Estudantes de Goiânia se destacam no Torneio Nacional de Robótica

Alunos da escola Maple Bear em Goiânia mantém a tradição de conquistar premiações em todos os torneios que disputam. Educadora destaca que disciplina promove importantes habilidades cognitivas e de socialização

Thaís Muniz
Por Thaís Muniz
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Estudantes da Escola Maple Bear, em Goiânia, continuam a brilhar em competições de robótica, demonstrando seu talento e habilidades na Etapa de Goiás do FIRA Brasil 2023, o maior torneio nacional da categoria. A competição, que ocorreu nos dias 29 e 30 de setembro, contou com a participação de 11 estudantes divididos em três equipes: S.T.O.P e Bess (13 e 14 anos) e Maple Bear (12 anos). Os alunos conquistaram dois troféus de 1º lugar, nas provas DRC – Explorer e Missão Impossível, além de várias medalhas de prata e bronze em outras categorias.

A Escola Maple Bear tem mantido uma tradição notável de vitórias em torneios de robótica, acumulando títulos nacionais e mundiais nos últimos anos. A diretora Sabrina Oliveira enfatiza a importância de desenvolver habilidades como pensamento crítico, criatividade, trabalho em equipe e capacidade de resolução de problemas complexos, conforme indicado pelo Relatório do Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial. A robótica tem se mostrado uma ferramenta pedagógica eficaz para cultivar essas habilidades desde cedo, preparando os alunos para desafios futuros.

Os alunos da Maple Bear se classificaram para a disputa do prêmio nacional, que será realizada em novembro próximo, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará. Com mais essa conquista, os estudantes da escola canadense, que já receberam dois títulos mundiais, em 2022 e 2023, mantém sua tradição de premiações nos torneios de robótica. “Este é o terceiro ano consecutivo que a escola participa do Fira Brasil, e em todas as ocasiões os alunos levaram premiações”, destaca a diretora.

Desafios e expectativas

Sabrina avalia que as experiências de participação em torneios de robótica são muito enriquecedoras, tanto do ponto de vista pedagógico como de socialização. “Os alunos percebem e vivenciam que existe um mundo muito além dos muros da escola. Os desafios, a expectativa, o tempo da tarefa, a pressão, o comportamento dos oponentes, são situações que encontramos na vida real, por isso ao participarem dessas atividades eles se preparam para desafios semelhantes que terão no futuros”, destaca a educadora.

Segundo a psicopedagogia, cada vez mais as crianças estão tendo acesso à tecnologia, porém, essa interação com tais inovações ocorre ainda de forma muito passiva. “A criança somente consome o que já está pronto. Ela consome vídeos, ouve músicas, joga, mas não usa as várias tecnologias que tem acesso para criar novas coisas e aprender ativamente”, pontua a especialista.

Contudo, ela explica que a proposta da Maple Bear é familiarizar essas ferramentas tecnológicas o quanto antes com seus alunos, mas com o objetivo de fazer a criança ativa, pensante, para que ela perceba como essa ferramenta pode fazê-la criar estratégias para seu aprendizado. “Nisso a robótica ajuda muito. Então quando esses nossos alunos chegam à adolescência, eles já interagem de forma muito natural com os computadores e outras ferramentas, e já com capacidade para desenvolver comandos e programações. Ou seja, eles usam essas ferramentas tecnologias nas soluções de problemas do seu dia a dia”, afirma.

Equipes campeãs

Ao todo, 11 estudantes da Maple Bear, divididos em três equipes, participaram das provas: S.T.O.P e Bess (com participantes de 13 e 14 anos),  e a Maple Bear, (na faixa dos 12 anos). Os jovens voltaram para casa com dois troféus de 1º lugar, nas provas DRC – Explorer e Missão Impossível; além de terem conquistado diversas medalhas de prata e bronze em outras categorias.

O professor de robótica da Maple Bear, Flamarion Gonçalves Moreira, conta que a preparação para a competição durou mais de um mês e os alunos treinaram com muita seriedade, fazendo testes e aprimorando os conhecimentos já adquiridos até hoje. “Agora a equipe inicia a preparação para a etapa nacional, pensando novas estratégias, revendo  o que foi feito e buscando novas tecnologias para superação”, conta o professor.

Segundo Flamarion, cada torneio e cada etapa da competição requer uma auto-superação dos estudantes, o que os estimula a sempre avançarem e aprenderem mais. “Para cada aluno, o torneio é uma possibilidade de perceber que o ser desafiado é uma grande oportunidade de aprendizado e alia-se a tudo isso a força de vontade. Participar de um torneio e ser premiado é uma forma de reconhecer que vale a pena todo o esforço e dedicação e de mostrar o quanto eles são capazes”.

Um exemplo de como participar de uma competição de robótica pode ser instigante é o estudante Renzo Ribeiro Cabral, de 14 anos. Com a disputa da Etapa Goiás do  FIRA Brasil 2023, foi a terceira vez que ele participou de um torneio de robótica e ele diz que sempre conseguiu, junto a equipe, conquistar premiações. O jovem conta que começou a se interessar por robótica na escola, mas sempre se interessou por tecnologia, desde muito pequeno. “É muito interessante ver como tudo se conecta. Na robótica colocamos em prática conceitos de matemática e física que estudamos na escola”, destaca o estudante que também se sente motivado pelo desafio da superação.

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