações:

  • Floresta Estacional Decidual;

  • Floresta Estacional Semidecidual;

  • Cerrado (savana)

A Floresta Estacional Decidual é também chamada de Floresta Estacional Caducidófila, e trata-se de um tipo de vegetação presente no bioma Mata Atlântica, e em algumas áreas do  Cerrado. Esse ecossistema é caracterizado por duas estações, uma seca e outra chuvosa, aspecto típico das regiões centrais do Brasil, a primeira mais prolongada, ao contrário da floresta tropical que não mantém estação seca.

A floresta estacional semidecidual é típica do Brasil Central e conta com uma estação com chuvas intensas de verão, seguidas por um período de estiagem. Esse ecossistema é constituído por plantas lenhosas com gemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos ou pêlos), tendo folhas adultas adaptadas a longos períodos de seca, e decíduas. O grau de decidualidade, ou seja, a perda das folhas depende da intensidade e duração das temperaturas mínimas e máximas, e da condição do balanço hídrico.

Agora são 7: Conheça o mais novo bioma brasileiro

O mar quando quebra na praia é bonito, mas além de sua exuberância, ele também é riquíssimo em biodiversidade e por conta disso, em 2019 foi categorizado como um bioma exclusivo do Brasil: o Sistema Costeiro-Marinho. A partir de agora ele se junta aos outros seis biomas tupiniquins: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. 

Dos mangues do litoral amazônico às águas profundas e para além da plataforma continental, o sistema Costeiro-Marinho brasileiro tem uma variada biodiversidade distribuída por uma série de ecossistemas diferentes entre si, e não era acostumado a ser encarado como um bioma tal qual a Amazônia, Cerrado ou Caatinga. 

Mas, tanto por uma necessidade política de conversação quanto de categorização desse ambiente, isso mudou. O Sistema Costeiro-Marinho foi utilizado pelo IBGE para se referir a essa região no mapa de biomas publicado em 2019. 

Agora veja só, se considerado todo o território marítimo brasileiro, que extrapola a metodologia usada pelo IBGE, a área tem cerca de 4,5 milhões de km², o equivalente a mais da metade do território terrestre do Brasil.

Além disso, o sistema também inclui áreas no continente. São quase 195 mil km² de manguezais, restingas, praias arenosas, estuários, costões rochosos, entre outros ecossistemas que se sobrepõem a outros biomas, área maior que a do Pampa inteiro. Um manguezal em Alagoas, por exemplo, faz parte da Mata Atlântica e do sistema Costeiro-Marinho.

Os mangues, aliás, ilustram bem a necessidade do reconhecimento do novo bioma. “Faz total sentido ter esse bioma Marinho Costeiro. O manguezal, por exemplo, ficava num buraco. A Lei da Mata Atlântica garantia a conservação do ecossistema, mas a gente caía num probleminha, porque o manguezal também está na Caatinga e na costa amazônica”, diz Clemente Coelho Junior, professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE).

Por outro lado, é inegável que esse seja apenas um recorte do sistema Costeiro-Marinho, que envolve áreas bastante distintas. “O ambiente costeiro-marinho é enorme, rico, diverso e tem uma interface absurda com a parte terrestre”, afirma Otto Gadig, professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em São Vicente, litoral de São Paulo.

O Sistema Costeiro-Marinho é berço de espécies raras e muito importantes para o meio ambiente. É nele que moram tartarugas, algas, baleias e tubarões, que garantem o ciclo de vida e a biodiversidade do mundo. 

De lá para cá, houve melhoras na proteção do bioma Costeiro-Marinho como um todo. No início da década, apenas 1,5% do território marítimo brasileiro era protegido. Hoje, esse percentual aumentou para 26,3%, muito por conta de dois grandes mosaicos de preservação ao redor das ilhas de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz.

Isso não significa que seja possível baixar a guarda. O derramamento de óleo no litoral Nordeste do Brasil em 2019, um episódio ainda em investigação, é um exemplo das ameaças constantes sobre esse bioma ainda não tão conhecido como tal.

