Encontrar amigos pessoalmente é remédio contra depressão, diz estudo

Mario Quintana já dizia que a amizade é um amor que nunca morre. A frase talvez nunca tenha feito tanto sentido quanto agora em uma pesquisa da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos publicada recentemente no jornal científico American Geriatrics Society. A conclusão é que pessoas que encontram amigos e familiares pessoalmente pelo menos três vezes por semana correm um risco menor de desenvolver depressão, em comparação com aqueles que mantêm apenas contato virtual. O estudo acompanhou 11.000 adultos, com mais de 50 anos, ao longo de dois anos. Os resultados mostraram que indivíduos que encontravam amigos e parentes apenas uma vez por semana tinham 11,5% de chance de ter sintomas de depressão após dois anos. Em compensação, aqueles que encontravam os entes queridos pelo menos três vezes por semana corriam um risco de 6,5%. A regularidade e frequência do contato virtual, por telefone, e-mail ou redes sociais não afetaram o risco descoberto. “Nós descobrimos que as formas de socialização não são iguais. Ligações ou comunicação digital com amigos e familiares não têm o mesmo poder das interações pessoais para ajudar a afastar o risco de depressão”, afirmou Alan Teo, principal autor do estudo.

amizade

Contato virtual, por telefone, e-mail ou redes sociais não surte efeito

Apesar do contato pessoal reduzir o risco de depressão independente da idade do participante, os pesquisadores descobriram que pessoas entre 50 e 69 anos se beneficiam mais do contato com amigos, enquanto para aquelas com mais de 70 anos, o contato com crianças e familiares terá maior impacto. Embora o estudo tenha sido realizado com pessoas com mais de 50 anos, os autores acreditam que os resultados beneficiam a população em geral. 

Em resumo: amigos da vida real são verdadeiros antidepressivos!