Câmara de Goiânia mantém nome da Avenida Castelo Branco e nega homenagem a Iris Rezende

Vereadores desistiram de derrubar o veto de Rogério Cruz ao projeto que homenagearia o ex-prefeito, morto em novembro do ano passado

Rafael Vaz
Por Rafael Vaz
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A Câmara de Goiânia decidiu, na manhã desta terça-feira (22/02), manter o veto do prefeito Rogério Cruz à mudança do nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Iris Rezende Machado. Familiares, amigos e aliados do ex-prefeito da capital, que morreu em novembro do ano passado, defendiam a aprovação do projeto. No entanto, houve pressão de empresários da região, que alegaram prejuízos ao comércio local caso a mudança fosse efetivada.

No total, foram 24 votos contrários à derrubada do veto e oito favoráveis. A votação foi marcada por discussões acaloradas. Vereadores que defendiam a homenagem ao emedebista chegaram a ser vaiados pelos empresários que ocupavam as galerias. 

Com a polêmica, o vereador Clécio Alves (MDB), que é autor da propositura, renunciou ao cargo de líder do MDB no Legislativo. O parlamentar chamou os vereadores que mudaram de posição em relação ao veto de “covardes”. Ele pediu perdão a Iris por ter proposto o projeto que, segundo ele, levaria a Câmara a desrespeitar sua memória.

Nas redes sociais, o presidente do MDB Goiás, Daniel Vilela, criticou os vereadores da capital, inclusive os que são filiados ao partido. “A Câmara erra – e principalmente os vereadores do MDB -, ao não conceder a honraria ao político que tanto fez por Goiás e por Goiânia”, declarou. “Me junto aos goianos que, mesmo com este revés, não medirão esforços para manter sempre vivo o legado de Iris Rezende”, completou.

No último fim de semana, a família do ex-prefeito publicou uma carta à população. O texto pedia que a decisão de homenagear ou não o emedebista fosse feita com “união, consenso, espíritos desarmados de todos que buscam, no reconhecimento material, dar a justa e devida homenagem a Iris”.