Para piorar, o Brasil assiste a um verdadeiro desmonte da sua legislação ambiental. No Espírito Santo, onde os mares quentes do norte e frios do sul se encontram para uma explosão de vida, há projetos de construção de portos praticamente a cada 30 km e não há estudos suficientes para avaliar o impacto das mudanças que esses empreendimentos podem causar.

Por enquanto, o mar continua bonito quando quebra na praia. Mas é preciso ter cuidado para que isto não vire apenas uma lembrança saudosa em uma música antiga.

Pesquisa da UFG oferece alternativas de amidos produzidos com três plantas do cerrado

A pesquisadora Juliana Aparecida Bento do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG),  orientada pelo professor Manoel Soares Soares Júnior, pesquisou em seu mestrado três plantas do Cerrado que podem ser alternativas para a indústria de alimentos: a batata de teiú, o algodãozinho do campo e o lírio do brejo. 

 

O objetivo do trabalho é pensar novos tipos de amido que possam baratear custos para a indústria de alimentos, criar alternativas mais saudáveis e ainda aproveitar melhor as diversas plantas do bioma Cerrado.  

 

Segundo Juliana, a batata de teiú e o algodãozinho do campo são plantas típicas do Cerrado. Já o lírio do brejo é uma planta invasora que se deu bem em nosso Bioma, sendo de fácil cultivo também. Em seus estudos as três espécies tiveram bom rendimento (20 a 22%) em comparação com amidos já utilizados como mandioca, batata e milho. 

 

Algumas características podem tornar um amido mais ou menos interessante para a indústria como a solubilidade, a tendência baixa a retrogradação (que é o amido voltar ao estado de não solúvel após um tempo), a quantidade de amilopectina (que torna o amido resistente funcionando como as fibras no intestino e tornando o produto mais saudável) e a temperatura de solubilização (quanto mais alta, menor a chance do “mingau” desandar, ou seja, voltar ao estado líquido de antes da gelatinização). A partir disso ela caracterizou as três plantas em seus estudos.

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Lírio do Brejo

O lírio do brejo tem um alto teor de amilose (59%). Isso faz com que seja um amido resistente, funcionando como uma fibra alimentar. Como ele tem uma tendência a retrogradação (tende a voltar ao estado anterior a solubilização), característica que dificulta o uso na indústria, foi testado um processamento físico com ultrassom, resolvendo a tendência e o tornando mais apto à sua utilização.

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 batata de teiú

A farinha da batata de teiú tem um conteúdo de proteína razoável (8,3%) embora pequeno se comparado por exemplo ao feijão (20%), também tem bastante fibra insolúvel e fibras totais (22%). Ela tem alta solubilidade, o que é apreciado na indústria alimentícia, porém possui alguns fatores antinutricionais como o nitrato. “Já existem artigos contestando esse efeito antinutricional e apontando-o como algo saudável, mas ainda é um assunto controverso”, ressalta Juliana. A batata de teiú também tem alta temperatura de solubilização (80ºC) e baixa retrogradação.

 Já o algodãozinho do campo tem alto teor de amilose (35%), embora menor que o lírio do brejo, alta temperatura de gelatinização (74ºC) e baixa solubilidade, também tem baixa retrogradação. 

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algodãozinho do brejo 

Comportamento dos amidos –  O amido é um carboidrato, um açúcar que ao ser ingerido vira glicose que dá energia. Ele é formado por dois tipos de componentes: amilose e amilopectina. O que diferencia uma do outra é o tamanho e a quantidade de ramificação das moléculas. A amilopectina é uma molécula grande e a amilose é menor e mais organizada (linear). Dependendo da organização dessas moléculas no grânulo do amido, as propriedades dele mudam, ou seja, a capacidade de absorção de água desse material ou a temperatura de gelatinização podem ser mais altas ou mais baixas. 

