Papa Francisco defende vinho e diz que não se pode fazer festa com chá

O líder da Igreja Católica afirmou ainda que a bebida é necessária para alegrar uma festa

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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“Não se pode encerrar uma festa de casamento bebendo chá”. “Seria uma vergonha. O vinho é necessário para alegrar uma festa”, afirmou o papa Francisco nesta quarta-feira (8) na tradicional audiência geral, no Vaticano, diante de 20 mil fiéis que lotaram a Praça São Pedro.

Durante seu discurso na audiência geral, o Papa também recordou trechos do Evangelho e falou sobre o primeiro sinal de misericórdia de Jesus nas bodas de Caná e sobre a transformação da água em vinho, seu primeiro milagre. “Indica a transformação da antiga Lei de Moisés no Evangelho portador da alegria”, disse Francisco. “Em Caná os discípulos de Jesus se tornam a sua família e nasce a fé da Igreja. Àquelas núpcias todos nós somos convidados, para que o vinho novo não venha mais a faltar”, comentou.

O líder da Igreja Católica também elogiou os casais que estão há meio século juntos e ressaltou que eles são exemplos para os jovens. “Esse sim é que é o vinho bom da família, o vosso é um testemunho que os jovens casais devem aprender. Obrigado pelo vosso testemunho”, comentou.

No Vaticano bebe-se mais vinho que em qualquer outra parte do mundo, segundo dados do Wine Institute, publicados no jornal britânico ‘The Independent’ Os números mostram que os 800 residentes do Vaticano consumem 74 litros de vinho, o que equivale a uma média de 105 garrafas ao longo de um ano. É cerca do dobro da quantidade consumida em média por um francês ou um italiano, e o triplo da quantidade ingerida pelos britânicos. O estudo defende que o elevado consumo se deve, em parte, ao elevado número de celebrações de missas, onde a bebida é usada. Por outro lado, o facto de a população ser maioritariamente masculina e de meia-idade, aumenta a quantidade de vinho consumido durante as refeições. No Vaticano, o vinho é fornecido por apenas um supermercado, onde é pago praticamente livre de impostos. Por isso, não só é o local onde se bebe mais, como é também onde o vinho é mais barato.