Conheça o tradicional parque de Goiânia que tinha lago liberado para banho

Descubra a história do Lago das Rosas, um dos mais lindos parques de Goiânia

Amanda Mendonça De Oliveira
Por Amanda Mendonça De Oliveira
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Goiânia, capital do estado de Goiás, é uma cidade que se destaca por sua abundância de áreas verdes, árvores e parques encantadores. Entre esses parques encontramos o Lago das Rosas. Localizado na Alameda Das Rosas no St. Oeste, o Lago das Rosas, inaugurado na década de 1940, é o primeiro parque da cidade, sendo uma parte da história de Goiânia. O parque também é famoso por abrigar o zoológico de Goiânia, além de preservar elementos decorativos que remontam à era do estilo art déco, incluindo um trampolim e muretas. No entanto, a história do Lago das Rosas é mais do que uma simples evolução de um parque comum, inicialmente ele foi fundado como um parque aquático, vamos conhecer um pouco desta história. 

 

 

Inicialmente, a área que hoje abriga o parque era uma fazenda. Segundo histórico elaborado por Paulo José, jornalista e mestre em Gestão do Patrimônio Cultural, e cedido pela Agência Municipal de Meio Ambiente – AMMA, os proprietários da área doaram, em 1933, esta e outras áreas totalizando mais de 50 alqueires, para serem incluídas no território da nova capital. Foi então que nos fundos do vale, junto às nascentes do córrego Capim Puba, foi criado um balneário com o lago, cercado de roseiras, e se tornou um clube popular, onde a população de Goiânia podia tomar banho e fazer programas familiares e se divertir.

 

Em 1941 foi oficialmente fundado o Balneário Lago das Rosas, que tinha o objetivo de proporcionar lazer à população de Goiânia, constituída de quase 40 mil habitantes na época. A fundação do Balneário também foi um ato político que marcaria a junção entre Campinas e a nova Capital de Goiás.

 

Foto: Reprodução 

 

Além do trampolim e das muretas haviam dois prédios para uso dos visitantes: o Castelinho, que era ocupado pelos estudantes e outro que misturava bar e boate. Em 1956, esse horto foi transformado no Jardim Zoológico de Goiânia e, no final dos anos 60, o banho passou a ser proibido ali devido aos casos de afogamento, foi então que o parque deixou de ser um balneário e começou o processo para se tornar um parque comum, com pista de caminhada e parquinho para as crianças.

 

No decorrer dos anos 70 e 80, com a expansão de Goiânia, foram construídos vários edifícios e condomínios de luxo no entorno do Parque, transformando a região em uma das áreas residenciais de maior valor imobiliário da cidade. Além de se tornar uma espécie de produto para o mundo imobiliário, que o vende como “uma natureza ao alcance do olhar”, local também passou a ter novas funções, como a transformação de suas calçadas em pista de caminhada para os moradores da região. 

 

 

Desde sua fundação como o Balneário Lago das Rosas na década de 1940 até sua transformação em um parque comum, o Parque manteve sua importância como um local de encontro, lazer e relaxamento para os moradores de Goiânia. A preservação da natureza no local em meio à crescente urbanização da cidade o torna ainda mais especial ao oferecer um refúgio onde as pessoas podem escapar da agitação da vida moderna e conectar-se com a natureza. Hoje, o Lago das Rosas continua sendo um marco histórico e uma parte querida da herança cultural e ambiental de Goiânia. 

 

Fonte: CAU/GO – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás 

Fotos: Curta Mais – Marcos Aleotti

 

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