 

Segundo Juliana, essas características são importantes na indústria de alimentos, tornando-os próprios para determinados produtos ou não. “Um iogurte grego, por exemplo, leva amido e não é interessante que se crie uma camada de água em cima do iogurte”. A formação dessa camada de água é resultado de uma reação natural do amido que tenta retornar a sua organização original, o que acarreta na liberação de água na superfície do produto (gel). Portanto, encontrar um amido ideal pode facilitar a produção deste alimento (e outros), o que explica a importância de cientistas buscarem novas alternativas. No caso de Juliana, a tentativa foi encontrar novas alternativas valorizando o bioma do Cerrado e o que ele pode oferecer. 

Instituto brasileiro lança portal online sobre o Cerrado com fotos incríveis

Na última sexta-feira, o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), uma organização da sociedade civil, lançou o portal Cerrado Vivo, que reúne informações sobre o segundo maior bioma do país, atrás apenas da Amazônia, e um dos que seguem mais ameaçados no planeta. 

Conhecido também como a savana brasileira, ou floresta invertida, por causa das raízes profundas, o nosso cerrado é composto principalmente por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas.

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Presente em Goiás, Minas Gerais, no Mato Grosso, na Bahia, no Mato Grosso do Sul, no Tocantins, no Distrito Federal, na Bahia, no Maranhão e no Piauí. Nosso bioma abrange 204 milhões de hectares (cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados). Isso significa, quase um quarto de toda a extensão territorial do Brasil. Tá aí o porquê do segundo maior bioma.

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Para se ter uma ideia, só nossa flora possui mais de 12,3 mil espécies de plantas, sendo 4,4 mil endêmicas, ou seja, exclusivas dessa região. É o caso do pequi, pau-terra, barbatimão, capim dourado, arnica do cerrado e da canela-de-ema.

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Enquanto isso, a fauna abriga cerca de 30% de toda a diversidade brasileira. São mais de 850 espécies de aves, 251 de mamíferos, 800 de peixes, 820 de abelhas, mais de 1 mil espécies de borboletas, 300 de formigas, 10 de mariposas, 158 espécies de serpentes e 209 de anfíbios.

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Além da biodiversidade, nosso cerrado abriga diversos povos e comunidades tradicionais, que incluem quilombolas, indígenas, agricultores familiares, com uma rica tradição de convivência sustentável com a natureza. 

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Depois de toda essa exposição, fica claro o porquê da necessidade da plataforma Cerrado Vivo. O ISPN explicou que o site pretende ser fonte de apresentação do bioma para as pessoas que ainda não conhecem suas riquezas e ainda tem uma versão em inglês para contemplar o público estrangeiro.

E a plataforma não para por aí, o acervo de fotos é o seu grande diferencial. O portal conta também com infográficos, elaborados para explicar características botânicas, a fauna, as comunidades tradicionais, estoque de carbono e as principais ameaças, principalmente a conversão da mata original em pastagens e áreas agrícolas para sustentar a pecuária e a monocultura.

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Imagens: Reproduzidas da Internet | Créditos: Cerrado Vivo

Conheça o projeto internacional idealizado para proteger o Cerrado

O bioma Cerrado cobre a maior parte do Brasil central, e também pequenas áreas no Paraguai e na Bolívia, e é de extrema importância devido ao seu potencial aquífero, essencial para consumo humano, agricultura, indústria e energia hidrelétrica. No entanto, a pressão pela produção de commodities fez com que o Cerrado se tornasse uma das maiores frentes de desmatamento do mundo. Por isso, a União Europeia se juntou a organizações não governamentais do Brasil e do Paraguai para fortalecer a conservação do Cerrado, e criou o projeto Cerrado Resiliente, ou Ceres, em alusão a deusa grega da fertilidade.

O projeto de dimensões transnacionais visa valorizar um modelo econômico mais sustentável integrando as populações locais, e para isso vai procurar encontrar, testar e alavancar soluções de convívio entre diferentes modelos e escalas dentro da paisagem na qual se inserem e que possam ser replicadas em outras savanas ao redor do mundo. O Cerrado abriga 5% da biodiversidade do planeta, sendo a savana mais biodiversa do mundo, e fornece conectividade com os principais biomas da América do Sul. 

