Exposição O Povo Inỹ/Karajá – Arte, Memória e Sustentabilidade chega ao Museu Zoroastro Artiaga

É hora de aproveitar todos os espaços públicos que a cidade de Goiânia oferece. Entre esses espaços, está o Museu Goiano Zoroastro Artiaga, localizado na Praça Pedro Ludovico Teixeira, ou, Praça Cívica, como é conhecida por todos os goianienses. Durante o mês de janeiro até o início de março, o museu oferece para o visitante a exposição temporária O Povo Inỹ/Karajá – Arte, Memória e Sustentabilidade.

O objetivo da exposição é mostrar a cultura índigena, reforçando a ideia de respeito às diversidades e, principalmente, a importância de se preservar as raízes históricas dos primeiros habitantes do Brasil. Entre elas, a língua materna falada pelos Inỹ/Karajá, que mantém seu dialeto como primeira língua. A exposição do Museu Zoroastro Artiaga segue o conceito dos espaços sociais e especializados do cotidiano desses povos. Neles, os Inỹ/Karajá proporcionam para as novas gerações momentos de vivências com a própria cultura, quando podem aprender o dialeto falado pelos pais e avós. A preservação da linguagem é uma forma de resistência e perpetuação das idiossincrasias dos índigenas, ameaçadas pelo preocupante processo de aculturação que acometeu outras tribos no estado e no Brasil.

Confira algumas imagens que o Curta Mais fez para você da exposição O Povo Inỹ/Karajá – Arte, Memória e Sustentabilidade:

 

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Os Karajá de Aruanã são parte de um grupo étnico dividido em três subgrupos: Karajá, Javaé e Xambioá, que fazem parte de uma mesma família linguística. O povo Karajá se autodenomina Inỹ, e pertencem ao tronco linguistico Macro-Jê, família Karajá. O território Karajá se estende por toda a região do Vale do Rio Araguaia, que abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará.

 

Atualmente, o grupo étnico Karajá vive em 29 aldeias, que vão desde Aruanã, Goiás, até Santana do Araguaia (divisa do estado do Tocantins com o Pará).

 

Os Karajá habitam a região de Aruanã desde o fim do século XIX. 

 

A década de 1970 é apontada como o ápice do que os Karajá consideram como “decadência” da aldeia, com diminuição intensa da área de moradia, uma grave situação de doenças e subnutrição. 

 

Os Karajá são povos resistentes, manifestando sua existência como comunidade identitária.

 

Durante os anos de 1980, a aldeia dos Karajás passou por um processo de descaracterização étnica. Na década de 1990 houve uma transformação histórica, quando a comunidade retomou suas raízes culturais.

 

O grupo étnico Karajá constituem uma população de aproximadamente 2.500 pessoas. 

 

Os Karajá concentram-se, em sua maior parte, na Ilha do Bananal, reserva indígena que fica no estado do Tocantins, subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium. Definem-se como Karajá do Norte e Karajá do Sul, sendo a Aldeia Buridina aquela que está localizada mais ao sul, na cidade de Aruanã, Goiás.

Fotografias de Marcos Aleotti – Curta Mais