Internautas acusam Netflix por apoiar pedofilia ao exibir no catálogo o filme ‘Cuties’; entenda
'Cuties' (ou em português 'Lindinhas'), exibe crianças em danças e poses sensuais
Um novo filme no catálogo da Netflix está dando o que falar. “Cuties” (ou “Lindinhas”), é um filme francês que estreou no Sundance Festival em abril de 2020 e no catálogo da Netflix Brasil em setembro de 2020.
O longa, dirigido por Maïmouna Doucouré, mostra uma garota que, buscando se livrar do ambiente conservador de sua casa, se envolve com um grupo de dança. A garota é tradicionalmente muçulmana e enfrenta a luta interna para se manter fiel às suas raízes ou cair na cultura da internet.
Uma cena do filme viralizou no Twitter, onde é possível ver várias crianças dançando, porém as poses e a sensualidade são visivelmente notadas por qualquer um que assista. Na verdade é proposital, visto que o longa pretendia iniciar uma conversa sobre a hiper-sexualização de meninas ao fazê-lo de maneira cômica. No entanto, até o momento a reação foi de repulsa de diversos internautas.
Netflix is comfortable with this. Plenty of people will defend it. This is where our culture is at. pic.twitter.com/UlqEmXALmd
— Mary Margaret Olohan (@MaryMargOlohan) September 10, 2020
Segundo o político Fernando Holiday, as crianças que atuaram foram indevidamente exividas: “Essa sexualização é insistentemente reiterada e as crianças que atuam no filme são expostas de forma degradante e erótica“, tweetou.
Nos EUA, o tiro da Netflix já saiu pela culatra antes mesmo do lançamento. As críticas surgiram em agosto por causa de um pôster promocional de “Cuties” retratando seus jovens membros do elenco em poses provocantes e trajes sensuais. Na época, a Netflix pediu desculpas pela imagem.
A hashtag “#CancelNetflix” foi o tópico de tendência nº 1 no Twitter nos EUA na quinta-feira, depois que “Cuties” estreou em 9 de setembro.
Just cancelled my @netflix. I urge everyone who loves children & their innocence to do the same #CancelNeflix pic.twitter.com/IEDGQ6NkZJ
— Melissa Tate (@TheRightMelissa) September 11, 2020