O ponto de partida do Ceres é um olhar abrangente, que vai além das grandes plantações de soja, milho e algodão e inclui modos de produção e populações que hoje têm pouca visibilidade, apoio técnico e proteção de políticas públicas. O projeto tem duração prevista de quatro anos e foi estruturado nos eixos de agricultura sustentável e sistemas alimentares de baixo carbono; conservação por meio do uso sustentável da sociobiodiversidade e do fortalecimento das áreas protegidas; e fortalecimento de políticas públicas e privadas e práticas de segurança hídrica e alimentar, manejo sustentável da paisagem e redução da conversão de ecossistemas.

“Na prática, o Ceres será um grande laboratório socioambiental, identificando e testando soluções com potencial de serem disseminadas para outras localidades além daquelas onde incidiremos diretamente”, explica Carolina Siqueira, Coordenadora de Conservação do WWF-Brasil.

O Ceres também visa apoiar a redução do desmatamento no Cerrado, o que significa que também haverá diálogo com produtores de maior escala para soluções mais sustentáveis para a ampliação de área produtiva, no intuito de reduzir a pressão por mais conversão de vegetação nativa.

Fonte: Ciclo Vivo

Pesquisadores descobrem que pequi de Goiás pode não ser o melhor do país

O Pequi (fruto do segundo maior bioma do Brasil), possui 16 espécies, sendo 12 delas encontradas no território brasileiro: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Mas é aqui em Goiás que ele se tornou memoroso e essencial na culinária do Centro Oeste. E um bom goiano que se preze, comedor de Pequi diria até que o ‘famosinho’ deveria se tornar patrimônio gastronômico da humanidade.

Embora o fruto seja bem conhecido no cerrado brasileiro, ainda gera estranherismo em muitos estados. O pequizeiro é uma das árvores mais conhecidas do cerrado pela exuberância das flores, e frutos distintos. O pequi é altamente rico em fibras, possui um cheiro e sabor raro e marcantes, com características únicas: casca verde grossa, fruto amarelo em formato de caroço com espinhos por dentro, e um cheiro extremamente incomum e forte. Estas são as características mais populares da iguaria que floresce de junho a outubro e frutifica de agosto a janeiro no Cerrado brasileiro, podendo chegar de 100 à 650 frutos por estação.

E as utilidades do fruto são diversas, desde a raíz, madeira, folhas, semente até a casca. Por ser uma árvore de madeira bastante resistente, seu caule pode ser usado como carvão siderúrgico, e suas raízes usadas para esqueletos de pequenos navios e embarcações. Suas folhas são utilizadas em tecelarias por conter elementos de cores fortes. Já a polpa (bastante querida pelos goianos) é utilizada na alimentação em caldos, farinha, conservas, sorvetes e picolés, compotas, conservas, óleos e no exótico licor de pequi com chocolate (produzido pela jornalista goiana Laurenice Noleto). E até em sabão.

Resultados da pesquisa

O que pouca gente sabe é que dependendo do estado de origem, ele pode conter variações nutricionais interessantes. O fruto do Tocantins, por exemplo, apresenta valores nutricionais menos calóricos e mais cálcio, enquanto os de Goiás e Mato Grosso possuem mais gordura vegetal. A boa notícia é que a gordura dos frutos de Goiás e Mato Grosso são extremamente saudáveis, e reduzem o risco cardiovascular, além de serem mais usados na indústria de cosméticos para a fabricação de cremes e sabonetes. Outra curiosidade descoberta nesses estudos foi a comparação realizada entre outros frutos nativos do Cerrado como: cupuaçu e graviola, onde mostram que a quantidade de cálcio contidos no pequi vindo de Tocantins chega a cinco vezes mais.

Propriedades medicinais

Sua polpa contém o dobro de vitamina C da laranja, além das vitaminas A,e E, ricas em fibras e gorduras saudáveis servindo de alimento para a fauna do cerrado também. Essas vitaminas têm múltiplos efeitos nos humanos, pois aumentam a imunidade, diminuindo as células que ajudam a formar doenças crônicas e inflamatórias, até mesmo o câncer.

