Dia da Árvore: conheça 10 espécies nativas do Cerrado e a importância de preservá-las

Considerado um dos biomas brasileiros mais importantes, a nossa região abrange 200 mil variedades de árvores

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
3d6cc3b738e23a938683b1bf7f4038d4

O 21 de setembro carrega uma celebração especial para o Brasil: o Dia da Árvore. Neste vasto país de biomas ricos e diversificados, é no Cerrado onde essa data reverbera com uma singularidade notável. As árvores desta região, com suas cascas grossas, raízes profundas e folhas adaptadas à estação seca, não são apenas maravilhas da adaptação ecológica, mas também guardiãs da biodiversidade e vitais para o equilíbrio hídrico e climático do país. Essa data foi estabelecida não apenas para celebrar, mas para despertar em todos a conscientização sobre a importância das árvores em nossas vidas e no equilíbrio do ecossistema. Em escolas de todo o país, o Dia da Árvore é ensinado como uma oportunidade de reconhecer e valorizar a natureza, frequentemente representada em desenhos e pinturas. A estratégica escolha do 21 de setembro coincide com a aproximação da primavera, momento em que a natureza se renova e floresce em vibrantes tons, refletindo a diversidade dos biomas brasileiros, do verde intenso da Amazônia à peculiaridade da Caatinga. No cerne deste vasto mosaico natural, o Cerrado destaca-se. Representando 22% da vegetação brasileira e abrangendo cerca de 203 milhões de hectares, este bioma abriga mais de 200 mil variedades de espécies de plantas. As árvores, em toda sua grandiosidade, desempenham papéis cruciais em nosso planeta, desde purificar o ar que respiramos até fornecer água, alimentos e abrigo. No Cerrado, essa importância é potencializada pela singularidade e resiliência de suas espécies.

 

Em homenagem a este dia, convidamos você a explorar 10 espécies nativas deste bioma, conforme indicado pelo Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), e que marcam presença em Goiás. Através desta jornada, reconhecemos e celebramos a rica tapeçaria de biomas que o Brasil abriga.

 

Ipê do Cerrado

Muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas as regiões do Cerrado. Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno. O Ipê Amarelo é muito comum aqui em Goiás, e a árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e tronco de 30 a 50 cm. Suas flores costumam florescer a partir do final de julho até setembro.

ipê

 

Folha-de-Serra

Essa espécie produz uma grande quantidade de sementes, sendo uma espécie secundária que apresenta ampla dispersão no Cerrado. Ocorre preferencialmente em áreas mais abertas como início de várzeas, onde o suprimento de umidade em profundidade é abundante. Atualmente, tem sido utilizada no paisagismo urbano.

folha

Barbatimão

Essa árvore possui uma madeira pesada, dura, com fibras revessas e durável em condições adversas sendo assim própria para construção civil. Sua casca possui aspecto escamoso e algumas vezes cristas agudas. Ela pode chegar até a 5m de altura, suas folhas são alternas, compostas bipinadas, com folíolos em número de 6-8 pares por pina com aspecto coriáceo. As flores são amareladas e em racemos axilares. Além disso, é uma planta medicinal muito usada para fazer compressas, cataplasmas ou pomadas para tratar feridas e queimaduras. Mas é na casca do tronco que estão as suas maiores propriedades, especial cicatrizantes e anti-inflamatórias! 

barbatimão

Pau Terra

Esta árvore é muito utilizada na fabricação de forros e estruturas de móveis, possui um aspecto extremamente retorcido apresentando fácil adaptação a terrenos pobres e a estiagem. É uma excelente espécie para compor plantios ou ser manejada em áreas em processo de restauração. Com tronco retorcido, sua madeira é moderadamente pesada e pouco resistente ao apodrecimento quando exposta. 

pau

Saboeiro

Conhecida como Árvore do Sabão, possui uma altura de 5 à 9m, tronco de 30 à 40cm de diâmetro e copa densa e globosa. Ela é bastante encontrada na região amazônica até Goiás e Mato Grosso, nas florestas pluviais e semidecíduas. O mais interessante são seus frutos que contém ‘’saponina’’, e portanto podem ser usados para lavar roupa, lavar as mãos e tomar banho.

saboeiro

 

Faveiro

Esta espécie apresenta possui uma semente que é extremamente tóxica para o gado, já suas folhas são fonte de uma vitamina chamada Rutina e são muito estudadas por laboratórios nacionais e estrangeiros, pois auxiliam na manutenção de vasos capilares e na luta contra os radicais livres. Atinge de 8 a 14 m de altura com madeira pesada, macia ao corte e pouco compacta.

faveiro

 

Jerivá

Trata-se de um coqueiro e que, como o nome diz, produz uns coquinhos amarelinhos, e chega a medir 20 metros de altura. Sua madeira, por ser moderadamente pesada e altamente durável (até em água salgada), costuma ser empregada no preparo de estivados sobre solos brejosos, pinguelas e trapiches. Além disso, é uma planta altamente decorativa, usada na arborização de ruas e avenidas.

jerivá

 

Jequitibá

As ‘’gigantes da floresta’’ se destacam pelo tronco que é reto, cilíndrico, possuindo fuste que pode chegar até 25 metros de altura e raízes grossas, são semicaducifólia na estação de inverno e pode atingir até 50 metros de altura, possui tronco com até 120 centímetros de diâmetro. As flores são pequenas e perfumadas e surgem de outubro a dezembro. É possível encontrar esta árvore também em na região Sul da Bahia e se estende até o Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica e no sul da Floresta Amazônica.

jequitiba

 

 

Mamica-de-Porca

Possui uma casca grossa e é identificada pelos seus espinhos no tronco que são parecidos com “tetas” de porca ou de cadela, sendo que seus nomes populares foram dados devido a essa característica. Sua altura varia entre 6 e 12 metros. A árvore vem da mesma família que o limão, a laranja e muitos outros frutos cítricos. 

mamica

(Foto: Wanda Gama)

 

Caryocar brasiliense (Pequi)

 

É uma árvore grossa, com tronco tortuoso, casca suberosa (rachada) e madeira pesada, porém macia e de boa durabilidade, podendo atingir até 10 m de altura. Suas folhas são compostas trifolioladas e opostas. A parte inferior das suas folhas possuem nervuras proeminentes e densamente pilosa. E claro, é a árvore que produz o nosso amado Pequi, que faz parte da culinária típica de Goiás.

arvore

 

Informações e Imagens: IBF; Árvores Brasil; EFlora Web; Wikipédia