Conheça os parques nacionais localizados em Goiás

O estado goiano é privilegiado com riquezas naturais inestimáveis.

Mariane Faz
Por Mariane Faz
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Para quem ama natureza, passeios ao ar livre, trilhas, cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego, conhecer um Parque Nacional é uma experiência imprescindível!

O Goiás é privilegiado neste quesito e possui em seu território dois Parques Nacionais e um estadual, que é uma unidade de conservação de domínio federal. Mas você sabe o que é um Parque Nacional? É uma área natural extensa de terra ou mar de grande relevância para a conservação da natureza e da biodiversidade. Pensando nisso o Curta Mais veio mostrar o que tem de melhor nestes parques goianos. Confira:

 

Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

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Foto: Reprodução/Melhores Destinos

Destino turístico famoso entre brasileiros e estrangeiros, terra apaixonante, com paisagens estonteantes. Assim é o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, ou simplesmente a Chapada.

Patrimônio Mundial da UNESCO em 2001, a Chapada fica a 1200 metros de altitude e por isso tem um clima bem ameno e aquele ventinho frio a noite, que vale sempre levar um casaquinho.

A região do Parque Nacional abrange 5 cidades em Goiás, que são: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Nova Roma e São João d’Aliança. Os municípios compõem uma unidade de conservação de domínio federal que protege uma área de 240.611ha de cerrado de altitude, abrigando espécies de animais e formações vegetais únicas, além do abundante número de rios, nascentes e cachoeiras.

Criado em 1961, o parque tem sua atividade econômica voltada completamente para o turismo zen e turismo de aventura. A entrada do parque é gratuita e o acesso principal é pelo distrito de São Jorge, que fica a 36km do município de Alto Paraíso. Lá existem 4 trilhas:

 

Trilha 1 —  marcada como a trilha “vermelha” pelo parque e leva você ao Canyon 1, Canyon 2 e Cachoeiras Cariocas (cerca de 11 km de ida e volta). O nível é fácil, pois é principalmente de nível plano.

Trilha 2 — marcada como a trilha “amarela” pelo parque, leva até a cachoeira das Corredeiras, o mirante do Carrossel e o mirante para as gotas de água de “80 metros” e “120 metros” do rio Prieto chamado Dos Saltos (cerca de 7 milhas ida e volta). O nível é fácil, pois é quase todo plano, com apenas uma pequena subida próximo ao mirante.

Trilha 3 —  marcada como a trilha “azul” pelo parque, é bem mais curta (meia milha) e leva você até a Seriema

Trilha 4 —  marcada como trilha “laranja”, onde está a Travessia das Sete Quedas. Devido à temporada, a trilha estava fechada. Portanto, antes de visitar o local, verifique o site do parque para obter mais detalhes.

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Foto: Reprodução/Melhores Destinos

A região que circunda o Parque Nacional conta com diversos atrativos turísticos, que valem cada minuto de caminhada, oferecendo visuais incríveis. Entre os mais famosos estão o Vale da Lua, que tem formações rochosas peculiares, esculpidas pelo curso do rio, lembrando o solo lunar. As águas termais, que chegam a ter 38°. Cachoeiras Almécegas I e II também compõem o quadro de lugares imperdíveis da Chapada, junto com a Catarata dos Couros.

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Foto: Reprodução/Melhores Destinos

Com todas essas atrações, o local ainda possui um forte misticismo, principalmente em relação a extraterrestres, o Paralelo 14 (o mesmo que passa por Machu Picchu) e o fato que este parque fica localizado em cima de uma grande placa de quartzo. Acredita-se que o mineral quartzo faz com que a Chapada seja vista como um centro de concentração de energia.

Sem dúvidas é um lugar que todo mundo precisa conhecer e fica logo ali, a 412km km de Goiânia e 230km de Brasília.

