Goiás tem política pioneira de cotas para quilombolas em Universidade

Status foi conquistado através de programas como UFGInclui, criado há mais de 12 anos

Leoncio Silva
Por Leoncio Silva
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Goiás, segundo o Índice Folha de Equilíbrio Racial (Ifer), foi o quinto estado do país que mais diminuiu a disparidade entre pessoas negras e brancas no ensino superior nos últimos anos. Por isso, hoje é o quarto estado com menor desequilíbrio racial nas Universidades, no Brasil.

 

Dentre os motivos para que esses dados se tornassem realidade, está o pioneirismo nas políticas afirmativas de cotas nas Universidades, a exemplo disso, tem-se o programa UFGInclui, da Universidade Federal de Goiás. O programa garante através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vagas em inúmeros cursos apenas para jovens e adultos indígenas e quilombolas, possibilitando uma maior igualdade para que esses estudantes tenham a oportunidade de ingressarem para a educação superior. 

 

A UFG também possui cotas gerais para negros na graduação e na pós graduação. Em entrevista à Folha de São Paulo, o pesquisador Jefferson de Freitas, relata que 3,4% das vagas de cotistas em Goiás são ocupadas por estudantes quilombolas, o que representa uma média maior que a nacional, que é de 0,5%. 

 

UFG INCLUI 

 

O programa UFGInclui foi criado há mais de 12 anos e tem o objetivo de diminuir a desigualdade social e racial dentro da Universidade. O programa gera uma vaga extra em cada curso onde houver demanda indígena e quilombola, o acadêmico do UFGInclui tem direito a uma bolsa permanência do Ministério da Educação, de 900 reais, bem como de acompanhamento acadêmico por parte da UFG.

 

Para saber mais e ter acesso aos editais, entre no site do UFGInclui.

Foto: Divulgação/ Universidade Federal de Goiás