Rebeca Andrade conquista vaga nas Olimpíadas de Tóquio ao som de ‘Baile de Favela’

No úlitmo sábado (5), a ginasta surpreendeu todos os jurados no Rio de Janeiro, o que rendeu um ouro individual e garantia nas Olimpíadas de Tóquio

Anna Júlia Steckelberg
Por Anna Júlia Steckelberg
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Ao som do funk “Baile de Favela” de MC João, Rebeca Andrade se garantiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no último sábado (5), no Rio de Janeiro. Sua performance rendeu o ouro do individual geral no Campeonato Pan-Americano de ginástica artística.

E, é claro, que a internet não ia deixar passar em branco. A série da ginasta de 22 anos viralizou nas redes sociais nos últimos dias, especialmente por ser uma referência negra. A atleta do Flamengo ganhou diversas homenagens e celebrou o reconhecimento de seu trabalho.

“É muito legal, porque a gente não vê muitas pessoas negras no esporte. Hoje em dia está aparecendo mais. A gente pode se espelhar. Eu inspiro outras meninas, outras crianças. Isso é muito bom para o esporte. Está sendo muito legal. Abro as redes sociais, e um monte de página falando sobre minha música, sobre a minha série. É muito bom ter meu trabalho reconhecido, porque é muito esforço, muito suor, muita alegria para que tudo isso aconteça. Fico bem feliz”, disse Rebeca.

Veja:

A colunista da Elle Brasil, Joice Berth foi uma das primeiras a compartilhar uma homenagem à ginasta. As cantoras Margareth Menezes e Luana Carvalho também exaltaram a ginasta, assim como as atrizes Luisa Arraes e Maria Ribeiro. Além disso, outros artistas e páginas de movimentos antirracistas homenagearam e exaltaram a performance da jovem.

Nas Olimpíadas do Rio, Rebeca competiu ao som de Beyoncé e a partir de 2018 a ginasta começou a treinar com a trilha sonora de “Baile de Favela”. A jovem já tinha apresentado essa série em competições de 2019, mas uma lesão no joelho a impediu de disputar uma vaga olímpica no Mundial daquele ano. Rebeca passou por uma cirurgia e se recuperou no ano passado.

Rebeca afirma que a escolha da música foi uma surpresa do coreógrafo Rhony (Ferreira) e que no começo achou muito diferente: “Meu Deus, vou sair de Beyoncé para um funk. Foi diferente. Hoje adoro a música, acho que combina muito comigo. Fiquei muito feliz que as pessoas gostaram também. Isso é muito importante na ginástica. Está sendo incrível”, disse Rebeca ao Globo Esportes.

Com a classificação no Pan-Americano, Rebeca representará o Brasil na ginástica artística femininas das Olimpíadas, ao lado de Flávia Saraiva. No masculino, o Brasil já havia garantido uma equipe com quatro atletas durante o Mundial de 2019 e ganhou uma quinta vaga no individual.