Cientistas descobrem novo tratamento para Câncer de Mama agressivo

O tratamento será utilizado para o chamado triplo-negativo (CMTN), o mais agressivo do que outros tipos de câncer

Thaís Muniz
Por Thaís Muniz
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Em meio à campanha nacional do Outubro Rosa, destinada ao combate e conscientização sobre o Câncer de Mama, temos uma notícia que traz esperança. Uma equipe de médicos e cientistas do Centro Nacional do Câncer de Singapura, identificou um novo método para tratar o câncer de mama chamado triplo-negativo (CMTN), um dos mais agressivos tipos de câncer e com poucas opções de tratamento. A descoberta foi publicada na Revista News Medical, no último dia 15 de Outubro.

A equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno (vendido sob a marca Targretin, utilizado para o tratamento de linfoma cutâneo de células T) para facilitar esse processo antes da quimioterapia, que ainda é considerado o tratamento padrão básico. Os médicos responsáveis descobriram que as células cancerosas mudam entre diferentes estados celulares, incluindo mudar de menos agressivas para mais agressivas e vice-versa. Ao converter as células cancerosas altamente agressivas para o formato menos agressivo, os tumores são ”preparados” para responder melhor à quimioterapia, que funciona eliminando essas células. 

Este processo biológico é denominado ”transição mesenquimal-epitelial”, e a equipe usou o bexaroteno para facilitar o processo no trabalho pré-clínico do câncer de mama, antes da aplicação da quimioterapia.

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O tratamento neoadjuvante com retinoides pode promover a conversão de células cancerosas mesenquimais, altamente agressivas, em células cancerosas epiteliais, menos agressivas no câncer de mama. [Imagem: National Cancer Centre Singapore]

 

A equipe já anunciou o início de um ensaio clínico humano, com previsão de duração de três anos, para investigar se a abordagem funcionará fora do ambiente laboratorial. ”Para nosso estudo, existe uma veersão de grau clínico do indutor de transição mesenquimal-epitelial, o que facilitou significativamente a tradução direta para o cenário clínico. Esperamos que os resultados sejam o primeiro passo na introdução de um novo conceito no tratamento do câncer”, disse a Dra. Elaine Lim, coordenadora do estudo.

 

*Com informações portal Diário da Saúde

Imagem: Divulgação

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