Belíssima cidade histórica do norte do Rio de janeiro é um refúgio litorâneo para goianos que querem sossego

Cidade tem 32 km de orla marítima e praias que costumam ficar movimentadas nos finais de semana, nos feriado

Fernanda Cappellesso
Por Fernanda Cappellesso
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Tradicionalmente associado à atividade petroleira, devido ao grande volume de produção, o Norte Fluminense do Rio de Janeiro é também lugar de diversão. Belezas naturais e históricas encantam moradores e turistas.  

 

A região é formada por nove cidades: Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Macaé, São Fidélis, Conceição de Macabú, Quissamã, Cardoso Moreira, Carapebus e São Francisco do Itabapoana.

 

São João da Barra tem 32 km de orla marítima e é uma cidade de importância histórica para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Até a chegada dos portugueses ao Brasil, no século XVI, toda a região da foz do Rio Paraíba do Sul era ocupada pelos índios goitacá.[

A partir de 1630, a região passou a ser colonizada por pescadores provenientes de Cabo Frio. Data, dessa época, a construção da Ermida de São João Batista, que daria origem à Vila de São João Batista da Barra. No século XVIII, a vila tornou-se um importante ponto de passagem para o açúcar proveniente de Campos dos Goytacazes em direção a Salvador

 

Em 17 de junho de 1850, a vila foi elevada à condição de cidade por decreto do imperador brasileiro Dom Pedro II. Após um período de decadência durante a maior parte do século XX, a cidade voltou a prosperar com a descoberta de petróleo na Bacia de Campos no final desse século.[8]

 

A cidade proporciona passeios a pontos históricos como: 

 

Igreja de São João Batista:

 

 Igreja de Nossa Senhora da Penha

 

Também se destacam a Igreja de São Pedro;Igreja de São Benedito; Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte; Igreja Nossa Senhora dos Navegantes; Palácio Cultural Carlos Martins; Cine Teatro São João; Centro Cultural Narcisa Amália; Antiga Casa da Câmara e Cadeia Municipal; Estação das Artes Derly Machado; Igreja de Santo Amaro; Cais do Imperador; Cais da Imperatriz; Cais do Alecrim; Ruínas do Trapiche; Solar do Comendadador André Gonçalves da Graça (atual Fórum); Delta do Rio Paraíba do Sul; Ruínas de Atafona; Praia Fluvial do Viana; Usina Barcelos; Palmeiras Imperiais; Antiga Estação Ferroviária da Estrada de Ferro Leopoldina, em Atafo

 

O município tem ainda belas praias que costumam ficar movimentadas nos finais de semana e nos feriados. Uma das mais concorridas é a Praia de Grussaí,  um  distrito localizado a 9 km do Centro de São João da Barra.

 

O lugar  ganhou este nome por conta do pequeno caranguejo chamado grauçá-y ou “espera maré”. É onde funciona o Pólo Gastronômico Antonio Augusto Russo, composto por oito quiosques, quatro lojas, duas academias de ginástica, dois playgrounds, chuveiros e sanitários.

 

Confira outros locais para visitar na região:

 

Praia e Lagoa de Grussaí 

 Ideais para quem quer aproveitar os agitos do verão. É nesta praia que acontecem alguns dos principais shows na alta temporada, atraindo grande público. A praia traz algumas curiosidades, como o nome, Grussaí, que vem de um pequeno caranguejo chamado “grauçá-y”. 

 

Sesc Grussaí

 

 O complexo turístico e de lazer de 1,8 milhão de metros quadrados é a primeira unidade do Sesc RJ na região e uma das maiores do país. Foi construído com estruturas de lazer para atender pessoas de todas as idades. No momento, o estabelecimento opera com cerca de 150 unidades com capacidade para 2 a 6 pessoas. Credenciados do Sesc têm direito a desconto. O local conta com muitas comodidades, como restaurante, lanchonete, loja de conveniência, piscinas, quadras esportivas, parques infantis, pista de skate e de patinação, anfiteatro ao ar livre, praças e muita área verde. O Sesc Grussaí também conta com réplicas do Taj Mahal, de Pagode Chinês e de uma Casa de Chá japonesa, além de alguns vagões da antiga Maria Fumaça, que foram preservados. Cenário perfeito para belas fotos!

