Estudo da UFG desenvolve jogo de tabuleiro para ensinar crianças a identificar racismo e violência de gênero

O jogo é um projeto de extensão e deve ser levado para escolas da rede pública em 2023 e 2024

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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Para a servidora da Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás (Secom-UFG), Juliana Queiroz, questões de gênero e racismo devem ser tratadas com crianças e adolescentes. A ideia do jogo de tabuleiro “Empoderadas” é ser um meio de comunicação atrativo para um público com mais de 12 anos e visa a diminuição de casos de violência de gênero e crimes de racismo. O jogo é um projeto de extensão e deve ser levado para escolas da rede pública em 2023 e 2024.

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Desenvolvido na Faculdade de Artes Visuais da UFG (FAV-UFG), o jogo educacional é resultado da dissertação de mestrado “Empoderadas: o jogo como ferramenta de pedagogias culturais feministas e antirracistas” de Juliana no Programa de Pós-graduação da FAV-UFG. A dissertação foi orientada pelo professor, Thiago Fernando Sant’anna e co-orientada pela professora Leda Maria Guimarães.

“Vejo um movimento na mídia sobre o aumento de casos de violência de gênero e racismo e em uma de minhas leituras sobre feminismo, a autora Bell Hooks afirma que: ‘para mudarmos o mundo e conseguir inserir esses assuntos na sociedade a melhor forma é iniciarmos com crianças e adolescentes com meios de comunicação que estão dentro do cotidiano deles’. Então, o jogo surgiu dentro dessa perspectiva”, afirma Juliana Queiroz.

 

O Jogo – “Empoderadas”

O jogo se passa no ano de 2081, onde existe uma Inteligência Artificial (IA) chamada Ellie que consegue prever violências de gênero e crimes de racismo 20 horas antes de acontecerem, prevenindo o delito e recolhendo o agressor ou agressora das ruas. Uma crise se instaura quando problemas técnicos passam a ocorrer com Ellie, onde ela não entrega a informação completa das próximas agressões, fazendo com que Empoderadas – equipe de investigadores de elite – tenha que desvendar as pistas para evitar casos de violência de gênero. 

Empoderadas têm que ter no mínimo 2 jogadores e no máximo 9, com partida de duração média de 45 minutos. Um dos participantes será a IA, Ellie, e terá as funções de embaralhar as cartas de pista, mediação da mesa, controle do temporizador e responder os outros jogadores. Os outros farão parte da equipe de investigadores de elite e vão ter a tarefa de desvendar as pistas.

Os jogadores recebem 25 perguntas divididas em local, suspeito, motivo e violência de gênero. Para vencer com 100% de aproveitamento é preciso acertar 1 pergunta de cada item. Os jogadores perdem se o temporizador zerar, se comprarem todas as cartas e não conseguirem deduzir nenhuma pista, acertarem apenas 1 pista e não ser o suspeito ou acertarem 2 pistas e não serem o suspeito ou violência de gênero.

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Projeto de extensão

Para mais informações sobre como levar o projeto para sua escola, envie mensagem por e-mail.

Imagens: Júlia Barros/Secom UFG