Nova série da Netflix alcança Top 1 de audiência mundial e ótima para fãs de True Crime

Enredo é baseado em uma história real e é preciso um 'bom estômago' para assistir

Mariane Faz
Por Mariane Faz
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Dahmer: Um Canibal Americano, nova minissérie da Netflix, conta a história de um dos serial killers mais conhecidos dos Estados Unidos. chamado Jefrrey Dahmer. Um verdadeiro predador, que buscava o mesmo perfil de vítimas: homens negros e gays, geralmente em bares e boates. A série está liderando o Top 10 da Netflix desde sua estreia. E a plataforma revelou que a produção está liderando também seu ranking de produções mais assistidas na última semana, acumulando 196,2 milhões de horas assistidas. O segundo do lugar na semana ficou com Fate: A Saga Winx, cuja segunda temporada acumulou 61 milhões de horas assistidas. 

Interpretando o assassino de maneira impecável, o ator Evan Peters deixa os espectadores de cabelo em pé. É uma atuação que causa muito incômodo pela semelhança e frieza da mente de um assassino. Pelo olhar e tom de voz sempre sereno, Peters resgata a forma como Jeffrey Dahmer encarava suas vítimas. Eram apenas mais um trófeu. Ryan Murphy (American Horror Story),  retrata a história arrepiante, em uma série de 10 episódios, que vão evoluindo do “final para o começo”, mixando fatos de vários momentos da vida do predador.

A série mostra vários momentos da vida do serial killer, como uma forma de esclarecer e “justificar” seu comportamento doentio. A montagem não segue a linha narrativa padrão, mostrando o assassino, ora na vida adulta e ora mais jovem, ainda despertando seu lado monstruoso.

Dahmer: Um Canibal Americano, vem sendo criticado pela família das vítimas, pela forma como Ryan Murphy aborda os crimes e a figura de Jeffrey Dahmer, quase como um pop star. O que é totalmente real, pois o assassino tinha diversos fãs que mandavam cartas para ele na cadeia. O motivo e o conteúdo das cartas é desconhecido. Mas no último episódio, quando o arrependimento do assassino é mostrado, a revolta das famílias é justificada.

A série traz momentos que embrulham o estômago, como quando corpos em estágio avançado de decomposição são mostrados. A classificação etária da produção é de 18 anos e mesmo assim, não é feita para qualquer adulto.

Murphy também analisa pontualmente todos os problemas sistêmicos que permitiram que o assassino sempre saísse impune, mesmo apresentando todos os indícios que não era uma pessoa normal. Por ser um branco morando em um bairro de negros, Jeffrey Dahmer era a vítima e não o grande perigo.

Richard Jenkins, que vive Lionel Dahmer, o pai do serial killer, tem uma atuação impressionante, não apenas pela caracterização, mas pelo semblante sempre perdido de um pai que custa a acreditar que o filho matou e comeu tantas vítimas. 

Os episódios finais da produção, dividem as atenções entre a 12ª vítima de Dahmer e Glenda (Niecy Nash), a vizinha de Jeffrey que passou semanas fazendo denúncias dos barulhos, mau cheiro e do comportamento estranho do vizinho. Mas, era uma mulher negra reclamando de um branco para a polícia branca. Ou seja, não daria em nada.

Dahmer: Um Canibal Americano é uma minissérie sombria e para aqueles com o estômago forte. Ao final de 10 episódios, fica um sentimento de vazio e revolta. O privilégio branco e descaso das autoridades colaborou para a criação e romantização de um dos maiores monstros que a sociedade já viu.

Assista o trailer oficial da série:

 

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Foto: Divulgação/Netflix