‘Felicidade por Um Fio’: filme da Netflix é uma verdadeira aula sobre cabelo, racismo e aceitação

Lorena Lázaro
Por Lorena Lázaro
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“Uma publicitária perfeccionista com problema na vida amorosa embarca em jornada de autoconhecimento que começa no visual radicalmente novo”. 
A sinopse rasa do filme original da Netflix não deixa claro quão profundo é o debate sobre racismo e aceitação em “Felicidade Por um Fio”. O debate sobre aceitação do próprio cabelo norteou paredão do o Big Brother Brasil na noite de terça-feira, 6, e levanta questões importantes sobre o assunto. Se você ainda não viu o filme, o Curta Mais Recomenda. 
O longa estrelado por Sanna Lathan, Ricky Whittle e com a brilhante Lun Whitfield, mostra a relação de Violet com seu cabelo afro, que ao longo de toda sua vida se tornou um problema, influenciada principalmente pela mãe, que contribui com essa visão distorcida sobre aparência e sucesso na vida.  
As cenas que mãe e filha passam juntas alisando o cabelo é um misto de intimidade, amor, assédio e erro na condução da educação das crianças. Embora o momento pareça ser o que une as duas, e ao mesmo tempo é o que desgasta a relação. 
Ao conhecer Zoe, um menina com cerca 10 anos, criada por um pai solteiro e cabelereiro, Vilolet tem uma espécie de epifania. Depois de tentar adotar o visual perfeito passando do liso preto ao liso loiro, ela surta e raspa o cabelo como forma de libertação. 
O enredo é mais atual que nunca, a linguagem é simples e todos terminam o filme tentando entender porque mulheres lindas, com cabelos incríveis passam a vida em procedimentos estéticos perigosos, caros e sofríveis. 
Foto de capa: Divulgação do filme 

Assista o trailer