Caso Lázaro: Descubra 5 buscas mais longas e famosas por bandidos do mundo
Assim como o caso ocorrido no interior de Goiás, essas longas buscas nos faz lembrar de histórias que foram marcantes para o mundo e alguns deles ainda não foram resolvidos
Desde o dia 9 de junho deste ano, a equipe policial do Estado de Goiás e Distrito Federal tem iniciado as buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, acusado de vários crimes como homicídios e roubos na região Centro-Oeste.
Mais de 270 policiais estão envolvidos nesta megaoperação de busca, que já completa mais de 14 dias sem respostas. De acordo com informações e testemunhas de vítimas, o rapaz tem atuado na área rural em torno de Cocalzinho, Edilândia e Girassol, municípios interiores localizados na BR-070.
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E com isso, a paralisação dos policiais sobre o caso, o receio dos moradores e a quantidade dos dias de busca sem respostas nos faz remeter a casos semelhantes que ganharam visibilidade no Brasil e no mundo. E que hoje, as histórias totalmente resolvidas se tornaram marcantes para o universo policial e outros ainda permanecem na mira, apenas com informações de pistas e achados, mas sem desdobramentos maiores. Confira abaixo as 5 buscas mais longas da história:
Ted Bundy
Considerado um dos mais famosos serial killers na década de 70, o norte-americano Ted Bundy deu muito trabalho para a polícia ao cometer uma série de crimes e sequestro de estupro de mulheres.
Em 1974, várias estudantes começaram a sumir nas regiões de Washington e Oregon, região vizinha à casa de Bundy. Logo, o jovem começou a estudar Direito na Universidade de Utah e, não por coincidência, diversas estudantes de lá foram sequestradas, abusadas e mortas. Porém, uma de suas vítimas conseguiu fugir antes de ser morta, e foi por meio dela que a polícia conseguiu traçar um perfil do assassino em série.
No mesmo ano, por acaso, Ted Bundy acabou sendo preso por um agente de trânsito por dirigir de forma estranha, e depois, por encontrar ferramentas, como, picador de gelo, pé-de-cabra, meia-calça com buracos para os olhos, luvas e outros itens questionáveis em seu carro. Mas não durou muito para o assassino fugir da cadeia três anos depois.
E com isso, as buscas por Bundy duraram aproximadamente três meses, que chegou encontrado após mais um assassinato realizado no mês de fevereiro de 1978. Esta, foi a última vez que o serial killer foi preso e morreu no ano seguinte após sua sentença de pena de morte.
Ted Bundy confessou ter matado 36 jovens, mas a polícia estimava que o número poderia chegar até 65 vítimas, sendo o primeiro assassinato aos 14 anos de idade.
Foto: Reprodução/Divulgação
Maníaco do Parque
O brasileiro Francisco de Assis Pereira foi considerado serial killer que atuou entre os anos 1997 e 1998, em São Paulo.
Ele sequestrava suas vítimas, em sua maioria, mulheres, e levava ao Parque do Estado para realizar o ato de estupro e assassinato. Porém, uma das vítimas sobreviveu aos ataques de Francisco que ajudou a localizar a região onde o serial trabalhava como motoboy, facilitando o trabalho policial de criar um retrato-falado e começar as buscas pelo assassino.
Francisco foi alvo de buscas intensas e colaboração da polícia de diversos estados, até que o assassino foi encontrado em Itaqui, interior do Rio Grande do Sul. Após a prisão, ele colaborou com a polícia para a localização dos restos mortais de suas vítimas, que no total, contabilizaram oito cadáveres encontrados no Parque.
O maníaco foi condenado a 280 anos de prisão, mas por conta da lei brasileira, o tempo máximo permitido para presidiários é de apenas 30 anos. Sendo assim, Francisco tem previsão para deixar a prisão no ano de 2028 e voltar à vida como cidadão comum.
Foto: O Globo/Reprodução
Bonnie e Clyde
Uma das histórias reais que inspira muitos filmes de terror e suspense é do casal Bonnie e Clyde, que atuaram entre os anos 1932 e 1934, na região dos Estados Unidos.
