Roberto Carlos tem uma perna mecânica mas não fala sobre isso abertamente

Muitas curiosidades são sempre comentadas sobre sua vida e obra

Lorena Lázaro
Por Lorena Lázaro
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O Rei Roberto Carlos é, sem dúvida, um dos artistas mais queridos pelos brasileiros. Com mais de 60 anos de carreira, ele completou 80 de idade em abril de 2021, e muitas curiosidades são sempre comentadas sobre sua vida e obra, como as mulheres que tomaram conta do seu coração e inspiração, os tempos de exílio, e uma um pouco mais obscura: uma perna mecânica, sempre escondida em suas calças elegantes nos dias atuais. 

 

A história é contada em sua biografia não autorizada “Roberto Carlos em Detalhes”, do escritor Paulo Sérgio Araújo. O cantor chegou a pedir para banir a publicação em 2007, mas o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a necessidade de autorização prévia de uma pessoa biografada para a publicação de obras sobre sua vida, o que fez com que o desejo de Roberto Carlos se tonasse ilegal. 

 

O acidente aconteceu na cidade  Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, no dia 29 de julho de 1947, quando o cantor tinha 6 anos. Ele foi atropelado por uma locomotiva a vapor e parte de sua perna direita precisou ser amputada. Desde então ele usa próteses mecânicas. Embora essa seja uma história trágica, isso nunca afetou diretamente a performance de Roberto Carlos como artista. No entanto, ele não fala abertamente sobre o assunto. 

 

Em uma matéria da Folha de São Paulo deste ano, uma declaração do filho Dudu Braga, que faleceu no último dia 8 de setembro após lutar contra o câncer, explica um pouco sobre tamanho tabu sobre o assunto: “Antigamente não existia o respeito pelo deificinte como hoje. Meu pai foi chamado de aleijado, os tempos estão mudando de forma positiva e no tempo certo ele falará sobre isso e será muito bacana”, diz o texto. 

 

Vale lembrar que Dudu também era deficiente físico. Dudu Braga nasceu com glaucoma congênito, mas foi rapidamente tratado e enxergou normalmente até os 23 anos de idade quando perdeu a visão. Na época trabalhava vendendo carros em uma concessionária do pai e sonhava em ser um surfista profissional, mas rumou para a música e o trabalho social.