Goiano é destaque internacional por criar adoçante feito de cacau

Gustavo lidera um time de pesquisadores que representou o Brasil e as Américas, como um dos 10 finalistas, em importante evento internacional.

Mariane Faz
Por Mariane Faz
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O engenheiro químico e mestrando da área de alimentos da Universidade Federal de Goiás (UFG) Gustavo Henrique Rocha, de 24 anos, criou um chocolate sem gordura e um substituto para o açúcar derivado do cacau. As criações o levaram a representar o Brasil e as Américas, em um evento em Nova York, nos Estados Unidos.

O grupo liderado por ele apresentou uma ideia de uso de resíduo de cacau, que pode ser usado até como adoçante e, ficaram entre os dez selecionados para participar de um desafio que busca soluções criativas para alimentar 10 bilhões de pessoas de forma sustentável até 2050. 

Eles foram escolhidos entre 3 mil projetos inscritos, de 140 países, o projeto é uma startup que se chama “Elixir Foods” e todos os componentes são ex alunos da UFG.  Além de Gustavo, também integram o time a publicitária Radharani Claro, a estudante de farmácia Ana Santos, a estudante de Engenharia de Software Jordane Gabriela e a jornalista Namie Yoshioka.

O time goiano participa do Desafio Thought For Food, que é apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e busca soluções criativas em relação a tecnologia agroalimentar do mundo. O objetivo do projeto é “criar, capacitar e apoiar as novas gerações para resolver o desafio mais urgente do planeta: Como alimentar de forma sustentável 10 bilhões de pessoas até 2050?”.

Gustavo compartilhou em suas redes a alegria de estar no evento:

Em entrevista à Rádio Universitária da UFG, o pesquisador contou que trabalha com cacau há 7 anos e que apenas as amêndoas são usadas na produção do chocolate. “A maior parte da fruta, cerca de 80%, é descartado”, conta. Segundo ele, a cadeia produtiva produz um resíduo branco que é rico em antioxidantes e açúcares saudáveis, “mas que fermenta rápido, perde suas propriedades e é descartado”, explica.

Segundo o pesquisador, só no Brasil, cerca de 52 mil toneladas desse resíduo são descartadas ao ano. Gustavo e sua equipe desenvolveram um processo químico para estabilizar esse resíduo para que ele possa ser processado em um composto adoçante mais saudável e pouco calórico. 

Parabéns para o time!

 

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Foto de Capa: Reprodução do Instagram de Gustavo