Parque nos EUA pede para turistas não lamberem sapos com toxina psicodélica

O Serviço Nacional de Parques (NPS), dos Estados Unidos, tem alertado turistas a não lamberem uma espécie de sapo encontrado na região do deserto de Sonora com toxina psicodélica.

 

Na última terça-feira, o NPS usou o Facebook para alertar as pessoas sobre os efeitos dessa prática. Segundo eles, é preciso ter cuidado com o chamado sapo do deserto de Sonora, também conhecido como sapo do rio Colorado.

 

O deserto de Sonora ocupa uma grande área do sudoeste dos Estados Unidos e parte sul do México.

 

O anfíbio é um dos maiores sapos encontrados na América do Norte, medindo até 18 centímetros, de acordo com o post do NPS no Facebook.

 

O coaxar do animal, segundo serviço de parques, é como um “toque baixo e distinto que dura menos de um segundo”.

 

Mas os sapos, encontrados no sudoeste americano também possuem outra característica única: eles “têm glândulas parótidas proeminentes que secretam uma toxina potente”, de acordo com o NPS.

 

As glândulas parótidas estão localizadas logo atrás dos olhos do sapo.

 

Essas substâncias podem deixar os humanos doentes se tocarem no sapo ou colocarem um na boca. Portanto, o serviço recomenda às pessoas que encontrarem o sapo “por favor, evitem lamber”.

 

“Como alertamos para a maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma, um cogumelo desconhecido ou um grande sapo com olhos brilhantes na calada da noite, evite lamber. Obrigado”, diz o serviço de parques.

Foto: Reprodução/Sapo do Colorado

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Sapo de ‘Chocolate’ é descoberto na Amazônia

Você se lembra do sapo de chocolate que aparece em cenas da saga Harry Potter? Pesquisadores catalogaram uma nova espécie de anfíbio que vive na Amazônia peruana. Se trata do sapo-anta (Synapturanus danta) e parece literalmente ter se teletransportado do filme para a vida real. As informações são do Portal G1.

O animal, que tem tom marrom escuro, parece ter mergulhado em uma calda de chocolate. Ele já era conhecido pelos moradores locais, mas só após uma investigação genética feita recentemente foi possível descrevê-lo como uma espécie nova.

Além da aparência com o doce, o animal tem outra característica que inspirou o nome popular. “Ele tem um focinho alongado que parece com o da anta (Tapirus terrestris)”, explica o biólogo Germán Chávez, pesquisador do Instituto Peruano de Herpetologia.

No entanto, ao contrário da espécie, que é o maior mamífero terrestre do Brasil, esse anfíbio é minúsculo. “Na vida adulta ele chega a medir cerca de dois centímetros”, conta o pesquisador.

sapo

O biólogo conta que o sapo-anta foi encontrado em uma expedição binacional Peru-Colômbia, no rio Putumayo, organizada pelo Museu de História Natural de Chicago, nos Estados Unidos. “Nosso trabalho exige buscas noturnas na selva. Em uma dessas expedições ouvimos um som que veio debaixo do solo, então começamos a cavar um pouco (menos de meio metro), e encontramos o primeiro sapo-anta”, explica Chávez.

Análises de DNA foram necessárias para descobrir se de fato se tratava de uma espécie diferente. “Com os resultados tivemos a certeza de que se tratava de um novo anfíbio”.

Ainda é difícil afirmar sobre possível raridade do anfíbio e status de ameaça da espécie. “Acreditamos que a área de distribuição não seja muito grande, provavelmente está restrita à bacia do Putumayo e áreas próximas. Suspeito que possa ter algum tipo de preferência pelos solos úmidos das turfeiras amazônicas. Mas precisamos de estudos mais aprofundados sobre isso para termos certeza”, esclarece.

Semelhança com sapo fictício

“O que mais me chocou foi saber que pessoas têm tatuagens do sapo-anta. Isso era algo que eu não esperava, nem de longe imaginei algo assim. Foi muito legal ver as pessoas interessadas em saber sobre esse anfíbio recém-descoberto, seja por se parecer com o do filme Harry Potter ou por qualquer outro motivo”, confessa Chávez.

 

Imagens: German Chávez

Nova espécie de anfíbio é batizada com nome de Cora Coralina ao ser encontrada em Goiás

O anfíbio minúsculo de tamanho entre 1,25 e 1,53 centímetros foi encontrado numa poça d’água em meio ao milharal, após uma chuva em Palmeiras de Goiás, a cerca de 71km de Goiânia. Os pesquisadores Felipe Silva de Andrade, primeiro autor do trabalho, e Isabelle Aquemi Haga descobriram a espécie no ano passado, mas só revelaram agora.

A coincidência do encontro dos pesquisadores à beira da lagoa, muito semelhante ao “Poema do Milho” de Cora Coralina, fez com que Felipe tivesse a ideia de batizar o anfíbio de ‘Pseudopaludicola coracoralinae’, em homenagem à poetisa goiana.

A descoberta do novo anfíbio goiano se transformou em artigo publicado no dia 3 de julho no European Journal of Taxonomy. Além dos estudos morfológicos e genéticos, a nova espécie se distingue das demais do gênero por seu canto de anúncio.

Trecho do Poema do Milho

[…] Quando o tempo muda, a saúva revoa e um trovão surdo, tropeiro, ecoa na vazante lameira do brejo e dá para ouvir o sapo-fole, o sapo-ferreiro e o sapo-cachorro, como um canto de acauã de madrugada, para marcar o tempo e chamar a chuva.