 

Parque Nacional das Emas (PNE)

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Foto: Maurício Oliveira

O Parque Nacional das Emas fica localizado entre os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul e 6 municípios estão incluídos em sua área. Mineiros, Serranópolis e Chapadão do Céu, em Goiás e os municípios de Costa Rica, Alcinópolis e Alto Taquari, no Mato Grosso do Sul. O Parque Nacional das Emas é bem menor que o da Chapada dos Veadeiros, tendo 132 000 ha de área de conservação ambiental. Também foi criado em 1961, pelo então Presidente Juscelino Kubitchek e atualmente é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O Parque das Emas abriga diversas nascentes, mas ao contrário da Chapada, o turismo é bem escasso. Mas é onde o Cerrado se apresenta mais forte, com campos limpos, campos sujos, veredas e matas ciliares, abrigando diversas espécies facilmente avistáveis em um safári de carro, bicicleta ou em trilhas. Os passeios turísticos mais famosos são:

Safári de carro – Com duração de até 8 horas e capacidade máxima para 20 pessoas, o carro safári é um passeio completo pelo Parque. Sempre que o carro safári for locado, haverá um guia acompanhando. Durante o passeio, é interessante descer do carro e andar a pé para observar os bichos de grande ou pequeno portes, os cupinzeiros espalhados por todo o parque, bem como inúmeras espécies de flores.

Passeio de bote – Com duração de aproximadamente 2 horas, o passeio pode ser feito com ou sem flutuação e com equipamento de mergulho. O visitante vai descendo de bote no Rio Formoso e pode mergulhar em pontos onde o instrutor do bote orientar.

Boia Cross – Com duração de aproximadamente 40 minutos, o passeio é feito em um trecho do rio Formoso com maior intensidade de corredeiras.

Ciclismo – Pode ser feito com a própria bicicleta, ou alugar alguma disponível nos portões do Bandeira e Jacuba. É preciso fazer a reserva com antecedência, pois o parque não tem muitas bikes.

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Foto: Maurício Oliveira

Agora olha só isso!!! O período de maior visitação do parque ocorre entre os meses de outubro e novembro. É quando turistas do mundo inteiro acompanham o fenômeno natural da bioluminescência no Parque Nacional das Emas, quando os ovos dos vagalumes depositados nos cupinzeiros eclodem e as larvas, em busca de alimento, se iluminam ao anoitecer para atrair outros insetos. A entrada é gratuita.

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Foto: Maurício Oliveira

O Parque Nacional das Emas funciona como um santuário da fauna e flora do cerrado, preservando o meio ambiente e protegendo as espécies de animais incríveis que ali habitam. Alguns dos animais são de grande porte, como a onça parda e a pintada, cervo do pantanal, tamanduá-bandeira. Também é abrigo de espécies ameaçadas de extinção codorna-mineira (Nothura minor), inhambu-carapé (Taoniscus nanu), papagaio-galego (Amazona xanthops) e muitas outras.

Um dos objetivos que o Parque Nacional exista ali, é manter e proteger as paisagens naturais e pouco alteradas, principalmente as nascentes do Rio Jacuba e Formoso, afluentes do Rio Corrente, que pertence a bacia do Rio Paraná.

Sem dúvidas é uma das muitas riquezas do estado de Goiás, que em sua história já teve o meio ambiente ameaçado por queimadas e pela atividade agropecuária exagerada. Vale a pena visitar o Parque Nacional das Emas, pode ir arrumando as malas!

 

Parque Estadual Serra de Caldas (PESCAN)

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Foto: Reprodução/Viagem e Turismo

Apesar de ser estadual, este parque faz parte das unidades de conservação de domínio federal em Goiás, então o Curta Mais decidiu colocar ele neste roteiro e mostrar o que tem de melhor no Parque Estadual Serra de Caldas. Segundo geólogos, a Serra de Caldas é a cratera de um vulcão extinto, que deu origem às águas quentes da região há cerca de 600 milhões de anos. Mas o parque foi criado somente em 1970, para proteger as nascentes de águas termais dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente, mas somente em 1999 que o local foi aberto a visitação. Antes era somente uma área de preservação, totalmente fechada.

Seus 123 quilômetros quadrados guardam tesouros da fauna e flora do cerrado brasileiro e abrigam duas trilhas: a Cascatinha e a Paredão. A Cascatinha é considerada leve, e seus cerca de 700 metros podem ser percorridos em aproximadamente meia hora. A trilha leva a uma queda d’água de quatro metros de altura, que tem uma piscina natural onde é possível se refrescar. A Trilha do Paredão, por sua vez, é de dificuldade “moderada”, e leva cerca de uma hora para ser cumprida. 

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Foto: Reprodução/Viagem e Turismo

O parque fica aberto de terça a domingo, das 8h às 17h, mas o último acesso é às 15h e o ingresso é R$10 para turistas e R$7 para moradores. É um parque de menor dimensão, então é muito mais acessível em todos os aspectos. Um ótima opção para quem quer fugir das piscinas termais agitadas da região.

 

Foto da capa: Reprodução/Melhores Destinos