No dia do futebol relembre as 5 vezes que o Brasil levantou a taça da Copa do Mundo

Para celebrar o Dia do Futebol, separamos momentos históricos para você recordar

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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Que o brasileiro é um apaixonado por futebol todo mundo sabe. Hoje comemoramos o Dia Nacional do Futebol. Para comemorar a data, relembre as cinco vezes que o Brasil levantou a Copa do Mundo. 

COPA DE 1958 – A primeira vez a gente nunca esquece 

1958

 

A Copa do Mundo de 1958, na Suécia, marcou o fim dos improvisos na seleção brasileira. Chefe da delegação e vice-presidente da CBD (atual CBF), Paulo Machado de Carvalho promoveu uma verdadeira revolução ao modernizar os preparativos para o Mundial. Com um ano de antecedência, ele montou uma equipe de profissionais para dar suporte aos atletas. Por último, já em março, escolheu o treinador: Vicente Feola.

 

As escolhas de Paulo Machado se mostraram acertadas. No dia 29 junho de 1958, o Brasil goleou a Suécia por 5 a 2 e conquistou a sua primeira Copa. Mais do que isso, revelou ao mundo o maior jogador de todos os tempos: Pelé.  Aquela vitória também serviu para enterrar o fantasma da derrota sofrida para o Uruguai na decisão de 1950.

COPA DE 1962 –  O show de Garrincha no Chile

1962

A seleção brasileira chegou à Copa de 1962 com nove jogadores campeões de 1958. A equipe, naturalmente, era favorita ao título, mas a lesão na coxa esquerda sofrida por Pelé logo na segunda partida, contra a Checoslováquia, colocou em dúvida a capacidade de o Brasil ser campeão. Então com 21 anos, o Rei vivia grande fase e era a principal esperança de gols do time comandado por Aymoré Moreira.

 

 Garrincha estava no auge da carreira e fez a diferença na Copa do Mundo. Com jogadas geniais, tirou de letra a pressão vinda das arquibancadas. Na final, Garrincha não balançou a rede. Isso, no entanto, não significa que não tenha atormentado a defesa da Checoslováquia, seleção que tratou de chamar de “aquela equipe com a camisa do São Cristóvão”. O show de Garrincha nos gramados chilenos naquela Copa fez com que o jornal francês L’Equipe o descrevesse como “o ponta-direita mais extraordinário que o futebol já conheceu.”

 

 COPA DE 1970 – O ano quem o Rei aposentou as chuteiras 

 

1970

Quatro anos antes de construir uma das mais espetaculares seleções da história, o Brasil afundava  na Copa da Inglaterra. Da queda precoce em 66 à consagração de 70, a seleção passou por uma profunda reformulação que teve quatro trocas de técnico até a volta de Zagallo ao comando da equipe. À sua maneira, Zagallo modificou a equipe então conhecida como “as feras do Saldanha” e conseguiu melhorar uma engrenagem que já vinha embalada. Tinha Pelé no auge de sua forma física e técnica, e o Rei deu show na sua despedida em Copas até mesmo quando não fez gol. 

 

COPA DE 1994 – A tristeza de Roberto Baggio

1994

A quarta conquista brasileira nasceu bem antes de Roberto Baggio mandar nas nuvens a última cobrança da Itália na decisão por pênaltis no Rose Bowl. A gênese do tetra teve início em 8 de setembro de 1993, quando Carlos Alberto Parreira pôs fim às brigas com Romário e convocou o atacante para a decisiva partida contra o Uruguai pelas Eliminatórias. Os dois gols que incendiaram o Maracanã e carimbaram o passaporte para os Estados Unidos foram apenas o prólogo da conquista.

 

 O time de  Parreira mostrou consistência inquestionável e contou com coadjuvantes inesperados para se consagrar. Aldair e Marcio Santos ganharam as vagas dos lesionados (e então titulares) Ricardo Gomes e Ricardo Rocha e transformaram a defesa em um paredão: com três gols sofridos, foi a menos vazada da história das conquistas.

 

No meio, outro personagem teria seu acerto de contas com o destino. Dunga, apontado cruelmente e injustamente como símbolo da fracassada participação na Copa de 1990, deu a volta por cima e terminou o Mundial com a faixa de capitão (que pertencia a Raí, que acabou na reserva) no braço e erguendo o troféu com gritos e xingamentos que exorcizaram os fantasmas que o perseguiram por anos.

 

Com um futebol eficiente e um gênio no ataque, Parreira conseguiu enfim acabar com o jejum de 24 anos sem conquistas. Diz-se que o Brasil não brilhou, mas ninguém lembrou disso na hora de comemorar o tetra.

 

COPA DE 2002: Uma equipe de mitos

 

brasil

 

 O Brasil chegou à Ásia desacreditado e colecionando vexames como a eliminação para Honduras na Copa América. Antes do Mundial, França e Argentina despontavam como favoritas à conquista. Luiz Felipe Scolari, chamado às pressas para classificar a seleção, foi fundamental na conquista. Aguentou os duros golpes com sua resiliência habitual e bancou a aposta em Ronaldo, que vinha de gravíssima lesão no joelho. Ao seu estilo, ignorou os pedidos por Romário  e deu a camisa 11 a Ronaldinho Gaúcho, que no fim seria um coadjuvante de imensa valia.

 

O treinador conseguiu fechar o grupo em torno do objetivo e criou a “família Scolari”, que pouco a pouco foi encorpando e atingiu seu ápice justamente na Copa. Além de Ronaldinho e Ronaldo, o Brasil contou com um mundial inspiradíssimo de Rivaldo – apontado por muitos como o melhor jogador da competição -, fechando a trinca de “R’s” que levou o País ao título.