Cidade histórica do interior de Goiás tem casarão abandonado que foi foi levantado por espanhóis e é uma verdadeira preciosidade arquitetônica

Chamado popularmente de Castelinho de Urutaí, imóvel está sob responsabilidade do Instituto Federal Goiano

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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Urutaí é um município brasileiro do estado de Goiás. Seu nome remete ao pássaro Uru.  O nome científico da ave é odouspero  que significa: do (grego) odous = dente; e pherö = carregando, aquele que carrega; e de capueira = nome brasileiro para um tipo de vegetação (capoeira), mata, floresta. ⇒ (Ave) da mata que carrega dentes. 

 

O uru é uma ave galliforme da família Odontophoridae.É um pequeno galináceo florestal topetudo, também conhecido como: uru-capoeira, capoeira, uru-do-nordeste, piruinha e perdiz-uru. O Uru está extinto.

A cidade pertence à mesorregião de Pires do Rio tem uma área de 626,717 km2. O município se estende por 626,7 km² e contava com 3 072 habitantes no último censo. A densidade demográfica é de 4,9 habitantes por km² no território do município. Os municípios vizinhos de Urutaí são Pires do Rio e Ipameri.

A cidade que fica a 170 quilômetros de Goiânia, é forte na produção de cana-de-açúcar, milho, arroz, sorgo, mandioca e soja. A pecuária é a principal atividade econômica do município, que  surgiu a partir da construção da Estrada de Ferro Goyás.

A Estrada de Ferro Goiás foi uma ferrovia do governo federal, mais tarde incorporada à Rede Ferroviária Federal, com aproximadamente quatrocentos e oitenta quilômetros de extensão e trinta estações. Ela  ligava a cidade de Araguari, no Estado de Minas Gerais, à cidade de Goiânia, no Estado de Goiás.

Com a inauguração da estação, em 15 de novembro de 1914, intensificou-se a ocupação de famílias em torno dela. A chegada dos trilhos da ferrovia, em solo goiano, teve uma importância fundamental para o desenvolvimento da economia da região, dominada, até então, por comerciantes das cidades do Triângulo.

Desde a construção, em 1907, do ramal ferroviário que ligava a cidade mineira de Araguari à cidade goiana de Catalão, a cidade de Goiandira era o ponto de encontro das estradas, os comerciantes mineiros vinham sofrendo prejuízos em seus negócios. A partir de 1915, as cidades do sudeste de Goiás acabaram assumindo o controle do comércio regional, antes dominado pelas cidades do Triângulo Mineiro. A cidade mineira de Araguari, no entanto, continuou tendo significativa participação no comércio de Goiás, servindo de ponto de integração com as regiões sul e sudeste do País.

 

Contribuiu também para o desenvolvimento do município, a Fazenda Modelo construída pelo Governo Federal em 1910, hoje conhecida como Escola Agrotécnica Federal.

O povoado foi elevado a distrito em 15 de junho de 1915. Mas perdeu esta posição logo em seguida. O restabelecimento do município só aconteceu em 15 de dezembro de 1947. 

Suas principais festas populares são a de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia. As datas comemorativas são: 15 de junho, fundação do município; 6 de agosto, Dia do padroeiro senhor Bom Jesus e 16 de setembro, denominação do município e 15 de dezembro, emancipação.

Urutaí orgulha-se dos seus filhos que conseguiram destaque nacional, como o escritor João Felício de Oliveira Filho; o poeta e apresentador de TV, Hamilton Carneiro; o escritor e político, Benedito Vieira Ferreira; o escultor Rodolfo Pereira e Morais Júnior e o escritor Euclides Pereira.

Nesta cidade com tanta história para contar, existe um imóvel conhecido popularmente como Castelinho de Urutaí, que está abandonado e que visivelmente é histórico e merece atenção pela arquitetura típica, apesar de ainda não ser tombado pelo Iphan. 

Segundo o Instagram Goiás tem História, a obra arquitetônica  foi construída em 1920. A construção tinha como proprietários, dois irmãos espanhóis imigrantes que vieram parar no interior do Planalto Central. 

 

Ao redor do castelinho  funcionava uma fazenda modelo do governo federal. O funcionário do Ministério da Agricultura e engenheiro agrônomo Augusto Vieira morou décadas no local com a família.  As fotos foram enviadas pela filha do engenheiro ao instagram.

Hoje o castelinho está sob a responsabilidade do Instituto Federal Goiano, mas a impressão que se tem pelas fotos é de abandono.

 

Confira as imagens. A última é da atualidade.As fotos foram retiradas do instagram Goiás tem História 

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