Já a castanha do pequi que fica dentro do caroço, bastante difícil de ser retirada, é raramente encontrada para consumo e rica em zinco e iodo, além de conter cálcio, ferro e manganês.

A nutricionista Karin Honorato afirma que o fruto possui uma ‘castanha’ que tem um óleo “interessantíssimo” para tratar problemas respiratórios. Ela ainda indica o consumo das folhas de pequi em chás, que ajudam a limpar e a desintoxicar o fígado.

A Universidade Federal de Goiás quer ir além, almejam estudar as múltiplas utilidades vitamínicas contidas nas diversas espécies do fruto. “Queremos saber, em cada tipo de polpa, se as substâncias químicas terapêuticas são antioxidantes, se podem contribuir para retardar o envelhecimento das células, ou se são pró-vitamina A, que protegem a visão”, declara a nutricionista da UFG, Maria Margareth Veloso Naves.

Dica do Curta Mais para você que não é comedor de pequi: o fruto contém muitos espinhos, o indicado é comer a polpa raspando levemente, sem morder!

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a49f5355d32efba87d068c7b5a818080.jpgFoto Google / divulgação

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Goiânia recebe exposição de mini jardins e biomas com entrada gratuita

Criada especialmente para um público urbano, a Expo Bioma é uma a coleção formada por peças especiais com vidros inusitados que abrigam ecossistemas particulares.

Garrafas de vinhos e outros tipos de recipientes feitos de vidro são transformados em pequenos jardins. As peças são perfeitas para quem não tem muito espaço nem tempo para se dedicar às plantas.

E você não precisa ter medo de perder as plantinhas: os terrários fechados são auto-sustentáveis e os abertos fáceis de cuidar! Os produtos estarão à venda durtante toda a exposição.

 

SERVIÇO

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Biomas Mini Jardins e Terrários

Data: de 14 de setembro a 10 de outubro

Local: Café Cariño – Rua 1136, número 530, Setor Marista

Horário: segunda a quarta, das 11h30 às 20 horas; quinta a sábado das 11h30 às 23h30

Mais informações: (62) 3241-3278 | (62) 98163 0525

 

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Imagens: Divulgação

Fotógrafo brasileiro ganha concurso internacional com foto do cerrado

O trabalho do fotógrafo Márcio Cabral está ajudando a divulgar o bioma brasileiro mais ameaçado. No final de 2017, Márcio foi um dos vencedores do Wildlife Photographer of the Year, o principal concurso internacional de fotografia da natureza. E, na última sexta-feira (9), recebeu o International Garden Photographer of the Year, principal premiação de fotografia de plantas do mundo. Em ambos casos, Cabral venceu com fotografias do cerrado.

Em entrevista ao O Globo, Cabral comentou: — É importante para o mundo ver e se conscientizar que o Brasil não tem só a Amazônia. E o Cerrado está sendo devastado pelo avanço da agricultura. 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o bioma cerrado perdeu 9,5 mil km² só em 2015, mais da metade do que foi registrado na Amazônia. Para o diretor-geral do (IGPOTY): “À medida que ecossistemas como o Cerrado brasileiro estão sob ameaça, esta imagem nos obriga a documentar, compreender e proteger nossas paisagens vulneráveis com uma paixão ainda maior”.

E elogiou o trabalho de Cabral, dizendo: “É artisticamente e tecnicamente brilhante, empregando uso e entendimento soberbos do equipamento, dos processos de pós-captura, cores e exposição. Tem a capacidade de fazer com que a gente se sinta renovado e maravilhado, como se nós experimentássemos a vida vegetal neste planeta pela primeira vez”.

A imagem em destaque “O chuveirinho”, de Márcio Cabral, foi premiada no Photo NightScape. 

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Imagem vencedora do Wildlife Photographer of the Year, o flagra de um tamanduá se alimentando de cupins no Parque Nacional das Emas / Marcio Cabral

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Um mergulhados no Abismo Anhumas / Marcio Cabral