Conheça as lendas e mitos mais assustadores do estado de Goiás

De arraias e serpentes gigantes, até espíritos vagando por aí, e assustando as pessoas

Marcos Paulo Carbone
Por Marcos Paulo Carbone
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Em meio às belíssimas paisagens naturais, e todo o encanto que o cerrado trás com suas cachoeiras e serras, escondem-se segredos sombrios e histórias arrepiantes. Conhecido por sua rica cultura e tradições, Goiás também é lar de lendas e mitos assustadores que têm atormentado a imaginação dos moradores locais por gerações.

Nas profundezas das cidades históricas de Goiás, há relatos de aparições fantasmagóricas e eventos sobrenaturais que desafiam a lógica, e nós reunimos alguns deles para você! Confira:

 

Romãozinho
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A versão goiana do Saci Pererê, Romãozinho era um garoto muito desobediente e do mal, mordendo todos que tentavam chegar perto dele enquanto ainda era bebê. Conforme foi crescendo a maldade do menino só piorava, gostava de maltratar animais, destruir plantas e fazer mal para as pessoas.

Existem várias versões para a origem da lenda, mas na mais famosa delas, Romãozinho mente e rouba a comida de seu pai, que furioso, espanca sua mãe, pensando que ela havia lhe enviado apenas ossos. A mulher então amaldiçoa a alma do garoto, o condenando a vagar pela terra.  Em outra versão, sua maldade seria tão grande, que fora recusado pelo céu e pelo inferno, sobrando na terra para assustar as pessoas.

 

 

Arranca Línguas
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Muito contada na região do Rio Araguaia, essa lenda assustava os fazendeiros donos de gados e toda a população à noite. Contando sobre um monstro que se alimenta exclusivamente de línguas, suas vítimas vão de bois e cavalos até humanos, o importante é ser a língua!

Segundo as lendas, o monstro tem uma estatura maior que a de um gorila, e é tão forte quanto um.

 

 

Rodeiro

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A lenda conta a história de uma arraia gigantesca que habitava o leito do rio Araguaia. Com várias versões, algumas dizem que a criatura só ataca quem a perturba, enquanto outras dizem ser melhor rezar para não se deparar com a Rodeiro.

Arrastando linhas, virando embarcações e afogando banhistas, sua chegada pode ser percebida com um agito na água, se conseguir sair da água a tempo.

 

 

O Fantasma de Maria Grampinho

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Uma lenda mais recente, da cidade de Goiás, Maria foi uma pessoa real,e contribuiu bastante para a cultura e memória da cidade. Em vida, era andarilha e amiga de Cora Coralina, mas por carregar suas coisas em uma grande trouxa branca nas costas, acabou ficando conhecida como a versão goiana do “homem do saco”.

Principalmente entre o imaginário das crianças, a mulher era usada como exemplo pelos pais para elas se comportarem, uma técnica que funciona até hoje, já que alguns turistas já relataram ter visto Maria dentro da casa de Cora Coralina, brincando com sua trouxa.

 

 

A Cruz de madeira em Catalão

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Os antigos habitantes da região de catalão, contavam que no morro ao lado do município funcionava um cemitério onde as crianças que não haviam sido batizadas eram enterradas. Como na época a religião era muito presente na vida das crianças, sobravam poucas nesse destino.

Uma vez, com o médico da cidade fora, os moradores enterraram uma menininha que havia falecido por doença, ao menos era o que pensavam. Segundo a lenda, a garotinha sofreu um ataque de catalepsia (doença que simula a morte, mas não acontece de fato), e foi enterrada viva por conta disso. 

Desolados, seus pais ergueram uma enorme cruz de madeira sob seu túmulo, e até hoje é possível escutar as crianças chorando e se debatendo para sair do túmulo.

 

 

A Serpente de Formosa

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A lenda conta a história do Frei Estevão, em uma missão para salvar a cidade. Segundo a lenda, uma das capelas da cidade, havia sido construída em cima de um rio subterranêo devastador, e todos esperavam pelo momento em que ele ia levar toda a cidade embora. Além do seu perigo, havia uma serpente gigantesca no fundo desse rio, chegando quase a uma légua de comprimento.

Então após rezar por uma solução, o Frei foi até o céu, e recebeu 3 fios de cabelo de nossa senhora, que ele deveria usar para amarrar o animal, e assim o fez, com muito esforço! Furiosa, a serpente se debateu até esvaziar um terço da lagoa, e até hoje dizem ser possível escutar o barulho das águas e o monstro tentando se soltar.

 

 

Negro D’Água

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Segundo a lenda, o Negro D’Água é um ser, preto, com o corpo coberto de escamas, careca, e com as mãos e os pés de pato. Vivendo em vários rios, ele caça oferendas dos pescadores, que podem ir de peixes, até cachaça, tendo virado tradição mais ao norte do estado, jogar a bebida no rio, para não ter a embarcação virada por ele.

Não se sabe ao certo a origem da lenda, mas o Negro D’Água, nunca deixa os rios, e vive para sacanear com os pescadores, quebrando seus anzóis, furando as redes e assustando as pessoas.

 

 

Pé de garrafa

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Sem muitas histórias sob sua origem, algumas pessoas dizem que ele habita as florestas do Paraná, enquanto alguns registros apontam para Goiás, mas independente de onde vem, a lenda aterroriza as pessoas dos dois estados.

Com corpo de um homem coberto de pelos, ele possui apenas um olho e um chifre no meio da testa, assim como só um braço com garras enormes, e claro, os pés em formato de fundo de garrafa. Ele ajuda as pessoas informando o caminho na mata, mas se você responder, ele te seguirá, e só vai ser possível se livrar dele atingindo seu umbigo branco.

 

 

As Garrafas de Ouro de Pirenópolis

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Uma lenda no melhor jeito brasileiro de ser, ela surgiu de uma tentativa do que seria hoje uma sonegação de impostos. Para não pagar parte do seu ouro para a Coroa Portuguesa, Antônio Frota que era dono de terras no passado, transformava seu ouro em pó e os guardava em garrafas de barro.

No processo, ele mandava seus escravos esconderem as garrafas pelos morros da propriedade, e para que eles não contassem onde tinham colocado, Frota arrancava sua língua e furava os olhos, quando não os matava para garantir o sigilo.

Enriquecendo sua família dessa maneira, após sua morte estavam afundados em soberba, e por não entender nada de negócios, suas duas filhas foram passadas para trás e reduzidas à miséria por juízes desonestos. Anos depois, o castelo foi destruído para construção de um casarão, mas as garrafas com ouro nunca foram encontradas.

 

 

A louca do morro da saudade

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A lenda conta a história de Rita, uma viúva que vivia próximo a cidade de catalão. Herdeira de um grande fortuna, homens se matavam por ela, até que chegou um dentista jovem e bonito na cidade e começaram a se envolver.

Com uma vida formada em Minas Gerais, o dentista chamado Roberto era casado e tinha até filhos, portanto não correspondia o amor de Rita da mesma forma. Decidido a voltar para sua terra, ele marca sua despedida com a mulher no morro de São João.

Lá, Rita já suspeitava de sua intenção, e decidida a impedir que ele fosse embora, a mulher disparou 4 tiros contra suas costas, e desabou a chorar. Mesmo após várias internações ela nunca foi a mesma, e continuou indo até o fim de sua vida ao morro, procurando pelo seu ex-amante. Os Catalanos afirmam que se olhar para o morro em algumas noites, é possível ouvir os choros de uma moça de branco  lá do alto.

 

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Foto de Capa: Prefeitura de Formosa