A trama que é um perfeito equilíbrio entre humor e drama, se passa no meio nas florestas selvagens do Pacífico Norte, com o pai Ben (Viggo Mortensen), os seis filhos Bodevan, Kielyr, Vespyr, Rellian, Zaja e Nai. Princípios como união da família, o respeito e carinho mútuos são o grande fascínio que te faz querer assistir o longa novamente.

O choque de idealismo e realidade entre a diferença de valores da família, e da sociedade americana convencional são impressionantes. Estes que são muito bem representados no roteiro do diretor Matt Ross, que realizou um trabalho sensível e tocante explorando a educação como um meio de formação inteligente e crescimento pessoal da família. Unidos à conceitos, já não mais existentes na sociedade, o longa discute sobre temas como capitalismo, educação e materialismo, deixando uma reflexão profunda sobre os valores sociais priorizados, a alegria e a tristeza nas relações familiares.

E o fator que mais chama atenção no filme é o “propósito da educação”, uma questão simples, que atualmente, pouco se fala, e pouco se faz. Ben, proporciona uma educação “pouco convencional”, dinâmica fascinante e impecável aos seus filhos, com disciplinas, excepcionalmente cultas e inteligentes. Diariamente ele trata conhecimentos avançados em literatura, física, biologia, política, música, e idiomas estrangeiros.

Tudo de uma forma muito leve, com um cuidado cenográfico fabuloso e claro tratando a inteligência e humanismo num ambiente com bastante humor e carinho. Um filme divertido que fará você chorar, triunfante e espirituoso tocante, chocante ao mesmo tempo, extraordinário.

– “O que criamos aqui pode ser único na história da humanidade. Criamos o paraíso”.