Nasa revela descoberta inédita sobre presença de água na Lua

Descobertas acerca da Lua, foram feitas através do “observatório voador” SOFIA

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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Através do programa Artemis, a NASA está preparando o regresso de astronautas à Lua em 2024, 52 anos depois da última missão Apollo. Agora, a Agência Espacial Norte-Americana revela uma das mais recentes descobertas sobre o satélite natural da Terra feitas através do Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA).

Ainda antes da live transmitida direto através do seu canal oficial no YouTube, a Agência Espacial Norte Americana já tinha antecipado que as novas descobertas representam um importante contributo para a sua missão de preparar a chegada de astronautas à Lua.

Descrito como um “observatório voador”, o SOFIA é um avião Boeing 747SP modificado que carrega um telescópio de 2,7 metros. O SOFIA voa a uma altitude situada entre os 11,5 e os 13,7 quilômetros, percorrendo a estratosfera e permitindo aos cientistas estudar fenómenos do sistema solar que dificilmente seriam observados a partir da Terra.

Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica na sede da NASA em Washington, anuncia que os investigadores conseguiram confirmar a presença de água na superfície lunar. Os instrumentos do SOFIA conseguiram identificar as moléculas que compõem a água na Lua, mas os cientistas ainda não têm certeza se a água descoberta poderá ser, de fato, utilizada pelos astronautas.

Os sinais de “hidratação” na superfície lunar já tinham sido detectados em investigações anteriores, mas até agora ainda não tinha sido possível confirmar se se tratava de facto de H2O ou de outros compostos como hidroxila (OH) em minerais.

 

Missão Artemis

A primeira ação para a volta do homem à Lua deve ocorrer daqui a pouco mais de um ano. Em novembro de 2021, a Nasa pretende colocar em prática a Artemis 1, uma missão não tripulada. Já em 2023, será lançada a Artemis 2, que levará astronautas para a órbita lunar. E, por fim, a Artemis 3, que levará a primeira mulher, junto com um homem, à superfície lunar. Para isto, uma espaçonave Orion deverá ser utilizada.

Segundo estimativa da agência espacial divulgada no mês passado, a operação deve custar US$ 28 bilhões, sendo US$ 16 bilhões apenas para o pouso no satélite natural. Cabe destacar que a missão Artemis deve ser apenas uma das etapas que visa levar a presença humana também a Marte, em 2030.

Foto: Divulgação/Nasa