Morre aos 98 anos a escritora Lygia Fagundes Telles

Morreu na manhã deste domingo (3), de causas naturais, a escritora Lygia Fagundes Telles (1923-2022). Ela tinha 98 anos e estava em sua casa, de acordo com o site G1. Membro da Academia Brasileira de Letras, Lygia foi uma das escritoras mais importantes do Brasil. 

 

Entre as dezenas de livros que publicou está Ciranda de Pedra, obra que foi adaptada para a teledramaturgia da Globo.  Lygia nasceu em São Paulo em 1923 e publicou seu primeiro livro de contos aos 15 anos. A escritora se formou em Direito pela USP (Universidade de São Paulo), mas dedicou sua carreira e sua paixão à literatura.

 

A autora considerava que o livro Ciranda de Pedra, de 1954, havia sido o marco inicial de sua obra literária. O romance virou novela na Globo. A primeira versão foi ao ar em 1981, com Eva Wilma (1933-2021), e a segunda em 2008, com Eva Wilma (1933-2021), e a segunda em 2008, com Ana Paula Arósio no elenco. 

 

Na história, que se passa em São Paulo nos anos 1940 e 1950, a protagonista é Virgínia, uma jovem que precisa lidar com a mãe, Laura, que dá sinais de loucura após se separar do marido. As duas se mudam para a casa de um médico,com quem Laura tem um caso. Enquanto isso, as outras duas filhas da mulher ficam morando com o pai.

 

Os conflitos da família são o plano central da trama, mas outros personagens foram criados para as versões televisivas da obra. Ciranda de Pedra foi adaptada nos anos 1980 por Teixeira Filho e nos 2000 por Alcides Nogueira.  

 

“Eu ficava muito interessada, porque não sabia o que ia acontecer, não sabia nada. Eu não tive a menor participação nessa telenovela. No entanto, entendo que Ciranda de Pedra é uma novela feita com muita dignidade”, disse Lygia em entrevista.

 

 

Foto: Reprodução/Carta Capital

J.K Rowling desfere novo comentário transfóbico e seguidora rebate

A escritora britânica, autora da série de livros Harry Potter, J.K. Rowling, conhecida, também, por desferir diversos comentários transfóbicos na internet, se envolveu em uma nova polêmica na última segunda-feira (7). Com informações do portal Terra.

 

A autora entrou em conflito com Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, após um Projeto de Lei de Reforma do Reconhecimento de Gênero ter sido apresentado em Holyrood, como é chamado o parlamento escocês.

 

O texto do documento prevê uma mudança legislativa que simplificaria toda a burocracia para o reconhecimento de gênero de pessoas transexuais, mesmo na ausência de relatórios médicos ou mesmo provas de uma transição. 

 

“Vários grupos de mulheres apresentaram evidências de boa fonte ao governo de Nicola Sturgeon sobre as prováveis consequências negativas dessa legislação para mulheres e meninas, especialmente as mais vulneráveis. Tudo foi ignorado”, escreveu J. K. Rowling em seu perfil no Twitter.

 

 

“Se a legislação for aprovada e essas consequências ocorrerem como resultado, não podem fingir que não foram avisados”, finalizou.

 

Logo após a publicação, muitos fãs da escritora criticaram suas declarações. Uma mulher chegou a questionar se ela queria mesmo ver seu legado morrer nesta “colina”, expressão do inglês utilizada para se referir a batalha.

 

 

Mais tarde, ao tomar conhecimento das declarações da escritora, a primeira-ministra da Escócia lamentou sua posição e afirmou, em entrevista ao programa de rádio “The World at One” da BBC Radio 4, que discordava “fundamentalmente” da autora inglesa.

 

De acordo com ela, a legislação proposta “não dá mais direitos às pessoas trans, não dá às pessoas trans um único direito adicional que elas não têm agora. Nem tira das mulheres nenhum dos direitos atuais existentes que as mulheres têm sob a lei de igualdade.”

Foto: Reprodução/AFP/Arquivos

J.K. Rowling vai doar R$6,6 milhões para ajudar crianças órfãs da Ucrânia

A escritora britânica J.K. Rowling, conhecida mundialmente pela franquia de livros Harry Potter, disse que irá disponibilizar uma parte de sua fortuna por uma troca com seus seguidores no Twitter; ela promete igualar as doações para crianças bloqueadas em orfanatos da Ucrânia em até um milhão de libras (cerca de 6,6 milhões de reais).

 

O pedido foi feito por meio da Fundação Lumos, cofundada por Rowlling em 2005 e que hoje se esforça para arrecadar itens de higiene, material médico e alimentação para afetados pela crise humanitária que os ucranianos atravessam após a invasão das forças russas no país.

 

“Eu pessoalmente igualarei as doações a este apelo, até £ 1 milhão. Muito obrigado a todos que já doaram, vocês estão possibilitando a lumos a fazer um trabalho crucial para algumas das crianças mais vulneráveis ​​da Ucrânia”, escreveu a autora.

 

“A invasão das forças russas significa que agora há mais crianças em perigo”, afirma o perfil da Fundação Lumos.

 

Ao ser questionada por usuários da rede social, a escritora acrescentou em suas respostas que, em outras épocas, a Lumos já ajudou crianças de outros países em crise. Atualmente, o número de crianças que vivem em instituições como internatos e orfanatos chega a quase 100 mil, de acordo com a fundação.

 

Foto: Debra Hurford Brown/Divulgação/J.K. Rowling

Lygia Fagundes Telles é a primeira brasileira a concorrer ao Nobel de literatura

A escritora Lygia Fagundes Telles, autora de clássicos como As Meninas e Ciranda de Pedra, foi indicada ao prêmio Nobel de Literatura. O nome da autora foi encaminhado hoje pela União Brasileira de Escritores (UBE) à Academia Sueca e foi eleito por unanimidade pelos seus membros.

“Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”, afirmou o presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos, em nota à imprensa.

O anúncio do Nobel de Literatura deve acontecer em outubro deste ano em Estocolmo, na Suécia. No ano passado, a jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich foi a vencedora. Nenhum brasileiro venceu o prêmio até o momento.

Nascida em São Paulo, Lygia Fagundes Telles, de 92 anos, recebeu vários prêmios ao longo da carreira, tais como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Ela tem obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV. Lygia fundou a UBE e faz parte do Conselho Diretor da instituição.

Ariano Suassuna, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar estão entre os brasileiros que já foram indicados ao Nobel de Literatura ou tiveram seus nomes sondados. Nenhum brasileiro já levou o prêmio. Lygia é a primeira mulher brasileira a entrar nessa lista.