Bruschetta: prática e perfeita para receber convidados. Aprenda como fazer!

Entradinha certeira nos bons restaurantes, o petisco é fácil de fazer e quem ensina é um especialista

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
O chef-padeiro da Boulangerie de France (verdadeiro achado em frente ao Parque Vaca Brava), desvenda uma unanimidade da cozinha mundial: a Bruschetta.
O segredo, começa pela escolha do pão, como explica a empresária Cristina Quinan, fundadora da Boulangerie de France. “Apesar de parecer um prato simples, o preparo requer alguns segredos, com destaque especial à escolha do pão, que ao ser levado ao forno deverá manter-se macio por dentro e com uma casca crocante por fora”.

Atualmente, existem inúmeras variações de coberturas, quentes e frias, doces e salgadas. Mas pode-se garantir uma boa bruschetta somente com um bom pão, um bom azeite, sal grosso e pimenta do reino moída na hora.

Boulangerie de France: apostando em padrões internacionais, a empresa localizada na Av. T-15 no setor Bueno, se destaca também pela grande variedade de pães artesanais produzidos com fermentação natural e sabores consagrados universalmente. O portfólio oferece cerca de 30 pães.  

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Rúcula, muçarela de búfala e pesto.

Confira algumas dicas do chef-padeiro, Thiago Menezes:

Em diferentes regiões do mundo, a bruschetta possui sabor, aparência, base e guarnições regionais. E no Brasil, o que garante autenticidade ao prato?
Formato, tipo do pão, guarnições e forma de preparo são pontos que agregam sabor ao prato, incluindo a escolha de um bom azeite, a forma de montar e assar. Apesar de não existir um pão ideal (até o popular pão francês pode ser utilizado), quando se opta por um pão de fermentação natural com levain consegue-se dar um toque especial, combinando pães de acidez diferenciada aos ingredientes escolhidos. Porém, pães de consistência mais firme como as baguetes, banettes e ciabatas são melhor apreciados. O formato oval, ou redondo é tradicional, mas nada impede de inovar com uma bruschetta quadrada.

Existe uma guarnição mais apropriada para cada tipo de pão?
Não há um pão padrão. Porém, para uma cobertura mais ácida, o mais indicado é um pão neutro ou levemente adocicado. Se a cobertura for mais picante e suave, a escolha de um pão mais rústico e ácido é bem interessante.

Qual é a melhor hora para se consumir a bruschetta?
Diferente de outros países, que consomem a bruschetta em refeições e horários inusitados – desde brunch, lanche, almoço ou jantar, como antepasto, prato principal e até como sobremesa – no Brasil, o prato popularizou-se como entrada. Porém, isso vem mudando com casas conceituadas dando destaque ao prato. Logo, a escolha de horário para consumir depende da vontade e opções do cardápio, onde a harmonização e escolha dos pratos que virão na sequência são livres.

Curiosidades
– Os estudiosos acreditam que o prato surgiu antes mesmo de Cristo, entre os trabalhadores rurais italianos. Eles teriam inventado diversas receitas para aproveitar as sobras de pão do dia anterior, guarnecendo-o com qualquer ingrediente que estivesse disponível. Desde então, a receita tradicional que se popularizou com os italianos, vem conquistando diversos países, em especial os brasileiros.

– A palavra bruschetta deriva do verbo italiano bruscare, que significa tostar na brasa.

– Partindo da premissa de que o pão é a base para o sucesso da receita, prefira tostar o pão na grelha ao invés de torrá-lo no forno.

– De acordo com a preferência, é possível finalizar a Bruschetta no forno ou degustá-la fria.

– De acordo com a criatividade dos chefs, as bruschettas ganharam versões inusitadas nos cardápios de bares e restaurantes brasileiros.

– Cada vez mais, o prato deixa de ser uma simples entrada ou aperitivo. Em São Paulo, já existem restaurantes que oferecem exclusivamente Bruschettas.

– O vinho é a bebida mais indicada para harmonizar com a bruschetta.

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Bruschetta à calabresa!