Queernejo: 10 artistas LGBTQI+ sertanejos para conhecer
Estes artistas abordam a música sertaneja do ponto de vista LGBTQI+ ou oferecem uma nova visão de clássicos desses gêneros.
A música sertaneja é um dos ritmos mais ouvidos do Brasil. Os artistas, em sua maioria, saíram dos interiores, possuem raízes caipiras e cantam músicas nesse universo, muitas das vezes, falando de relacionamentos amorosos. Acontece que, não se houve falar em artistas LGBTQI+ nesse meio e muito menos músicas que envolvam essa temtática.
Na verdade, existem sim cantores que abordam a música sertaneja a partir do ponto de vista LGBTQI+ ou que oferecam uma nova visão em releituras de clássicos desses gêneros.
O pioneiro foi Gabeu, filho de Solimões, que inspirou vários outros artistas do meio a colocarem seus talentos sem medo de pré-julgamentos de um público, em sua maioria, heteronormativo.
O nome para a vertente musical ficou popularmente conhecida como “Queernejo”. Dentro dele existe “travanejo”, “lesbinejo”, “pocnejo”, “dragnejo”, entre outros.
Confira 10 deles:
1. Gabeu
Gabeu, filho do cantor Solimões, da dupla com Rio Negro, é um dos expoentes do ‘pocnejo’ ou ‘queernejo’. Ele canta músicas que envolvem enredos homossexuais de uma forma cômica e conquistou o Brasil com “Amor Rural”.
2. As Bofinhas
Sem sombra de dúvidas, As Bofinhas é o nome da primeira dupla sertaneja LGBTQI+ a fazer sucesso no Brasil. Eduarda Maria e Aline Criscolim começaram com uma brincadeira na internet que rendeu shows e clipes sertanejos falando de relacionamentos lésbicos.
Ex-malhação, o ator e cantor gay tem encantado o público LGBTQI+ com músicas do universo sertanejo com uma pegada pop.
O cantor é conhecido por produzir clipes românticos voltados pra comunidade LGBTQI+, mostrando momentos íntimos das relações.
5. Gali Galó
Após conhecer o trabalho de Gabeu, Gali, que é lésbica não-binária, viu uma representatividade no garoto e decidiu assumir a paixão sertaneja em suas músicas. “Saímos do armário e estamos com o pé na roça”, disse em entrevista ao UOL.
Alice Marcone é a primeira mulher trans a cantar sertanejo no Brasil. Fazendo-se pioneira do gênero travanejo, ela estreia com o clipe da canção “Noite Quente”.
7. Reddy Allor
A cantora é a primeira Drag Queen a lançar o “dragnejo” no Brasil e já chamou atenção até da Marília Mendonça.
8. Zerzil
O cantor Zerzil foi o responsável por lançar a música “Garanhão do Vale”, a versão do hit “Old Town Road” do cantor Lil Nas X. A música traz um cowboy gay que tira seu garanhão-unicórnio do armário e segue em uma jornada em busca do Vale Encantado LGBT.
A cantora cresceu ouvindo as músicas do pai Silvino Espíndola, gaúcho que também era músico, além de Chitãozinho e Xororó, Zezé Di Camargo e Luciano, Bruno e Marrone. Decidiu trazer essa memória afetiva da música para o seu repertório falando do universo lésbico.
10. Thiago Di Melo
O cantor defende que ‘amor não tem sexualidade’ e aposta em clipes com temática gay. Na música “Pra Sempre”, Felipe Tito protagoniza uma história de amor com outro homem.