Bonnie Elizabeth, nascida no ano de 1910, tinha facilidade com a escrita e chegou a escrever introduções de discursos para políticos locais. Na época, a jovem era descrita como uma jovem inteligente, de personalidade e força de vontade e conheceu seu segundo parceiro Clyde Barrow enquanto trabalhava como garçonete em uma lanchonete no ano de 1930.
Clyde Barrow, natural de Kansas e nascido em 1909, já possuía um histórico de envolvimento com a polícia desde pequeno. Aos 16 anos, foi preso pela primeira vez ao fugir de um policial quando foi interpelado sobre um carro alugado em seu poder que não havia devolvido à locadora no prazo certo. Logo, foi preso novamente juntamente com o seu irmão Buck, ao roubar perus de uma propriedade privada, e assim sucessivamente. Mesmo empregado, Clyde praticava pequenos furtos em lojas de conveniência e roubando carros, sua preferência era por pequenos roubos em postos de gasolina e lojas.
Ao conhecer Bonnie, ambos decidiram criar uma gangue chamada Barrow, que tinha amigos e outros adolescentes como integrantes do grupo. Porém, Clyde acabou sendo presa e ao conseguir sair da cadeia, voltou novamente para os braços do seu amado e cúmplice. Na bagagem, o casal colecionou dezenas de assaltos a bancos, lojas e o assassinato de, pelo menos, nove policiais, começando a chamar atenção da polícia e da mídia e espalhar medo na sociedade.
Ao serem considerados mestres das fugas, a polícia norte-americana nunca conseguia achá-los durante os anos em que atuaram, até que em 1934, as autoridades conseguiram um informante, que também serviu como cúmplice do casal.
Após informações sobre como e onde eles costumavam viajar, agentes dos estados do Texas e Louisiana emboscaram Bonnie e Clyde na estrada, matando o casal em um tiroteio.
Foto: Divulgação/Reprodução
Jack, o Estripador
Considerado um dos assassinos mais assustadores, Jack – pseudônimo dado ao assassino em série – atuou na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, e arredores no ano de 1888. A diferença entre eles e os outros citados acima é que por mais que a polícia tivesse feito todos os esforços possíveis para prender o homem responsável pela morte e retirada de órgãos de cinco mulheres, eles nunca conseguiram identificá-lo.
A capital da Inglaterra passou por três meses aterrorizantes, período em que Jack não só matou as vítimas como mandou cartas à polícia, sendo uma delas, com um rim humano preservado. Três anos depois, em 1891, outros assassinatos aconteceram, mas a polícia nunca conseguiu descobrir se o irreconhecível Jack era o autor das matanças.
No geral, 100 homens foram suspeitos de serem o serial killer, mas nenhuma prova conseguiu fazer com que a polícia londrina tivesse certeza de sua identidade. Mais de 2 mil testemunhas foram questionadas e mais de 300 foram investigadas. Até a população criou um comitê de vigilância na região onde Jack costumava atuar, mas tudo foi em vão.
O mistério de Jack, o Estripador se estende até os dias de hoje, com pesquisas policiais para desvendar a verdadeira identidade do assassino em série, mesmo com poucas provas que foram resgatadas na época.
Foto: Divulgação/Reprodução
Paulo Cupertino
E por último, o brasileiro Paulo Cupertino que assassinou o ator Rafael Miguel, 22 anos, e sua família em frente à sua casa em São Paulo, no ano de 2019. O motivo do crime foi que o assassino não aceitava o namoro dele com sua filha.
Cupertino fugiu após o crime e nunca mais foi encontrado. A polícia busca por informações que indiquem sua localização, e já receberam pistas em diversas cidades do Brasil e em um local na Argentina. Mais de 300 locais já foram investigados e nada foi encontrado.
A busca pelo assassino, acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, foi incluso na lista da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), ou seja, qualquer país do mundo pode prendê-lo caso o encontre.
Cupertino está entre os 17 assassinos mais procurados pelo Estado de São Paulo.
Foto: Divulgação/Reprodução