Artista plástico recria cenas de Goiânia e Goiás em obras extraordinárias que parecem fotografias

Assim à primeira vista é difícil dizer se as imagens são de fotografias ou pinturas. Mas, de longe dá para afirmar que as obras de Amaury Menezes, são geniais.

Filho de Plínio Moreira de Menezes e Maria Elizabeth de Araújo Menezes, nasceu em 25 de julho de 1930 na cidade de Luziânia/Goiás. Chegou a Goiânia no início de 1936, sendo, portanto, um dos pioneiros da nova capital, onde testemunhou o crescimento da cidade e sua evolução cultural. Com o apoio e incentivo do seu pai, ganhou uma caixa de lápis de cor e um bloco de papel, após ter demonstrado o dom da arte ao desenhar um carro no chão com pedras.

Um dos maiores expoentes das artes plásticas do Estado, Amaury amplificou a visibilidade da arte goiana com suas representações de cenas urbanas e cotidianas. Tanto que recebeu diversas homenagens ao longo da carreira e participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. 

Cursou a Escola Goiana de Belas Artes da Universidade Católica de Goiás, sob a orientação dos professores Frei Confaloni, Dj Oliveira, Gustav Ritter e Luiz Curado. A partir de 1961 foi professor na mesma Escola de Belas Artes nas cadeiras de Desenho e Plástica e, em 1968 foi um dos fundadores e o primeiro diretor do Departamento de Artes e Arquitetura da UCG.

Exerceu o magistério até 1986, quando, em solenidade no Teatro Goiânia, foi homenageado pela UCG e Ministério da Educação com o “Título de Notório Saber”. Em 2014 recebeu, do Governo do Estado de Goiás, o Troféu Jaburu, a mais importante outorga conferida pelo Conselho Estadual de Cultura.

Estilo

Cartões-postais da cidade de Goiás, cenas cotidianas de Goiânia, pessoas anônimas, lugares distintos compõem sua ampla coleção de temas. Amaury sempre utiliza uma paleta de cores variada, vibrante, alto-astral, evidenciando até os mínimos detalhes do seu objeto de inspiração. É visível e palpável, toda sensibilidade e cuidado que ele emprega em suas obras. Nada passa despercebido, os traços soam como uma poesia sendo sutilmente transportada para telas. 

Paixão além dos quadros

Hoje, aos 90 anos, Amaury Menezes trabalha no seu ateliê, instalado em um prédio no Setor Oeste de Goiânia. Ele é aposentado e com as vendas das obras consegue equilibrar sua renda. Casado há 62 anos com Canary (80), Amaury Menezes tem quatro filhos, três netos e uma bisneta.

Confira algumas das principais obras de Amaury Menezes:

Fotos: Divulgação/Amaury Menezes

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Estudante de Goiânia pinta aquarelas do art déco a fim de valorizar o acervo da capital

Um movimento artístico deixou Goiânia mais elegante e com muita história pra contar. Estamos falando do Art Déco (pronuncia-se ‘ár decô’), estilo que nasceu em 1920 na França, mas que conquistou os goianos. Não é a toa que Goiânia é segunda cidade com o maior acervo do movimento, ficando atrás apenas de Miami.

Ao todo são vinte e dois prédios e monumentos de Art Déco em Goiânia tombados pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), fora outros prédios da cidade que também possuem características desse estilo arquitetônico.

Uma estudante goiana homenageou estes prédios da capital de uma forma artística: pintando aquarelas. Luisa Alves está no nono período de arquitetura e resolveu pintar  para um trabalho na faculdade, onde a proposta é o estudo da Art Déco em Goiânia.

Ao publicar no Twitter pela primeira vez, Luisa viu uma boa repercussão das artes e a incentivou a continuar.

Luisa conta que escolheu a aquarela para difundir a técnica, mas o principal era valorizar o acervo goiano: “Como forma de popularizar a técnica de desenho em aquarela e ainda valorizar o acervo Art Déco da capital, decidi divulgar os desenhos a fim de retomar o sentimento de pertencimento e memória aos habitantes da região.

 

A estudante publica as aquarelas em seu Instagram e o processo de crianção no TikTok. Além das imagens, Luisa conta um pouco da história de cada monumento sempre com um gatilho para que as pessoas valorizem, de fato, a riqueza do nosso acervo.

Veja como é o processo de criação: