Sem retorno às atividades, bares e restaurantes em Goiânia preveem falência e demissão em massa
Já se passaram quase dois meses, desde o início da quarentena no estado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já sinalizou que o novo decreto, que deve ser publicado nesta quarta-feira (13), não vai liberar o retorno das atividades dos bares e restaurantes em Goiânia. Já se passaram quase dois meses, desde o início da quarentena no estado.
Com a notícia de que não haverá retorno do setor, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Fernando Jorge, avalia que nos próximos dias e meses cerca de 3.000 estabelecimentos podem ir à falência e mais de 12 mil funcionários vão sofrer demissão em massa.
Segundo Fernando Jorge, as linhas de crédito anunciadas pelo governo federal não chegam a quem realmente precisa. “A burocracia é muito grande, os bancos sabem das dificuldades dos empresários e dificultam o crédito. O dinheiro não chega na ponta, que é o empresário”, afirma.
Ele ainda contou ao Curta Mais que a tristeza é muito grande com toda essa situação. “Fomos parceiros, os primeiros a fechar. Preparamos nossas casas, formulamos uma cartilha, fizemos o dever de casa, mas o governo não fez com a gente”, lamenta.
Segundo a Abrasel nacional, cerca de 20% dos bares e restaurantes no Brasil já fecharam as portas definitivamente. O setor reunia até março quase 1 milhão de pontos comerciais e empregava cerca de 6 milhões de trabalhadores, sendo 3 milhões de empregos formais.