10 frases de Arnaldo Jabor que mostram que ele é o cara do cinema nacional

Não há dúvidas de que Arnaldo Jabor é um dos maiores intelectuais do Brasil e uma das personalidades mais marcantes do país. Cineasta e jornalista, ele foi convidado para a 17ª Edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA 2015) na Cidade de Goiás, onde deu uma aula de história do cinema e compartilhou com o público – que lotou o espaço – muito de seu conhecimento. Reconhecido por seu tom direto e afiado, Jabor não fez diferente em sua participação no Fórum de Cinema do FICA 2015 neste domingo, 16 de agosto: ele brindou o público com falas honestas e sem frescuras, como as 10 frases a seguir que mostram que Arnaldo Jabor é o cara do cinema nacional. Atenção: o conteúdo a seguir não é recomendado para organismos hipersensíveis a provocações intelectuais.

 
Sobre a História da humanidade:

1. “A História não é dialética, ela é sem rumo mesmo.”

 

Sobre a fragmentação e a confusão do mundo contemporâneo:

2. “É difícil descobrir, nesse mundo, a finalidade.”

 

Enquanto apresentava ao público sua visão da história do cinema, Arnaldo Jabor contou um pouco da trajetória do cinema americano e afirmou que:

3. “O cinema [americano] nasce da burrice dos produtores, que ignoravam o passado artístico.”

No entanto, ele complementou sua fala dizendo que essa “burrice” (esse desconhecimento do passado artístico) permitiu com que o cinema americano desenvolvesse uma linguagem nova e com propósito bem definido, que faz com que os filmes americanos sejam um sucesso tão espetacular.

 

Ainda sobre o cinema americano, mas dessa vez, sobre o cinema contemporâneo e o papel dos diretores na indústria:

4. “Diretor [de cinema] hoje, nos Estados Unidos, é como guarda de trânsito: vem pra cá, vai pra lá.”

Ele fez a declaração em comparação com o período da década de 1960, quando os diretores de cinema eram mais livres e criavam obras mais autorais.

 

Quando perguntado se estamos vivenciando o fim da história do cinema, Jabor respondeu: 

5. “Não é o fim da história do cinema, é uma mutação.”

 

É claro que Jabor não escapou de perguntas a respeito da situação política do Brasil. Quando perguntado sobre que rumo o país está tomando, ele disse:

6. “O Brasil é um mistério. Ninguém sabe o que vai acontecer.”

7. “O Brasil não vai a lugar nenhum, vai para dentro de si mesmo.”

Esta última declaração tem relação com o fato de o Brasil ser um país singular, diferente dos demais – assim, a história do Brasil também é única, própria.

 

Arnaldo também falou sobre sua trajetória como cineasta no país e sobre a produção cinematográfica no Brasil, que segundo ele, sofre com a burocracia e a falta de recursos, e afirmou que:

8. “Cinema no Brasil às vezes é um inferno.”

 

O público também quis saber mais sobre a escolha de temas e o processo de criação e direção de Jabor. Sobre sua produção cinematográfica, ele disse:

9. “Sempre tentei fazer um cinema necessário.”

10. “Tô pouco ligando se vai dar dinheiro ou não vai dar dinheiro, eu faço um filme como um poema.”

 

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Exclusivo: descobrimos qual o filme preferido de Arnaldo Jabor

Uma das maiores personalidades do cenário cultural brasileiro, o multitalentoso Arnaldo Jabor, premiado diretor de cinema e aclamado escritor, é um dos convidados da 17ª Edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o FICA, onde participa do Fórum de Cinema no domingo, 16 de agosto, às 11h. Sem frescura, bateu um papo descontraído com o Curta Mais e contou sobre seus gostos musicais, cinematográficos e até gastronômicos, além de reconhecer a importância do festival produzido em Goiás. 

 

+FICA2015: Confira a programação completa do Festival

 
1. Qual a relevância do FICA no cenário do cinema e das artes no país?
O FICA é muito importante porque não é só um festival, mas também tem toda essa visão ecológica, que é uma coisa muito importante porque o cinema tem que participar dessas intenções, desses projetos. E isso é uma coisa inédita, e muito bacana no país, atualmente. Nosso país precisa de ideias, e o FICA traz ideias – não é apenas um festival para mostrar filmes.
 
2. O que você mais curte em Goiás?
Gosto muito de Goiás Velho. Em especial, o Museu Casa de Cora Coralina.
 
3. Três músicas que não podem faltar no seu carro?
As músicas do Caetano Veloso, do Chico Buarque e principalmente as do Tom Jobim.
 
4. Um ídolo?
William Shakespeare.
 
5. Um hobby?
Não tenho hobbies, mas gosto muito de ficar pensando e lendo – e só!
 
6. Um lugar para morar?
É Rio de Janeiro, mesmo.
 
7. Um dia feliz?
Um dia de sol, sem aporrinhações, com amor, com alegria.
 
8. Um dia triste?
É ver o Brasil como ele está. Quando tenho consciência de ver o Brasil assim, fico extremamente triste e preocupado.
 
9. Um prato predileto?
Gosto da boa comida francesa.
 
10. Um sonho?
Viver bem e bastante tempo.
 
11. Um pesadelo?
Este país ir pro brejo, do jeito que está indo.
 
12. Um amigo?
Hector Babenco, Carlos Diegues.
 
13. Um inimigo?
Inimigo não posso dizer o nome, só posso xingar.
 
14. Uma frase preferida?
Vingança é um prato que se come frio.
 
15. Um livro?
Memórias Póstumas de Brás Cubas, do Machado de Assis.
 
16. Um filme?
Cantando na chuva.
 
17. Uma figura histórica?
Napoleão Bonaparte.
 
18. Um dia pra lembrar?
O dia que nasceram meus filhos.
 
19. Um dia pra esquecer?
Muitos, muitos, muitos. Não dá pra dizer só um.