Canadense utiliza inteligência artificial para simular conversa por mensagem com noiva morta

O software, batizado de GPT-3, simula a escrita humana de modo bastante convincente

Beatriz Mendes
Por Beatriz Mendes
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Um canadense de 33 anos usou um software de inteligência artificial para simular conversas com sua noiva, que morreu a 8 anos atrás.  Foram dez horas de conversa que simulavam uma interação real, bastante assustadora.

 

Segundo a reportagem do Fantástico, por todo o mundo, pesquisadores tentam criar programas que respondam, conversem ou escrevam como humanos. Robôs que pensam por conta própria, capazes de responder de formas diferentes a perguntas não programadas.

 

O Projeto Dezembro, desenvolvido pelo programador americano Jason Rohrer, quis ir além e criou personagens, robôs com características pré-definidas com quem você poderia bater um papo online. Porém também deu a chance de qualquer pessoa personalizar o seu robô 

 

Em setembro do ano passado, Joshua Barbeau  descobriu o projeto e, pagando US$5 para criar uma conta, ele escreveu informações sobre a vida, os gostos e a personalidade de sua ex-noiva, Jéssica. Ele também forneceu ao software acesso a antigas mensagens trocadas entre ele e a noiva no Facebook.

O software, batizado de GPT-3, também é regularmente alimentado com todo tipo de texto escrito por humanos, o que permite que ele simule a escrita humana de modo bastante convincente.

Jason Rohrer, o criador do software original disse que jamais imaginou que sua invenção seria usada para simular interações com pessoas mortas. “Eu estou um pouco assustado com as possibilidades”, escreveu. Ele alerta que o software pode ser usado em golpes, por exemplo, simulando mensagens escritas ou enviadas por pessoas reais e vivas.