 

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara 

 

É a maior unidade privada dedicada à preservação do ecossistema de restinga do Brasil. Lá, são desenvolvidos trabalhos de restauração florestal e monitoramento de fauna e flora, utilizando a mão de obra das comunidades do entorno. Todas as mudas plantadas na reserva são produzidas em um viveiro próprio, com capacidade de produção de 500 mil mudas por ano – o que totaliza 1,3 milhão de mudas de 88 espécies. 

 

Refúgio de Vida Silvestre da Lagoa do Taí (Revitaí)

 

Trata-se de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral localizada no quinto distrito. Seu objetivo é a proteção do ambiente natural a fim de assegurar condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. 

 

Lagoa Salgada 

 

O lugar apresenta colônias de bactérias fossilizadas e formações calcárias milenares. É considerada a única na América do Sul, com seus biohermas estromatólitos carbonáticos que datam do período pré-cambriano. Sua importância geológica e paleontológica poderá ser comparada com outras poucas ocorrências semelhantes. Cerca de 12 livros já foram escritos sobre a Lagoa, em cujo entorno está a capela de Santana. O local é parada obrigatória de aves migratórias. A Lagoa foi tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. 

 

Praia de Atafona 

 

 Em meio às ruínas, a poesia de um lugar inesquecível. Atafona impressiona com o processo de transgressão do mar e a invasão das águas sobre o continente, que começou nos anos 60. O cenário inspira pesquisadores, poetas e cineastas. Nome de origem árabe, significa “moinho de vento”. Tem o segundo maior delta do país e o terceiro clima medicinal do mundo. Parada obrigatória para quem visita o município. 

 

O Parque Estadual da Lagoa do Açu (Pelag) 

 

Está localizado entre os municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra. A unidade de conservação foi criada com o objetivo de proteger os remanescentes de vegetação nativa de Mata Atlântica, como a restinga, o mangue e uma importante área alagada. Abriga grande variedade de espécies de aves ameaçadas de extinção. Entre elas, espécies migratórias como vira-pedras, maçarico-acanelado e maguari, além de várias das n

ativas, como socoí-vermelho, arapapá, bate-bico, gaturamo-rei, 

narceja-de-bico-torto e saíra-beija-flor. 

 

Lagoa de Iquipari

 

 Para relaxar e aproveitar o contato com a natureza. O local tem mar e lagoa com mata preservada e fauna nativa. Soma-se a isso um grande potencial para atividades de ecoturismo como, caminhadas por trilhas ecológicas. É ainda ideal para a pesca de anzol. Nome de origem indígena, Iquipari já foi chamada de Lucrécia e Guipary (que significa águas espinhentas). 

 

Manguezal

 

Está em todo o delta e é considerado o mais extenso do Estado. Berçário de peixes, mariscos, caranguejos, lagostas e guaiamus, é uma área de preservação permanente, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico da União. O manguezal já foi ainda maior. Uma parte foi destruída pela transgressão do mar do Pontal de Atafona. Conta-se que, no passado havia ali jacarés-de-papo-amarelo. O manguezal também é pano de fundo para curiosas lendas. Uma delas é a da moça bonita. Dizem que a mais bela catadora de caranguejos da região, na véspera de seu casamento, resolveu sair com as irmãs para passear no mangue e nunca mais retornou. As irmãs conseguiram voltar para casa. Até hoje a “moça bonita” ronda o imaginário popular. Pescadores relatam a aparição de uma mulher vestida de noiva no meio do manguezal. 

 

Fotos: Governo do  Rio de Janeiro

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